por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 5 de julho de 2011

Humor...leve

O “OVIGOPÓLIO” (De: Luis Fernando Veríssimo)

O ladrão(L) foi flagrado roubando galinhas do vizinho e o levaram para a delegacia, onde se deu o seguinte papo com o Delegado(D):
D- Que vida mansa, hein, vagabundo sem vergonha? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai ficar um bom tempo enjaulado, seu escroque!
L- Não era pra mim não, doutor. Era pra vender.
D- Pior, muito pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha, fdp !
L- Mas eu vendia mais caro.
D- Mais caro, como ?
L– É que eu espalhei o boato que as galinhas do vizinho eram bichadas e as minhas galinhas, não. E que as do galinheiro dele botavam ovos brancos, enquanto as minhas botavam ovos marrons.
D- Mas eram as mesmas galinhas, seu marginal ordinário.
L- É que os ovos das minhas eu pintava.
D- Que grandessíssimo pilantra. Ainda bem que te capturamos. Já pensou se o dono do galinheiro te pega ???
L- Já me pegou, já me pegou, doutor. Fiz um acerto com ele. Comprometi-me a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um “ovigopólio”.....
D- E o que você faz com o lucro do seu negócio, mestre ? (olha só a mudança no tratamento).
L- Bem, doutor, eu especulo com dólar, euro e libra. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas e também comprei alguns deputados e uns oito ministros do Supremo Tribunal Federal. Com isso, consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação escolar do governo e, claro, superfaturo os preços.
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Nisso, deu-se a guinada definitiva: intrigado, o delegado mandou pedir um cafezinho para o preso, perguntou-lhe se estava bom de açúcar, se a cadeira em que ele estava sentado tava confortável, se ele não queria uma almofada e tal, e depois indagou:
D- “Doutor” (olha a reversão na mudança de tratamento), não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?
L- Trilionário, doutor, trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.
D- E com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
L- Às vezes. Sabe como é...
D- Não sei não, excelência. Por favor, se não for incômodo, explique-me.
L- É que em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. Do risco, doutor, daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. E só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão de verdade, atuante; e isso é excitante, indescritível. Mas, como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia, ver o sol nascer quadrado. Vai ser uma experiência nova.
D- O que é isso, excelência? Que conversa sinistra é essa ??? O doutor não vai ser preso, não. Só se for por cima do meu cadáver.
L- Mas eu fui pego em flagrante, pulando a cerca do galinheiro!
D- Sim, sim, tudo bem. Mas o “Doutor” é primário. E com esses antecedentes, então...
Aceita um cigarrinho, uma cervejinha gelada, um wyskie ???

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CLASSIFICADOS DOS “CASADOS”

01) Um homem anunciou nos classificados; Procura-se esposa.
Dia seguinte recebeu centenas de cartas, num mesmo teor: Pode ficar com a minha.
02) Filho: Pai, quanto custa para casar??? Pai: Não sei, filho, ainda estou pagando.
03) Filho: Pai, é verdade que na Arábia o homem não conhece sua esposa antes de casar? Pai: Aqui também é assim filho.
04) Marido: Se não fosse pelo meu dinheiro, essa casa não estaria aqui. Esposa: Querido, se não fosse pelo seu dinheiro, EU não estaria aqui.
05) Judite: Fui eu que fiz o meu marido milionário. Clarice: E o que seu marido era antes ? Judite: Bilionário.
06) Alberto: Eu tinha tudo – dinheiro, casa bonita, carro esporte, o amor de uma linda mulher e, então...tudo acabou. Joaquim: O que aconteceu ? Alberto: Minha mulher descobriu.
07) Sérgio entra em casa correndo e grita: Marta arrume suas coisas. Acabei de ganhar na loteria. Marta: Você acha melhor que eu leve roupas para frio ou calor ? Sérgio: Leve tudo, você vai embora.
08) Pense bem: se não fosse pelo casamento os homens viveriam pensando que nunca erram. Pessoalmente, acho que uma das melhores coisas do casamento é que, como pai e marido, posso dizer o quer quiser lá em casa. Ninguém liga mesmo...
09) Um homem disse que o seu cartão de crédito havia sido roubado, mas que ele havia decidido não avisar à polícia; é que o ladrão gastava menos que a mulher.
10) Valter: Minha mulher é um anjo. Gonzaga: Você tem sorte; a minha ainda está viva.
11) Qual a semelhança entre a Av. Paulista e o casamento ? É que ambos começam no Paraíso e terminam na Consolação.
12) Dois tipos de pessoas felizes: homens solteiros e mulheres... casadas.
13) Semelhança entre um casamento e um submarino: ambos bóiam, bóiam, mas foram feitos mesmo pra afundar.
14) Casamento: o dobro da despesa com a metade da diversão.

