por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

DONA MORAL ABSOLUTA





A dona Moral Absoluta
Vivia convicta de que o bem e o mal
Nascidos de nossa ancestralidade cultural
Já estavam estabelecido de uma vez para sempre
Nas formas de nossa conduta
Adão aceitou a fruta
Para saborear o sabor da sabedoria

Ulisses Germano

Para alguém especial !



Meu amigo chegou.Aquele  Músico, que  sabe tudo sobre MPB, e nos concede um histórico sobre seus grandes vultos , todas às quitas-feiras.
Vou saudá-lo com uma música do Chico, sem maiores escolhas. Nós "chicólatras" gostamos de todas !

E POR FALAR EM PIFE... (Dedicado a Ulisses Germano)




O som do Pife veio da floresta. Veio do índio e foi passando de geração em geração até chegar em meu pai” João do Pife

"Blue Moon"- Uma Música Inesquecível



"Blue Moon" ( Richard Rodgers e Lorenz Hart )foi parte da trilha sonora de vários filmes da MGM.Em " Viva Las Vegas" , com Elvis Presley e Ann-Margret, e também no musical "Grease" ,parte da música foi utilizada.

Corrupios

O Rio Paranaporã serpenteava toda encosta da Serra da Jurumenha e cortava Matozinho em duas fatias. Nas margens de suas águas algo salobras é que, historicamente, organizou-se o pequeno povoado que terminou em vila. O Paranaporã passava a maior parte do ano seco como língua de papagaio e os matozenses iam cavando poços no seu leito, no verão, buscando , desesperadamente algum veio de água.Com o crescimento inexorável da vila, as margens do rio foram pouco a pouco sendo ocupadas por casebres e o leito passou a ser o esgoto natural da vila. O antigo rio bonito , como os indígenas o tinham batizado, já não merecia esse nome. Na época do inverno, quando suas águas se encrespavam, o rio procedia a uma faxina rigorosa no leito, limpando toda a sujeira que lhe tinham impingido durante o ano e a beleza de outrora florescia por alguns meses.Esta alegria durava no máximo uns cem dias, logo depois, no entanto, vinha a estiagem demorada e o rio, novamente, se transformava em fossa séptica.
Aquele ano, tinha sido de todo atípico. Os matozenses comentavam frequentemente que na época do dilúvio, em Matozinho ficou apenas nublado. Ali , chuva era coisa rara de se ver , tinha peixe com três anos de idade que ainda não sabia nadar. Pois bem, aquele janeiro mostrou-se inesquecível. De repente, sem que profeta nenhum tivesse previsto, as nuvens abriram as comportas e , durante cinco dias, desabou uma chuva sobre a região, com raio e trovão de estralo. No segundo dia, o Paranaporã já corria fora do leito e, nos outros que se seguiram, desenhou-se uma tragédia jamais vista. Casas boiando, comércio encharcado, praças sobrenadando. Até a Igreja da Milagrosa Santa Genoveva ficou com água quase na torre. Pelo sim, pelo não, os matozenses salvaram a imagem da Santa, antes que o mar de água resolvesse ir rezar na capela: podia ser que com toda milagridade ela não soubesse nadar. Acalmadas as nuvens, os matozenses começaram a computar os prejuízos . Não morrera ninguém, mas restara pouco da vila. O povo, no entanto, tinha treinamento em sobrevivência na selva e PhD em miséria e seus congêneres, impavidamente, iniciou a reconstrução daquilo que um dia havia sido Matozinho.
De pronto os políticos aproveitaram a enchente para preparar o próximo saque: o eleitoral. O prefeito Sindé Bandalheira reuniu a Câmara e juntos solicitaram ajuda ao governo do estado. O governador prometeu mundos e fundos e, como se comentava à sorelfa que o homem era pouco viril, os matozenses sarcasticamente diziam que ele só havia dado a segunda parte da promessa. Se verba apareceu, o certo é que ficou parada no meio do caminho, não teve força nas canelas para chegar nas mãos do povo.
