por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 17 de maio de 2012


Os Sinos


A morte de cada homem diminui-me,
porque sou parte da humanidade. Portanto,
 nunca procure saber por quem os sinos dobram;
eles dobram por ti.
John Donne

                                               Recentemente vários colegas se juntaram ,atônitos e desconsertados, no velório de um amigo,  contemporâneo dos doces enlevos da adolescência. A morte traz consigo aquela mescla dúbia de sentimentos: estupor, curiosidade, pesar, angústia, dúvida. A inevitabilidade da chegada da sombria Dama da Noite nos impele diretamente à perspectiva futura do nosso próprio fim. Como pôde acontecer tão prematuramente ? Por que  levar uma pessoa tão cheia de vida? Por que é tão árduo construir e tão simples para demolir? Que mistério nos aguarda do outro lado do umbral ?  Até os mais crentes e religiosos, no fundo do coração, carregam consigo, um ponto de interrogação em feitio de cruz. Mesmo os que têm a plena certeza da transcendência , ante o mistério insondável batendo à porta, sempre se deixam invadir pelo biológico instinto de preservação. Um dos colegas do banco de escola lembrava como percebia o ciclo da vida. Começamos indo ao velório dos avós , depois , sem que percebamos, passamos a acompanhar o esquife dos nossos pais e depois , finalmente, o funeral dos próprios companheiros. Nesta última fase, queiramos ou não, perfilamo-nos todos na linha de tiro, sem nenhum escudo adiante, aguardando apenas o disparo e a pontaria ruim ou mais afiada  da velha da foiçona. Todos portando imensos rabos de palha, como não se agoniar vendo o incêndio enorme varrendo a coivara vizinha ?
                                   O desaparecimento do amigo nos joga na cara verdades que teimamos em não enfrentar. A vida é curta demais para a imensidão do sonho que carregamos. Despendemos ainda o tempo mínimo e precioso com iniqüidades, com coisas pequenas, com trabalho excessivo, com encucamentos desnecessários, tentando resolver problemas insolúveis ou auto-solucionáveis. Vamos pondo nas costas uma imensa carga de ódio, remorso, arrependimentos, ambições, aspirações inalcançáveis e inúteis e a travessia ,que por natureza já é breve,   assim vai se tornando ainda dolorosa e insuportável.  Quando o castelo de areia vizinho ao nosso é engolido pela preamar,  despertamos para a devastação próxima e inevitável do nosso forte, ainda em mero projeto, e já pronto a ser lambido pelas águas. No fundo, não é a morte que tememos, mas o simples arremedo de vida que conseguimos moldar com as poucas horas que nos foram disponibilizadas.
                                   Os crentes me asseguram que no final dos dias todos nos reuniremos novamente. Os espíritas me tranqüilizam dizendo que  teremos outras oportunidades em outras vidas que virão adiante. Muitos me oferecem terrenos no céu e me oferecem ainda um número incontável de virgens a escolher – se for chamado apenas velhinho como pretendo, ainda terei disposição para o desfrute ? Outros me ameaçam com  o a fúria de um deus irascível e o terrível clima do inferno, se eu tentar fazer minha travessia terrestre mais prazerosa.
                                   Já tenho preocupações demais para este mundo. Se do outro lado da porta , existir um outro, surpreso,  tentarei fazer o melhor possível por lá, exatamente como tentei proceder por  aqui. Por enquanto vou cuidando da carne, quando for só osso tentarei arrumar a ossada  como melhor me convier. Cantar e dançar na praça antes que os sinos dobrem. E mais tenho que fazê-lo, agora, com responsabilidade dobrada,  por mim e por aqueles que foram ficando no caminho, como se suas vidas continuassem na minha  e se elas já foram curtas pela própria natureza, não têm necessidade nenhuma  de serem pequenas. 

