por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 5 de julho de 2011

CARMEN COSTA- por Norma Hauer


Há dúvidas sobre a data de nascimento de CARMEN COSTA, alguns sites dão como nascida em 5 de janeiro e outros em 5 de julho de 1920. Sempre tive esta última data como sendo a real, inclusive Luiz Vieira, em seu programa "Minha Terra, Nossa Gente", transmitido de 2ª a 6ª feira na Rádio Carioca, tem como certa a data de 5 de julho.
Bom, mas se há dúvida, ela merece ser relembrada hoje e também em 5 de janeiro.
Ela nasceu com o nome de Carmelita Madriaga em Trajano de Moraes(RJ) de onde saiu com 15 anos, vindo para o Rio de Janeiro onde trabalhou como doméstica na casa do cantor Francisco Alves. Na mesma época passou a se apresentar em programas de calouros, mas somente em 1937, quando conheceu o compositor Henricão, teve sua chance de se transformar na grande cantora que ficou conhecida com o nome de CARMEN COSTA, dado pelo compositor.
No ano seguinte, apresentou-se em um arraial do rancho fundo, em Juiz de Fora e em 1939 regressou ao Rio, apresentando-se na então Feira de Amostras que, anualmente, era montada no local onde hoje se encontram as Avenidas Churchill e Roosevelt, no Castelo. Ali cantaram as irmãs Carmen e Aurora Miranda, bem como as Irmãs Pagãs, Carlos Galhardo e outros. Na Feira de Amostras era também montado um parque de diversões, conhecido como Parque Shangai.
Em 1942, com Henricão gravou seu primeiro disco , com o samba "Onde Está o Dinheiro?" e foi nesse mesmo ano que "estourou" com "Está Chegando a Hora", uma adaptação do mesmo Henricão para a melodia mexicana "Cielito Lindo". Esse foi seu carro-chefe e ela era sempre chamada a cantá-lo em qualquer parte onde se apresentava.
Separando-se de Henricão, em1945 foi para os Estados Unidos, onde se casou com um americano de nome Hans van Koehler (de ascendência holandesa) e se apresentou em vários "shows", em casas como o Teatro Triboro, em Nova York e em outras cidades, como Nova Jersey e Los Angeles.
Regressando ao Brasil, aqui marcou seus verdadeiros sucessos, regravando, principalmente a adaptação de “Está Chegando a Hora”:

"Quem parte leva saudade de alguém,
que fica chorando de dor.
Por isso não quero chorar,
quando partir meu grande amor.

Ai, ai, ai, ai, está chegando a hora.
O dia já vem raiando, meu bem
Eu tenho que ir embora".

Exatamente, o dia acabara de raiar, quando Carmen partiu, desta vez sem volta.

Carmen ainda conheceu sucessos com "Cachaça; "Só Vendo que Beleza" e "Eu Sou a Outra"
...Ele é casado e eu sou a outra na vida dele....

Ela viveu algum tempo nos Estados Unidos e, em Los Angeles, apresentou-se no famoso "Carneggie Hall".

Coloco aqui a letra de "CACHAÇA" para "matar a sede" da turma do Buteco

Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça nasce do alambique
E água vem do ribeirão

Pode me faltar tudo na vida
Arroz, feijão e pão
Pode me faltar manteiga
Isso não faz falta não
Pode me faltar o amor
Disto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça.

A Carmen Costa, meu preito da saudade, de quem nos deixou há apenas 4 anos, em 25 de abril de 2007, aos 87 anos

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