Na década seguinte, o problema repetiu-se por mais algumas vezes. Não na mesma intensidade, é certo. Mas isso foi o suficiente para os matozenses concluírem que aquilo não era apenas implicância de São Pedro mas, talvez, uma revolta da natureza ferida. Perceberam que a tendência seria uma certa regularidade na tragédia. Tanto se contorceram que, finalmente, um deputado conseguiu, junto ao governo federal, um projeto para construção de uma represa na encosta da Serra da Jurumenha que teria a finalidade de esbarrar as águas e, assim, resolver, por definitivo, a questão das enchentes periódicas. A Barragem do Corrupio foi construída, próximo ao açude do Sabugo, há uns cinco quilômetros de Matozinho. A partir daí, a cidade passou a dormir mais tranqüila.
Gato escaldado tem medo de água fria. No ano seguinte à construção da barragem, as chuvas foram, novamente abundantes. O rio, no entanto, represado, manteve-se pacato. Um outro fantasma, agora, começou a assombrar a vila. E se as chuvas fossem intensas demais e a barragem pipocasse? Aí desceria, de repente, um mundão de enchente, serra abaixo e, possivelmente, não escaparia viva alma. As apreensões da população chegaram no ouvido do prefeito e este, preocupado, designou um vigia para a barragem. Tratava-se de Filismino do Sabugo que morava nas cercanias da represa. Sindé Bandalheira o contratou para pastorear a barragem e, em havendo qualquer risco, entregou-lhe uma dúzia de fogos para ele soltar imediatamente. Aquilo serviria de alerta e, mediante o fogaréu nos ares, o povo teria tempo de capar o gato.
Os matozenses ficaram mais tranqüilos. As providências pareciam perfeitas e tudo teria saído a contento, não fossem alguns efeitos colaterais do remédio administrado. Pois não é que naquela sexta-feira, tardezinha, caiu uma chuva forte em Matozinho. O povo ficou de olho no Paranaporã, mas esse não dava sinais maiores de alerta. A chuva continuou, preocupantemente, com o cair da noite, mesmo assim os matozenses se recolheram a suas camas, com um certa tranqüilidade. Eram umas onze horas da noite, quando o alarme de Filismino soou: vários fogos estouraram no céu, lá para as bandas do Corrupio. Foi o estouro da boiada.
Os matozenses danaram-se a correr mato adentro, procurando subir as encostas que se encontravam mais distantes da barragem. Mãe esquecia filho, marido não se lembrava de mulher. De manhã, Pedro Perneta, que andava em cadeira de roda e pedia esmola nas calçadas, foi encontrado no olho de um coqueiro: não me perguntem como tinha chegado lá. Cego recobrou a visão na noite do dilúvio e desabou estrada abaixo. Sueldo Jogó que se recuperava de duas fraturas nas pernas, ainda engessadas, causadas pela queda de cima de um burro, foi um dos primeiros a chegar em Bertioga, correndo e sem muletas.
Quando o dia amanheceu o povo se deu conta de que a tragédia alarmada não tinha acontecido. Só depois, arrochando o velho Filismino, souberam que ele não tinha detonado o alarme. A confusão tinha acontecido por conta de uma renovação que acontecia ali no Sabugo, na casa de Juvenal Fogueteiro. Ele tinha soltado a dúzia de fogos para pagar uma promessa .
A partir daí, a dificuldade foi juntar os fujões. Nunca mais Matozinho teve a mesma população. Passados uns dez dias da ameaça de tragédia, chegou no Correio um telegrama de Sindé Bandalheira, postado no Japão:

“Informem se águas já baixaram PT
Arigatô!
Sindé”


J. Flávio Vieira

abobRINHAS poÉTICAS


Abobrinhas Poéticas

Um homem trapo
Lupemproletariado
Sonhava na companhia
De Rachel de Queiroz:

Guaraná é cocaína de pobre
Jambo é maçã de pobre
Pife é "flautinha de pobre"
Fusca é carro de pobre
Bombril é antena de pobre...
...ainda bem que a imaginação humana
não pertence a nenhuma classe social!
 Ulisses Germano 
Crarato, 2011

Luis Eduardo conversa, no Azul Sonhado....

