por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 23 de outubro de 2012

Dinheiro para cultura no Crato


Circula na internet Petição Pública que  defende aprovação de projeto de Lei que garanta recursos para cultura no Crato 

Projeto de Lei de Iniciativa Popular poderá ser apresentado na Câmara Municipal do Crato –CE e beneficiar o desenvolvimento da cidade no tocante a cultura. A iniciativa já circula através de Petição Pública na Internet em que qualquer cidadão poder “assinar” virtualmente o documento.

O objetivo é fazer com que o Crato  tenha um percentual de 2% do orçamento do  Município para a cultura garantido por lei. Atualmente não existe uma obrigatoriedade de investimento no setor, o que gera uma instabilidade na área da gestão cultural e das políticas públicas para cultura. A petição prevê ainda que parte dos recursos sejam disponibilizados para a população através de políticas de editais de ocupação de equipamentos públicos e de incentivo a produção e circulação artística e cultural, com contrapartida social dos artistas.

De acordo com os organizadores do movimento, a intenção é recolher  5% de assinaturas dos eleitores do Crato. Além, a petição deverá circular em escolas, eventos artísticos e nos bairros.

Para assinar a petição basta acessar o site: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N30738

A Semana de Três dias dos Deputados e o Fel da Mídia Brasileira - José do Vale Pinheiro Feitosa


De tanto exposto o assunto do Mensalão até incomoda o “consumidor” regular de noticiários, jornais e internet. As grandes empresas jornalísticas politicamente aproveitam o assunto para atacar os desafetos partidários que eventualmente poderão regular seus interesses econômicos. De modo geral praticam uma moral seletiva a aparência de aperfeiçoar as instituições, mas servem objetivamente para apenar os “inimigos” e esquecer os amigos. É a forma clássica: aos amigos tudo, aos inimigos a lei.

Ontem o STF, por um voto de maioria, condenou os réus com direito a “gracinhas” políticas para atacar o Partido dos Trabalhadores, isso considerando que Marco Aurélio Mello defendeu o golpe de 64 durante uma palestra na semana passada e que Gilmar Mendes foi ao lançamento do “livro” de uma “estrela” da Revista Veja que dedicou seu trabalho jornalístico ao atacar o PT a qualquer preço. O nome da fera é Reinaldo Azevedo.

Mas pego esse assunto para evidenciar uma tese: as grandes empresas jornalísticas têm horror à democracia, às leis que contrariem os oligopólios e ao poder do Estado. Aliás, nos anos 90 foram a grande fonte da “desconstrução” e “demonização” do Estado seja pelo combate figadal aos socialistas, à defesa do neoliberalismo e à liberdade de operar sem a interferência de ninguém, especialmente da sociedade.

É com o capital ideológico dos anos 90 que procuram destruir a “política”, os políticos, os partidos e especialmente os parlamentos pelo poder que estes têm de contrariar o “livre” mercado para “alguns” e as leis da falência para todos. A classe média tradicional e certos setores com medo de perderem os anéis, costumam embarcar nestes “discursos” e funcionam como verdadeiros “capitães do mato” negros a perseguir escravos. É uma classe a funcionar como correia de transmissão a impulsionar o poder absoluto da mídia sobre a sociedade como um todo.

O poder absoluto contemporâneo se assenta em bases firmes, mas necessita de uma constante e permanente dinâmica de criar imagens e símbolos na cultura social. Como detentores de conhecimentos sobre psicologia social e manipulação psicológica as grandes empresas de comunicações usam centenas de técnicas para criarem hegemonias de pensamento.

Finalizando: o discurso recorrente é que deputados e senadores não trabalham. Não dão expedientes, não cumprem o ponto na repartição. Contam para criar o símbolo negativo com o analfabetismo político de muitos em relação à instituição parlamento. De tão absurda é a manipulação igual seria se fôssemos cobrar dos diretores das empresas jornalísticas, dos editores e revisores que fizessem o mesmo papel que exercem repórteres na rua, faxineiros nos prédios ou outros trabalhos técnicos.

Ora o Parlamento tem uma burocracia estável para exatamente ficar dentro dos gabinetes, dando expediente continuamente para que o processo de trabalho aconteça. O papel de senadores, deputados e vereadores é de contato com o cidadão, ir ao encontro dele ou atende-los em suas reinvindicações. Por isso aquele besteirol sem fim de dizer que os deputados federais, por exemplo, só trabalham três dias da semana, pois são estes os dias de sessões deliberativas com presença obrigatória.

Mas a excrescência dos argumentos dos empresários da mídia é de que os parlamentares precisam ser emporcalhados pela simbologia dos meios que eles, os empresários, detêm. No fundo existe a intenção de acoelhar-se o exercício do poder democrático para que estes empresários tenham liberdade ampla de exercerem o poder absoluto de enganar e ganhar predomínio.