por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

"JUIZ DE MERDA" - José Nílton Mariano Saraiva

Muito já se disse, e se comentou, sobre a “parcialidade” (ou, em português claro e cristalino, a desonestidade) de vários dos ministros que integram a nossa Corte Maior (Supremo Tribunal Federal), useiros e corriqueiros em tentar esconder tão requintado “predicado” através de um linguajar/texto rebuscado e prolixo, repleto de citações greco-romanas, inacessíveis ao mortal comum.

Fato é que, após ascenderem àquela egrégia corte por indicação de políticos corruptos e desonestos, não têm nenhum escrúpulo em saírem ávidos à procura de “brechas” em nossas leis e códigos (sempre “acháveis” pelos que conhecem os “caminhos das pedras”), e que lhes permitam atuarem desabridamente em favor dos interesses do “padrinho”, pouco se lixando para as esdrúxulas decisões que tomam; inclusive, até parecem muito se divertir com a dificuldade da “massa ignara” em aceitá-las, passivamente e sem contestação.

O emblemático de tal postura corrupta e mafiosa deu-se agora (de novo, outra vez, novamente) quando o tal “decano” (que babaquice) do STF, Celso de Melo (indicado pelo ex-presidente Sarney), contrariando até uma anterior decisão do falastrão ministro Gilmar Mendes (no caso Lula da Silva), resolveu que o bandido Moreira Franco (citado 43 vezes numa única delação da operação Lava Jato) assuma, sim, uma Secretaria Especial criada pelo golpista sem povo e sem voto que está Presidente da República (Michel Temer), com o explícito objetivo de blindá-lo com o tal “foro privilegiado”, literalmente impedido-o de cair nas garras do onipresente juiz de Curitiba.

Para se entender a falta de caráter e/ou desonestidade do tal “decano” (Celso de Melo), abaixo a narrativa do ex-Ministro da Justiça do governo Sarney, Saulo Ramos, no livro de sua autoria “Código da Vida” (Editora Planeta, 2007):

Quando José Sarney decidiu candidatar-se a senador pelo Amapá, o caso foi parar no STF, porque os adversários resolveram impugnar a candidatura. Celso de Mello votou pela impugnação, mas depois telefonou ao seu padrinho, Saulo Ramos, para explicar-se.
Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto no caso do presidente.
Claro! O que deu em você?
É que a Folha de S.Paulo, na véspera da votação, noticiou a afirmação de que o presidente Sarney tinha os votos certos dos ministros e citou meu nome como um deles. Quando chegou minha vez de votar, o presidente já estava vitorioso pelo número de votos a seu favor. Não precisava mais do meu. Votei contra para desmentir a Folha de S.Paulo. Mas fique tranquilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do presidente.
Espere um pouco. Deixe-me ver se compreendi bem. Você votou contra o Sarney porque a Folha de S.Paulo noticiou que você votaria a favor?
Sim.
E se o Sarney já não houvesse ganhado, quando chegou sua vez de votar, você, nesse caso, votaria a favor dele?
Exatamente. O senhor entendeu?
Entendi. Entendi que você é um JUIZ DE MERDA”.

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E aí, precisa explicar ou quer que desenhe ???