 Absolutamente não tem sentido alienação, quando há tanto problema tão grave acontecendo, além das tragédias climáticas. Tantos drogados, tanta violência, tanto desperdício de vidas humanas vilipendiadas. Uns, geralmente encostados no governo, se refestelam a gastar dinheiro, desperdiçam à vontade. Outros passam todas as necessidades. Falta consciência da situação, ou vergonha nas “carinhas” dos parasitas exploradores, que não enxergam o que acontece, intoxicados de consumismo, narcisismo e hedonismo, o congestionado tripé pós-moderno.

– Como pode o funcionário público ganhar bem, se os serviços públicos oferecidos são ruins? Eles, às custas do Estado, utilizam os melhores serviços da sociedade, nacionais e estrangeiros, mas quem lhes paga, o público, é pessimamente atendido. Isso é ignorância ou corrupção? Inconsciência?

– Legislativo, cada deputado ou senador é um nababo às custas do erário, e são centenas, milhares grudados nas tetas nacionais, com filhos, parentes, amigos, cúmplices etc... Executivo, mesma coisa, mais o séquito de secretários, empreiteiros etc. Juciciário, idem. Cada juiz, supernabado, com a mesma trupe de encostos, a se esbaldarem às custas da nação... – Socorro, não se preocupe, essas expressões são apenas nestes comentários entre nós, de que você não necessariamente concorda, claro. São desabafo simples, apesar de seu fundo de verdade. Ao tratar oficialmente os temas, teremos sempre o cuidado de preservar as pessoas, incidindo no genérico e nas naturezas das atribuições, considerando os costumes praticados ao longo do tempo.

Mas, voltando à situação, não dá para ficar alienado no entorpecimento frustrado do copo de bebida, coisa a que o cansaço reiterado leva, por inércia. Me sinto na conclusão de fase bastante pesada de atividade. Na iminência da mudança, aqui em Brasília, seria a organização final das oficinas de redação, para ministrá-las em diversos lugares, no Plano Piloto, em Taguatinga, todas as cidades – antes de que concluiria o material literário e encaminharia a edição –, o que me significaria uma saída desejada e evoluída, ao longo do tempo, do congestionamento e do estresse. É agora uma super-hora de acordar, hora de superacordar!

O bebum se sabe é o idiota, por sua pusilanimidade, enquanto ladrões estão a vorazmente roubar o público. Tanta gente em dificuldade verdadeira, pais de família tendo que se submeter a tais assaltantes, por causa de despreparo, justamente, a culpabilidade social, que só atende aos encostos, portanto, daria para brindar (!) com um barulho desses?...

É verdade que essas coisas me incomodam, e que elas são do mundo. Elas são portanto ilusórias. E precisamos buscar o que é definitivo, que é imaterial. Mas 'ser ou não ser'... Buda falava no caminho do meio. Quereria ele também referir à disputa corpo X alma por nossa atenção?...

Luis Eduardo

Sérgio Mendes



Sérgio Santos Mendes (Niterói, 11 de fevereiro de 1941) é um músico e compositor brasileiro de bossa nova.

Dois mundos- socorro moreira







Abrem-se cortinas
Dois mundos avizinham-se
Em cada um
a procura da paz,
no sorriso.
E as almas separadas,
se consomem na saudade ...

Fome do inusitado
Fios não ligam
nós que a vida desata !