CARMEN COSTA- por Norma Hauer


Há dúvidas sobre a data de nascimento de CARMEN COSTA, alguns sites dão como nascida em 5 de janeiro e outros em 5 de julho de 1920. Sempre tive esta última data como sendo a real, inclusive Luiz Vieira, em seu programa "Minha Terra, Nossa Gente", transmitido de 2ª a 6ª feira na Rádio Carioca, tem como certa a data de 5 de julho.
Bom, mas se há dúvida, ela merece ser relembrada hoje e também em 5 de janeiro.
Ela nasceu com o nome de Carmelita Madriaga em Trajano de Moraes(RJ) de onde saiu com 15 anos, vindo para o Rio de Janeiro onde trabalhou como doméstica na casa do cantor Francisco Alves. Na mesma época passou a se apresentar em programas de calouros, mas somente em 1937, quando conheceu o compositor Henricão, teve sua chance de se transformar na grande cantora que ficou conhecida com o nome de CARMEN COSTA, dado pelo compositor.
No ano seguinte, apresentou-se em um arraial do rancho fundo, em Juiz de Fora e em 1939 regressou ao Rio, apresentando-se na então Feira de Amostras que, anualmente, era montada no local onde hoje se encontram as Avenidas Churchill e Roosevelt, no Castelo. Ali cantaram as irmãs Carmen e Aurora Miranda, bem como as Irmãs Pagãs, Carlos Galhardo e outros. Na Feira de Amostras era também montado um parque de diversões, conhecido como Parque Shangai.
Em 1942, com Henricão gravou seu primeiro disco , com o samba "Onde Está o Dinheiro?" e foi nesse mesmo ano que "estourou" com "Está Chegando a Hora", uma adaptação do mesmo Henricão para a melodia mexicana "Cielito Lindo". Esse foi seu carro-chefe e ela era sempre chamada a cantá-lo em qualquer parte onde se apresentava.
Separando-se de Henricão, em1945 foi para os Estados Unidos, onde se casou com um americano de nome Hans van Koehler (de ascendência holandesa) e se apresentou em vários "shows", em casas como o Teatro Triboro, em Nova York e em outras cidades, como Nova Jersey e Los Angeles.
Regressando ao Brasil, aqui marcou seus verdadeiros sucessos, regravando, principalmente a adaptação de “Está Chegando a Hora”:

"Quem parte leva saudade de alguém,
que fica chorando de dor.
Por isso não quero chorar,
quando partir meu grande amor.

Ai, ai, ai, ai, está chegando a hora.
O dia já vem raiando, meu bem
Eu tenho que ir embora".

Exatamente, o dia acabara de raiar, quando Carmen partiu, desta vez sem volta.

Carmen ainda conheceu sucessos com "Cachaça; "Só Vendo que Beleza" e "Eu Sou a Outra"
...Ele é casado e eu sou a outra na vida dele....

Ela viveu algum tempo nos Estados Unidos e, em Los Angeles, apresentou-se no famoso "Carneggie Hall".

Coloco aqui a letra de "CACHAÇA" para "matar a sede" da turma do Buteco

Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça nasce do alambique
E água vem do ribeirão

Pode me faltar tudo na vida
Arroz, feijão e pão
Pode me faltar manteiga
Isso não faz falta não
Pode me faltar o amor
Disto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça.

A Carmen Costa, meu preito da saudade, de quem nos deixou há apenas 4 anos, em 25 de abril de 2007, aos 87 anos

Um Passeio em Santana do Cariri-Ce, por Liduina Vilar.


Fizemos sábado passado, 02/07/11, um passeio pela linda cidade de Santana do Cariri, localizada na microrregião do Cariri, no sul cearence, que destaca-se por possuir um vasto sítio arqueológico ,e abriga um Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri- Ce.
Destaca-se também pelo comércio de de produtos feitos manualmente na Associação Santanence de Apoio ao artesão. Possui aproximadamente 17,5 mil habitantes.