J . Flávio Vieira

Com vocês, a fala do... "poste" (na íntegra)

Senhoras e senhores,
Eu queria iniciar citando o deputado Ulysses Guimarães que, se vivesse ainda, certamente, ocuparia um lugar de honra nessa solenidade. O senhor diretas, como aprendemos a reverenciá-lo, disse uma vez: “A verdade não desaparece quando é eliminada a opinião dos que divergem. A verdade não mereceria este nome se morresse quando censurada.” A verdade, de fato, não morre por ter sido escondida. Nas sombras somos todos privados da verdade, mas não é justo que continuemos apartados dela à luz do dia. Embora saibamos que regimes de exceção sobrevivem pela interdição da verdade, temos o direito de esperar que, sob a democracia, a verdade, a memória e a história venham à superfície e se torne conhecidas, sobretudo, para as novas e as futuras gerações. A palavra verdade, na tradição grega ocidental, é exatamente o contrário da palavra esquecimento. É algo tão surpreendentemente forte que não abriga nem o ressentimento, nem o ódio, nem tampouco o perdão. Ela é só e, sobretudo, o contrário do esquecimento. É memória e é história. É a capacidade humana de contar o que aconteceu.
Ao instalar a Comissão da Verdade não nos move o revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu, mas nos move a necessidade imperiosa de conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamentos, sem camuflagens, sem vetos e sem proibições. O que fazemos aqui, neste momento, é a celebração da transparência da verdade de uma nação que vem trilhando seu caminho na democracia, mas que ainda tem encontro marcado consigo mesma. Nesse sentido... E nesse sentido fundamental, essa é uma iniciativa do Estado brasileiro e não apenas uma ação de governo. Reitero hoje, celebramos aqui um ato de Estado. Por isso, muito me alegra estar acompanhada por todos os presidentes que me antecederam nestes 28 benditos anos. Por isso, muito me alegra estar acompanhada por todos os presidentes que me antecederam nestes 28 benditos anos de regime democrático.
Infelizmente, não nos acompanha o presidente Itamar Franco, a quem rendo as devidas homenagens, por sua digna trajetória. Por sua digna trajetória de luta pelas liberdades democráticas, assim como pelo zelo com que governou o Brasil, sem qualquer concessão ao autoritarismo. Cada um de nós aqui presentes – ex-presidentes, ex-ministros, ministros, acadêmicos, juristas, militantes da causa democrática, parentes de mortos desaparecidos e mesmo eu, uma presidenta – cada um de nós, repito, é igualmente responsável por esse momento histórico de celebração. Cada um de nós deu a sua contribuição para esse marco civilizatório, a Comissão da Verdade. Esse é o ponto culminante de um processo iniciado nas lutas do povo brasileiro, pelas liberdades democráticas, pela anistia, pelas eleições diretas, pela Constituinte, pela estabilidade econômica, pelo crescimento com inclusão social. Um processo construído passo a passo, durante cada um dos governos eleitos, depois da ditadura.
A Comissão da Verdade foi idealizada e encaminhada ao Congresso no governo do meu companheiro de jornada, presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem tive a honra de servir como ministra e a quem tenho o orgulho de suceder. Mas ela tem sua origem, também, na Lei da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos, aprovada em 1995, na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso. Naquela oportunidade, o Estado brasileiro reconheceu, pela primeira vez, a sua responsabilidade pelos mortos de desaparecidos sob sua custódia. Pelos mortos de desaparecidos sob sua custódia durante o regime autoritário. No entanto, é justo que se diga que o processo que resultou na Comissão da Verdade teve início ainda antes disso, durante o mandato do presidente Fernando Collor, quando foram abertos os arquivos do DOPS de São Paulo e do Rio de Janeiro, trazendo a público toneladas de documentos secretos que, enfim, revelados representaram um novo alento aos que buscaram informações sobre as vítimas da ditadura.
O Brasil deve render homenagens às mulheres e aos homens que lutaram pela revelação da verdade histórica. Aos que entenderam e souberam convencer a nação de que o direito à verdade é tão sagrado quanto o direito que muitas famílias têm de prantear e sepultar seus entes queridos, vitimados pela violência praticada pela ação do Estado ou por sua omissão. É por isso, é certamente por isso que estamos todos juntos aqui. O nosso encontro, hoje, em momento tão importante para o país, é um privilégio propiciado pela democracia e pela convivência civilizada. É uma demonstração de maturidade política que tem origem nos costumes do nosso povo e nas características do nosso país. Tanto quanto abomina a violência e preza soluções negociadas para as suas crises, o Brasil certamente espera que seus representantes sejam capazes de se unir em torno de objetivos comuns, ainda que não abram mão, mesmo que mantenham opiniões divergentes sobre outros temas, o que é normal na vida democrática.