"ser poeta não confere
se o coração não anda "

(Tiago Araripe)

Mais um dia... Esperança! - Por José de Arimatéa dos Santos


Sonhos renovados a cada dia que nasce e que possamos fazer as coisas acontecerem de maneira clara, objetiva e positiva. É isso! Começo falando de sonhos porque nossa vida é movida através do que mais queremos que é um mundo de mais paz. Sei que a perfeição é difícil de conseguir, mas a paz é feita por cada um de nós nos pequenos gestos de querer bem os nossos semelhantes. Ao começar mais um dia em nossas vidas colocando em primeiro lugar fazer o bem, pensar o bem, já é meio caminho andado. Não acham? Claro! Por que não? Mesmo em dias de chuva, nublado em que o sol quer sair mais as forças da natureza dizem não e as precipitações pluviométricas molham as plantas e encharcam o solo com mais água, mesmo assim o dia é bonito. Não concordo quando escuto na televisão o repórter dizer que dia de chuva é dia feio e que só dia de sol é bonito. E quando não chove por muito tempo o mesmo repórter reporta o episódio como dia que poderia cair uma chuvinha para aliviar a temperatura. Acredito que mesmo em dia de chuva podemos fazer do dia um período de muita produção, pois tenho comigo que o clima fica mais ameno e cansamos pouco nas nossas atividades cotidianas no trabalho e em casa. Que todo dia que nasce em nosso horizonte possa ser um período de muita paz em nossos corações. Que venha sempre acompanhado dos mais sinceros votos de bom dia que repetimos todos os dias aos nossos semelhantes. Assim, o dia se transforma na certeza mesmo de um bom dia!
Foto: José de Arimatéa dos Santos

Pérola da MPB


Um dia atrás do outro
Sem uma noite no meio
É como um belo sanduíche
Sem recheio.

( Tiago Araripe )

Instituto de Ecocidadania Juriti no Programa Ação da Rede Globo neste sábado

Quem não assistiu em 12 de junho de 2010 a exibição do Programa Ação abordando o trabalho do Instituto de Ecocidadania Juriti, vai ter uma segunda oportunidade. Neste sábado, dia 12 de fevereiro de 2011 o Programa será reprisado: A produção do Programa seleciona os melhores programas do ano e exibem de novo.

O Programa vai ao ar as 7 da manhã, para nós as 6 da manhã em função do horário de verão.

Saiba mais sobre o Instituto de Ecocidadania Juriti
Desenvolvemos atividades nas áreas de educação ambiental, arte, cultura tradicional e novas mídias, com vários projetos estruturantes um deles é o "Expresso Digital" que funciona em um ônibus e se constitui numa  ilha digital itinerante na qual muitas crianças e idosos tem a oportunidade de pegar pela primeira vez em um computador. Participam de cursos de informática e ainda transformam velhos computadores em peças de artes e brinquedos. O ônibus percorre os diferentes bairros de Juazeiro para despertar o interesse pela informática. Atualmente, encontra-se em frente a sede da instituição.

Outro projeto é o "Circo Escola de Ecocidadania" que Cristina aponta orgulhosamente como o primeiro circo de concreto do Brasil. Segundo ela, falta apenas o telhado de alumínio que é caro, pois são 1.800 telhas. O circo está sendo construído no Conjunto Almino Loiola e já conquistou prêmios. No ano passado foi escolhido pelo Banco Itaú que apoiou a implantação do Centro de Referência em Educação Ambiental no mesmo conjunto. Neste ano estará realizando a Expedição Acrobatas da Serra da Capivara, com o apoio do BNB(edital/artes integradas). A Expedição reunirá jovens educadores sociais circenses de todo Nordeste em São Raimundo Nonato no Piauí. Juntos sob a orientação da pesquisadora e escritora Alice Viveiros de Castro, vão montar um espetáculo circense inspirados nas inscrições rupestres encontradas na Serra da Capivara, que vai revolucionar a data da origem do circo na terra.


Existe ainda a campanha "Me Dê Seu Lixo" que percorre escolas, entidades e associações com o objetivo de sensibilizar alunos a colocarem lixo no lugar certo. Esse trabalho se dá por meio de músicas, revistinhas, dramatizações e desenho animado. O projeto "Histórias em Retalhos" que é vinculado a ponto de cultura Circo Escola de Ecocidadania e ostenta caráter pedagógico junto aos alunos da Escola Dom Vicente. Por meio dele, mestras da cultura recontam a história de Juazeiro em bordados e pedaços de panos a partir de sobras de retalhos.