Museu de Paleontologia.

Vista de cima do Pontal de S Cruz.

No alto do Pontal, o Cruzeiro, com vista para a Chapada do Araripe.

O conflito das duas naturezas - Emerson Monteiro

Vezes outras e imaginava o que aconteceria no íntimo dos que escolhem trilhar a vida religiosa. Deixar de lado o glamour desse filão do corpo e da carne, e entrar nos universos do imponderável absoluto. Largar as paixões, as imprevisões saborosas dos sentidos, os devaneios da satisfação imediata, e mergulhar, sem retorno, sob o manto desconhecido das aspirações profundas, inescrutáveis, do mistério divino.

Poucos dias atrás, numa folhinha de calendário li citação do jornalista e político Artur da Távola de que opção não é escolha, é renúncia. Dada tal veracidade, repito a frase, pois noto quanta renúncia existirá nas opções que se fazem no decorrer das jornadas deste chão. Ninguém trocará de lugar que não tenha de largar o sonho dos lugares antigos, pois optar implica abandonar as outras possibilidades deixadas para trás.

Ao resolver seguir o percurso da renúncia, há méritos. A prática do casamento, por exemplo, define bem tais avaliações. Ali nubentes fecham as portas das histórias individuais do que poderiam ser e abrem as portas do que acontecerá, viagem só de ida, conquanto zerem o passado a fim de começar outro presente.

Nisso, as duas naturezas, de voltar os olhos para as virtudes, que significará desistir das ilusões e dos vícios, e decidir andar certo; adeus às torturas. Eis o motivo da afirmação bíblica que ninguém servirá a dois senhores.

A alegria da carne cumpre apetites físicos fugazes, charmes da juventude, nas altas voltagens dos fliperamas das festas. Ao passo que a alegria do religioso traz o pouso das luzes suaves nas afastadas capelas, longe do burburinho de multidões infebrecidas.
Parte-se do princípio de que a virtude cruzará portas estreitas, ao tempo em que largas são as portas da perdição... Perdição face ao panorama espiritual fervoroso do outro aspecto. Duas alegrias distintas, o preço da vida física e suas emoções fantasiosas e velozes, e o custo sacrificante da imaterialidade, nos propósitos ideais da perfeição, desistência de tudo o que alimentava as saudades vencidas, escolha em si dos termos físicos rejeitados. Assunto semelhante a depositar tesouro onde a traça e a ferrugem não possam destruir, das orientações de Jesus.

A fronteira destas duas alegrias estabelece de modo particular as leis dos dois países vizinhos no campo das batalhas individuais. Padrões diferentes de práticas exigem, pois, autenticidade nos momento da grave decisão de seguir. E após o passo definitivo, a sorte resta lançada. Ainda lembro, para concluir, destas palavras: O castigo do vício é o próprio vício; o mérito da virtude é a própria virtude. Adeus às ilusões, em nome da Luz superior.

O inseto esperto-Por: Rosemary Borges Xavier

Incerto só o inseto
Ele é bem esperto
Não gosta do concreto
Vive sempre sem teto
Esperando algo por perto
Mas nem sempre anda reto
Podendo desfazer o correto

Repassando...- por socorro moreira



Um tempo único , sem medidas de felicidade ...

Entre os 13 e 18 anos
Vivíamos
Chorávamos e ríamos

Todas as manhãs
Vestíamos a mesma roupa
Ouvíamos as mesmas aulas
Assuntos repassados ,
alguns até ficaram ...

Olhar puro ,
mesmo aquele
de cabeça baixa ...
Vírgulas ponteando a amizade

Vivi todas as reticências
Acordei sonolenta
Madrugando um problema
Que era apenas matemático

Quebrei tantos óculos
Usei candieiros
Insistia no ponto
Que a vida exigia

A intenção era única
O sentimento comum
Estudar, terminar....

Casar de branco
Com lírios do campo
E lua de mel
Copiada do céu

Rostos registrados
Sons e letras ,
na pureza de um sonho...
- Hoje conquistado !

Lançamento de Livro - Show



Data: 07.07.2011
Local: Teatro Municipal do Crato
Horário: 19 h


Auci Ventura, nossa mais nova colaboradora!