Ao convidar os sete brasileiros que aqui estão e que integrarão a Comissão da Verdade, não fui movida por critérios pessoais nem por avaliações subjetivas. Escolhi um grupo plural de cidadãos, de cidadãs, de reconhecida sabedoria e competência. Sensatos, ponderados, preocupados com a justiça e o equilíbrio e, acima de tudo, capazes de entender a dimensão do trabalho que vão executar. Trabalho que vão executar – faço questão de dizer – com toda a liberdade, sem qualquer interferência do governo, mas com todo apoio que necessitarem.
Quando cumpri minha atribuição de nomear a Comissão da Verdade, convidei mulheres e homens com uma biografia de identificação com a democracia e aversão aos abusos do Estado. Convidei, sobretudo, mulheres e homens inteligentes, maduros e com capacidade de liderar o esforço da sociedade brasileira em busca da verdade histórica, da pacificação e da conciliação nacionais. O país reconhecerá nesse grupo, não tenho dúvidas, brasileiros que se notabilizaram pelo espírito democrático e pela rejeição à confrontos inúteis ou gestos de revanchismo. Nós reconquistamos a democracia a nossa maneira, por meio de lutas e de sacrifícios humanos irreparáveis, mas também por meio de pactos e acordos nacionais, muitos deles traduzidos na Constituição de 1988.
Assim como respeito e reverencio os que lutaram pela democracia enfrentando bravamente a truculência ilegal do Estado, e nunca deixarei de enaltecer esses lutadores e lutadoras, também reconheço e valorizo pactos políticos que nos levaram à redemocratização.
Senhoras e senhores,
Hoje também passa a vigorar a Lei de Acesso à Informação. Junto com a Comissão da Verdade, a nova lei representa um grande aprimoramento institucional para o Brasil, expressão da transparência do Estado, garantia básica de segurança e proteção para o cidadão. Por essa lei, nunca mais os dados relativos à violações de direitos humanos poderão ser reservados, secretos ou ultra-secretos. As duas – a Comissão da Verdade e a Lei de Acesso à Informação – são frutos de um longo processo de construção da democracia, de quase três décadas, do qual participaram sete presidentes da República. Quando falo sete presidentes é porque estou incluindo por justiça, e porque o motivo do nosso encontro é a celebração da verdade, o papel fundamental desempenhado por Tancredo Neves, que soube costurar, com paciência competência e obstinação, a transição do autoritarismo para a democracia que hoje usufruímos. Transição é imperativo que se lembre aqui, conduzida com competência, habilidade e zelo pelo presidente José Sarney, que o destino e a história puseram no lugar de Tancredo, e que nos conduziu à democracia.
Mas, mesmo reconhecendo o papel que todos desempenharam, não posso deixar de declarar o meu orgulho, por coincidir com meu governo o amadurecimento de nossa trajetória democrática. Por meio dela, o Estado brasileiro se abre, mais amplamente, ao exame, à fiscalização e ao escrutínio da sociedade. A Lei de Acesso à Informação garante o direito da população a conhecer os atos de governo e de estado por meio das melhores tecnologias de informação. A transparência a partir de agora obrigatória, também por lei, funciona como o inibidor eficiente de todos os maus usos do dinheiro público, e também, de todas as violações dos direitos humanos. Fiscalização, controle e avaliação são a base de uma ação pública ética e honesta. Esta é a razão pela qual temos o dever de construir instituições eficientes e providas de instrumentos que as tornem protegidas das imperfeições humanas.
Senhoras e senhores,
Encerro com um convite a todos os brasileiros, independentemente do papel que tiveram e das opiniões que defenderam durante o regime autoritário. Acreditemos que o Brasil não pode se furtar a conhecer a totalidade de sua história. Trabalhemos juntos para que o Brasil conheça e se aproprie dessa totalidade, da totalidade da sua história. A ignorância sobre a história não pacifica, pelo contrário, mantêm latentes mágoas e rancores. A desinformação não ajuda apaziguar, apenas facilita o trânsito da intolerância. A sombra e a mentira não são capazes de promover a concórdia. O Brasil merece a verdade. As novas gerações merecem a verdade, e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia.
É como se disséssemos que, se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca mesmo, pode existir uma história sem voz. E quem dá voz à história são os homens e as mulheres livres que não têm medo de escrevê-la. Atribui-se a Galileu Galilei uma frase que diz respeito a este momento que vivemos: “a verdade é filha do tempo, não dá autoridade.” Eu acrescentaria que a força pode esconder a verdade, a tirania pode impedi-la de circular livremente, o medo pode adiá-la, mas o tempo acaba por trazer a luz. Hoje, esse tempo chegou.