 Os gestores são jovens e ex-alunos que começaram na ONG e já respondem por novo modelo de gestão fazendo a diferença. Atualmente, a cineasta e professora da UFC Adriana Botelho  ministra oficina de roteiro vídeos para crianças a fim de que produzam filmes a exemplo das Sonhadoras, que estão filmando no Conjunto Almino Louyola em Juazeiro do Norte Crato. Essas atividades fazem parte do Laboratório de Imagem e Som do Pontão de Cultura Terreiro de Mestres e Griôs do Cariri apoiado pelo Ministério da Cultura.
    Lançando um desafio para "No Azul Sonhado

Gostaríamos de lançar um desafio as colaboradoras e colaboradores deste blog, em especial a Socorro, sua idealizadora, para que se inicie uma campanha para a finalização da construção do Circo Escola de Ecocidadania. So falta o telhado. Neste momento os jovens do projeto estão em mutirão pintando o espaço. Contribua com este espaço de inclusão social e cultural.
Temos garantido as 800 cadeiras das arquibancadas e o projeto de iluminação e sonorização. Esse material está todo comprado, mas so pode ser instalado quando colocarmos as telhas. Adote este desafio....
"...Ser simples é muito fácil, o difícil é segurar a simplicidade. Ilusões de um Peter Pan vive em mim. Amo as fotografias e as imagens nelas postadas."

(Daniel Fidélis)

Há uma fome pelo ar - Emerson Monteiro


Há, sim, uma fome de coerência, que circula as cabeças das pessoas em voos insistentes, algo parecido com zumbidos de muriçocas aborrecidas nas noites de calor pegajoso e insônia agressiva. Uma fome de honestidade, que penetra a condição social desses períodos neutros, quando a história funciona aos moldes do faz-de-conta, apenas para justificar o melhor dos mundos possíveis. Uma fome que reclama práticas dignas de políticas públicas, representatividades justas e transparência no funcionamento das engrenagens e dos comandos. Há, sim, uma fome de autenticidade nas criações artísticas, na música, do trato da beleza dos entretenimentos em geral. Nas oportunidades de trabalho aos pais de família, independente de propagandas e números oficiais. Da paz comum, onde todos respeitem os direitos uns dos outros. Uma fome de evolução da espécie humana, em que haja menos motivos de agressividade e desespero. Um ânimo de satisfação pessoal independente de tirar o que é dos outros e olhar mais dentro de si próprio, para notar o quanto de potencial cada indivíduo possui, no crescimento das mentalidades.
Em que um ser humano acredite na palavra do outro ser humano, sem avaliar os riscos dessa atitude, sem esperar surpresas desagradáveis ou agendas secretas, livre dos medos adicionais desses tempos escuros. Em que a velocidade dos carros corresponda às voltas para casa com segurança e tranquilidade. Uma fome de paz nas ruas e nos corações das gentes, cientes de que a justiça coletiva preenche os requisitos necessários dos valores básicos a se viver com êxito e harmonia. Inovações de transformações salutares que saiam do papel e cheguem aos lares da esperança e da felicidade, quando aconteça o domínio dos baixos instintos e deságuem nos bons sentimentos. Novas modificações que guardem sentido em termos proporcionais ao direito mínimo das condições de sobrevivência, vencidas para sempre os conflitos das guerras de classes e privilégios de grupos.
Uma fome do tamanho das manhãs que logo viram tardes e noites, repetida nas manhãs seguintes, qual condenação de um Prometeu acorrentado, a empurrar pedra imensa na ladeira do destino, que depois recomeçará do início, faina constante e infinita. Essa fome das eras proporcionais ao desejo da perfeição nos padrões da cidadania, quando o sonho seja do irmão amar o irmão, fora das questões insignificantes do passado e das coisas que passam. Fome de saúde nos leitos dos hospitais, nos manicômios e penitenciárias. De épocas e circunstâncias que chegam à imaginação, porém ainda não chegaram à realidade que demonstra força em relação à teimosia dos confrontos. Quando a fé dominará as contradições e os tantos setores das circunstâncias, que signifique possibilidades em termos de realização pessoal através dos talentos e das vocações. Onde tudo de bom estabeleça suas bases definitivas no seio de nossa humanidade. Há, sim, essa fome pelo ar, clamor enorme dos dias e das aspirações de uma raça que padece, mas que já visualiza espaço amplo nos estreitos limites dessa fome que lhe corrói as entranhas à procura da Luz da liberação.
"Eu lia poesia para pintar como poeta".