Nosso abraço de boas vindas!

Por João Nicodemos


Por João Nicodemos


Fotos de Nívia Uchôa


Por Rosa Guerrera


CONFISSÃO

Se eu gosto de você?
Sim...eu gosto de você !
Porque ? Confesso : nem sei !


Gosto desse olhar de menino guloso,
Menino apressado, menino teimoso...
Gosto da infância que existe em sua alma,
E no muito de bom que possui seu coração.
Gosto de ouvi-lo contar historias,
Criar fantasmas ( só para me fazer medo)
E de depois ouvi-lo dizer bem mansinho:
“ Bobinha não tenha receio ...estou com você”
E eu me finjo mais criança ,
Para que você se sinta mais gigante...


Gosto de você muito mais ainda
Quando você adormece com seus dedos
Mergulhados em meus cabelos ...
E sem que você escute
Eu murmuro baixinho :
“ Boa noite meu menino”!
Talvez seja por tudo isso ,
Que eu gosto tanto ...
Mas ...tanto de você !
( por rosa guerrera)

A ALMA E O CORPO- por José do Vale Feitosa



Um ânimo (anima – sopro, ar, alento..) parece dar vida ao corpo. Pode morar aí uma grande ilusão, ao contrário do que pensava Sócrates, o ânimo não seria externo, mas apenas um manifesto temporal do próprio corpo. De qualquer modo, seguindo este caminho adiante, o ânimo depende de profunda e contínua relação do corpo com os elementos do planeta: oxigênio, água, carbono, sais minerais, oligoelementos e outras substâncias, inclusive da força de gravidade. É inegável que sem esta relação jamais existiu uma situação em que o ânimo permanecesse no corpo, advindo a morte. Com isso suspeita-se, cada vez mais, que ele seja uma manifestação intra-corporis.

Por isso não é de se estranhar que tenhamos profunda admiração (venerar, desejar etc.) com as forças, energias e grandes massas do planeta terra. Religiões existiram sobre elas. Depois a vida se civiliza num organismo coletivo e as religiões passaram a admirar as normas do coletivo, as fabulações da vida em sociedade, portanto as parábolas que orientam pessoas e grupos sobre o arco mais amplo daquelas regras históricas. As normas que foram além da materialidade da vida e transpuseram o ânimo para um todo histórico e coletivo, a unicidade que tudo explica. A vida coletiva e sua cultura.

O Dr. José Flávio tem aberto um diálogo com a religião católica. Incansável na busca de algo para dizer sobre as evidências do tempo. A questão da excomunhão dos católicos em Recife, a questão da Pedofilia entre padres, mas apontando isso tudo para o senso da falibilidade humana versus o atributo admitido ao Papa. Em recente comentário a uma postagem dele mesmo, José Flávio chegou ao ponto exato do seu diálogo: "Precisamos de intermediários? Por que nossa relação não é diretamente com o criador, já que ele está em todo lugar?"

O grande fato histórico é esse mesmo. O ânimo (ou melhor, a admiração) se manifesta com a unicidade do todo da civilização e da cultura diretamente. Individualmente. Sem intermediários. Sem hierarquias entre si e a unicidade (aquela mesma que é responsável por este modo de ver e viver o mundo). O mundo criado, explicado por uma singularidade (emprestada do falar da física da partícula) que condensa todas as normas e regras humanas em face do universo. Esse é o núcleo, sem dúvida alguma que permeia a história pelo menos desde o Renascimento. E não é sem razão que o renascimento seja o renascer greco-romano, as únicas civilizações que de fato consideraram o ânimo do próprio indivíduo.

Eis a razão pelas quais este núcleo de pensamento não pode aceitar uma forma de governo monárquica. Menos ainda papal. Ambas as formas de intermediação, de hierarquização entre as pessoas e as normas da civilização. Aliás, embora o papado tenha sobrevivido ao ocaso das monarquias européias e aos anseios da reforma protestante e anglicana, o certo é que para tal núcleo ele soa anacrônico em excesso. A verdadeira democracia, aquela em que os indivíduos são efetivamente livres para pensar e agir não pode acontecer sob a égide de quaisquer guarda-chuvas.
por José do Vale Pinheiro Feitosa