13 motivos para consumir chia, a semente da vez
Ela está lotada de ômega-3, cálcio, fibras, ferro e diversos outros nutrientes

Por Carolina Gonçalves -


Novidade nas prateleiras brasileiras, a chia, uma semente encontrada no sul do México, está prometendo um caminhão de vantagens para a saúde. Riquíssima em uma série de nutrientes, o grão também pode ser um grande aliado da dieta.

Ela está disponível no mercado de três formas: óleo, farinha e grão inteiro. O óleo pode ser usado como temperos de saladas e pratos em geral, e a farinha ou o grão podem ser adicionados em iogurtes, vitaminas, tortas, bolos, saladas, sucos, entre outras receitas.

"A porção diária recomendada é de 25 gramas, o equivalente a uma colher de sobremesa", diz a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional. Caso você passe um pouco dessa recomendação, não há grandes problemas, mas é importante não exagerar e manter sempre a dieta equilibrada, pois a chia é um tanto calórica - são 164 calorias por porção da semente. Confira tudo o que essa colherzinha diária pode fazer pela sua saúde!

semente de chia - foto Getty Images

Efeito tira-fome
A semente de chia é rica em fibras tanto solúveis quanto insolúveis. A nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional, conta que essas fibras ajudam a regular o trânsito intestinal, evitando ou tratando a prisão de ventre, por exemplo. Enquanto a aveia possui 9,1g de fibras a cada 100g do grão, a chia tem 13,6g de fibra. "Ela também proporciona mais saciedade, pois em contato com líquido no interior do estômago forma uma espécie de 'gel' que dilata o estômago, ajudando também no emagrecimento", explica.
coração - foto Getty Images

Ômega-3, o amigo do coração
É, sem dúvida, o carro-chefe nutricional da chia. A porção de semente de chia tem nada menos que 400% da nossa necessidade diária de ômega-3. É claro que quando pensamos em ômega-3, logo nos lembramos de peixes, principalmente o salmão, que é muito rico desse nutriente. Porém, de acordo com as nutricionistas, 100 gramas da semente de chia têm oito vezes mais ômega-3 que um pedaço médio de salmão.

De acordo com a nutricionista Roseli Rossi, esta gordura do bem é responsável por afastar de perto as doenças cardiovasculares. Ela reduz a formação de coágulos sanguíneos e arritmias, diminui o colesterol circulante no sangue e também aumenta a sensibilidade à insulina. "Além disso, o ômega-3 ajuda na regulação da pressão dos vasos sanguíneos uma vez que aumenta a fluidez sanguínea, evitando assim, o aumento da pressão arterial", completa a nutricionista.

Além de todos esses benefícios, o ômega-3 é importante para fortalecer o sistema neurológico, além de evitar depressão e aumentar a absorção de nutrientes.
idoso se exercitando - foto Getty Images

Mais cálcio que o leite
Essa é para os intolerantes à lactose e precisam de uma fonte de cálcio segura - segundo a nutricionista Vivian Goldberger, do Emagrecentro, 100 gramas da semente de chia (equivalente a sete colheres de sopa) tem seis vezes mais cálcio que meio copo de leite integral - que tem em média 246 mg do nutriente. "O cálcio presente na chia ajuda na formação da massa óssea, evitando a osteoporose", explica a nutricionista Roseli Rossi. Uma porção de semente de chia (25 gramas) tem cerca de 21% das nossas necessidade diárias de cálcio.
espinafre - foto Getty Images

Mais ferro que o espinafre
Uma ótima notícia para quem torce o nariz para espinafre e outros vegetais ricos em ferro, ou mesmo sofre de anemia ferropriva - necessitando, portanto, ingerir boas fontes de ferro. De acordo com a nutricionista Vivian Goldberger, 100 gramas da semente de chia oferecem três vezes mais ferro que a mesma quantidade de espinafre, por exemplo. Para ilustrar melhor: uma porção da semente tem 67.8% das nossas necessidades diárias em ferro.
músculos - foto Getty Images

Proteínas para os músculos
Ótima para quem faz atividade física e precisa de uma boa fonte de proteínas para a reconstrução muscular, 100 gramas da semente de chia carregam 16g de proteína em sua composição. "Enquanto em 100 gramas de arroz integral cru há 8 gramas de proteína e no milho verde cozido há 3 gramas, por exemplo", conta a nutricionista Roseli Rossi. A vantagem da superdose é que a semente ajuda na manutenção de massa muscular, fornece mais energia para as células nervosas e ainda pode complementar as necessidades proteicas - uma porção da semente de chia tem 8.6% das nossas necessidades diárias nesse nutriente.
mulher pensando - foto Getty Images

Carrega magnésio
Essencial para o pleno funcionamento do nosso cérebro e ligações cognitivas, o magnésio também está muito presente na semente de chia. "Em comparação com 100 gramas de brócolis, a semente de chia tem 15 vezes mais magnésio", conta a nutricionista Vivian Goldberger. A porção possui 27.9% das nossas necessidades diárias desse nutriente.
vitamina a - foto Getty Images

Vitamina A para os olhos
A porção diária da semente de chia possui cerca de 20% das nossas necessidades dessa vitamina. "Ela melhora sistema imunológico e protege a pele e os olhos contra o processo de envelhecimento", conta a nutricionista Roseli Rossi.
alongamento - Foto Getty Images

Potássio contra câimbras
Esse nutriente tem grande participação na ação muscular, sendo essencial para quem pratica exercícios físicos todos os dias. De acordo com as nutricionistas, 100 gramas da semente de chia têm duas vezes mais potássio que duas bananas grandes. Nesse caso você pode até consumir a dupla junto, garantindo potássio de sobra para a atividade física. Uma porção de chia tem 6.4% das nossas necessidades diárias de potássio.
meditando - foto Getty Images

Vitaminas do Complexo B
A semente de chia também possui em sua composição a niacina, a tiamina e a riboflavina, todas vitaminas do complexo B. Elas são fundamentais para o pleno funcionamento do nosso sistema nervoso, além de auxiliar no metabolismo das nossas células, fazendo com que nosso organismo todo funcione melhor. A porção da semente tem 13% das necessidades diárias de niacina, 4.6% das de riboflavina e 30% das de tiamina.
idosos - foto Getty Images

Antioxidantes contra radicais livres
A semente de chia possui ácido cafeico e ácido clorogênico, ambos antioxidantes que ajudam a neutralizar os radicais livres, combatendo o envelhecimento celular e prevenindo nosso organismo contra diversas doenças, inclusive o câncer.
criança crescendo - foto Getty Images

Manganês extra
A porção da semente de chia tem 63.5% das necessidades diárias de manganês. "Esse nutriente participa na síntese de várias reações enzimáticas, além de estimular o crescimento dos ossos e do tecido conjuntivo", conta a nutricionista Roseli Rossi.
pele saudável - foto Getty Images

Cheia de zinco
Esse nutriente melhora nossa imunidade, paladar, olfato e visão. Também promove a liberação do hormônio do crescimento e ajuda na formação de colágeno. Na porção de chia você encontra 12.3% das necessidades diárias de zinco.
comendo - Foto Getty Images

Rica em cobre
"Ele facilita a absorção do ferro, é catalisador na formação da hemoglobina, melhora imunidade e ajuda na formação de elastina e colágeno", conta a nutricionista Roseli Rossi. A porção da semente possui 30.5% das necessidades diárias de cobre.

VASSOURINHA- Norma Hauer



‘ No dia 16 de maio de 1923 nasceu Mário Ramos de Oliveira, cantor que ficou conhecido com o nome de VASSOURINHA. Desde menino, ele demonstrou aptidão para o canto e, com apenas 12 anos, em 1935, tomou parte de um filme de nome "Fazendo Fita".

No ano seguinte, com apenas 13 anos, foi trabalhar como contínuo na Rádio Record de São Paulo; cantarolava durante o trabalho e à noite apresentava-se ao microfone da emissora como cantor, com o nome de Juracy (que serve para os dois sexos). Isso porque sua voz ainda era infantil.

Mais tarde, resolveram arranjar outro nome para ele, quando se tornou o Vassourinha. A história que sempre ouvi a respeito desse apelido é que ele, como contínuo da rádio, fazia faxina e "cantava" enquanto varria a emissora. Isaurinha Garcia ouviu-o, sugeriu o nome de Vassourinha e ele passou a cantar profissionalmente. A outra história sobre seu apelido, consta da Internet, mas, para mim, a que descrevi é a verdadeira porque a conheço há muitos anos .

O compositor Antonio Almeida, indo a São Paulo, gostou de Vassourinha e o trouxe para o Rio, a fim de que lhe dessem chance de gravar. Como ele cantava as músicas do repertório de Silvio Caldas, João Petra de Barros e Luiz Barbosa, sentiu que era deste que mais se aproximava, cantando também samba de breque.

O grande sucesso de Luiz Barbosa era um samba de Braguinha e Alberto Ribeiro de nome "Seu Libório", cantado por Luiz no filme "Alô Alô carnaval". Por motivos de contratos com gravadoras , sendo Luiz Barbosa da Odeon e Braguinha da Colúmbia, Luiz não gravou esse samba.

Com a morte deste, em 1938, Vassourinha teve sua chance de fazer sua 1ª gravação desse samba e, na outra face do disco, gravou "Juracy”.

JURACY

Autores Antonio Almeida e Cyro de Souza

Desde o dia em que eu te vi, Juracy

Nunca mais tive alegria

Meu coração ficou daquele jeito,

Dando pinotes dentro do meu peito

Mas agora eu quero, eu quero saber,

Qual a sua opinião

Pra resolver nossa situação

Pode ser ou tá difícil, coração?

Eu trabalhei durante o ano inteiro

E consegui juntar algum dinheiro

Fiz uma casa que é um amor

Botei rádio, geladeira e tem ventilador

Nossa casinha lá na Marambaia

Fica a dois passos da beira da praia

E se você achar que lhe convém

Eu lhe garanto tudo isso e o céu também.

Daí começou a fazer sucesso, gravando: "Emília"; "Ela Vai à Feira"; "Chik,Chik,Chik, bum"; "Apaga a Vela"; "Olga"; "E o Juiz Apitou"; "Amanhã eu Volto" e "Volta pra Casa Emília".

Foram apenas essas suas gravações e, posteriormente, a Musicolor gravou todas em um LP.

Seu maior sucesso foi "Emília"

"Quero uma mulher, que saiba lavar e cozinhar..."

E de manhã cedo, me acorde na hora de trabalhar.

Só existe uma e sem ela eu não vivo em paz

Emília, Emília, Emília

Não posso mais”..

Ainda aqui no Rio, Vassourinha começou a padecer de uma doença degenerativa, retornou a São Paulo e faleceu dessa doença, que nunca foi bem esclarecida, em 3 de agosto de 1942, com apenas 19 anos.

ALCIDES GERARDI- Norma Hauer




Na data de 15 de maio, em 1918, nascia em `Porto Alegre o cantor Alcides Gerardi,que teve passagem importante em nossa música popular.

´ Ainda jovem, veio trabalhar com o pai aqui no Rio de Janeiro

Em pouco tempo, deixou esse trabalho que não era o que queria e, tendo uma bonita voz, passou a crooner de cassino ,até juntar-se a um grupo que tomou o nome de "Namorados do Luar", em 1939.

Dois anos depois formou, com Marília Batista (que fizera dupla famosa com Noel Rosa) e seu irmão Henrique Batista, o trio "Os Três Marrecos".

Em 1944 passou a crooner da Rádio Transmissora (atual Globo) e em 1946 gravou, na Odeon, seu primeiro disco em 78 rotações, com a composição "Lourdes".

Seguiu sua carreira solo, indo cantar na Rádio Tupi até que em 1953 ingressou na Nacional, onde ficou até seu falecimento em um acidente automobilístico, em 1º de março de 1978, quando regressava de um "show", da mesma forma que Francisco Alves.

Seus maiores sucessos foram "Antonico", de Ismael Silva



"Oh Antonico,vou-lhe pedir um favor

Que só depende da sua boa vontade"...



Dizem que o favor era para o próprio Ismael Silva que estava numa "péssima", financeiramente.

Com tantas músicas gravadas, Ismael não enriqueceu, como também acontecia com quase todos de sua época, principalmente os moradores de favelas.
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Outros sucessos de Alcides Gerardi, foram "Brotinho Maluco", "Suely" e o mais conhecido e que muitos cantores gravaram depois de Alcides Gerardi:"Cabecinha no Ombro"

CABECINHA NO OMBRO

"Encosta sua cabecinha no meu ombro e chora

E conta sua mágoa toda para mim.

Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora

Que não vai embora

Porque gosta de mim"


Como já disse, Alcides Gerardi morreu da mesma maneira trágica que morreu seu colega Francisco Alves 26 anos antes: acidente automobilístico na Via Dutra, regressando de um “show” .

Isso no dia 1° de março de 1978, sem completar 60 anos.

[Norma Hauer]