(Cícero Dias)

Por Socorro Moreira

Nexo x Sexo

Os opostos se atraem
Na razão direta da completude
A está para Z
Assim como zero está para N
Se a razão é nada
Z é inteiro
E sexo faz a diferença !
(socorro moreira)

A poesia de Geraldo Urano



ela tinha olhos roxos
morava numa casa de barro
ela era um pássaro do outro mundo
que lia os meus pensamentos
eu lhe dizia
baby
até quando isso?
a resposta
era um sorriso misterioso
como a alma dos montes nevados

um dia a procurei
e não a encontrei
e eu nunca mais fui o mesmo
a casa de barro ainda está lá
frágil
mas que aguentou
todos aqueles dias de paixão
paixão roxa
da cor dos olhos dela


Sou lua, sou tua, sou meia lua...
Sou todas as luas!

(Mara Thiers)

Eu Sou...

Sou fã de Martha Medeiros. Tenho guardado muitos dos seus escritos. Amo! Virei sua fã já há algum tempo. Ela tem o dom da palavra e fala com simplicidade e sabedoria. É fantástica!
Tempos atrás, ela escreveu: “Você é o que você gosta.” Texto bem interessante, onde no final ela sugere que nós (leitores), também falemos um pouco de nós. E finaliza com a frase: “Agora é a sua vez.”
Adorei a brincadeira! E como boa “menina” que sou, segui a sugestão da escritora e também escrevi: Eu Sou...
E cá pra nós, gostei do resultado. (Risos)!
Primeiro, a poderosa Martha...
***
Você é o que você gosta
Martha Medeiros

Quem sou eu?? Quando não temos nada de prático nos atazanando a vida, a preocupação passa a ser existencial. Pouco importa de onde viemos e para onde vamos, mas quem somos é crucial descobrir. A gente é o que a gente gosta. A gente é nossa comida preferida, os filmes que a gente curte, os amigos que escolhemos, as roupas que a gente veste, a estação do ano preferida, nosso esporte, as cidades que nos encantam. Você não está fazendo nada agora? Eu idem. Vamos listar quem a gente é: você daí e eu daqui. Eu sou outono, disparado. E ligeiramente primavera. Estações transitórias. Sou Woody Allen. Sou Lenny Kravitz. Sou Marilia Gabriela. Sou Nelson Motta. Sou Nick Hornby. Sou Ivan Lessa. Sou Saramago. Sou pães, queijos e vinhos, os três alimentos que eu levaria para uma ilha deserta, mas não sou ilha deserta: sou metrópole. Sou bala azedinha. Sou coca-cola. Sou salada caprese. Sou camarão à baiana. Sou filé com fritas. Sou morango com sorvete de creme. Sou linguado com molho de limão. Sou cachorro-quente só com mostarda e queijo ralado. Do churrasco, sou o pão com alho. Sou livros. Discos. Dicionários. Sou guias de viagem. Revistas. Sou mapas. Sou Internet. Já fui muito tevê, hoje só um pouco GNT. Rádio. Rock. Lounge. Cinema. Cinema. Cinema. Teatro. Sou azul. Sou colorada. Sou cabelo liso. Sou jeans. Sou balaio de saldos. Sou ventilador de teto. Sou avião. Sou jeep. Sou bicicleta. Sou à pé. Você está fazendo sua lista? Tô esperando. Sou tapetes e panos. Sou abajur. Sou banho tinindo. Hidratantes. Não sou musculação, mas finjo que sou três vezes por semana. Sou mar. Não sou areia. Sou Londres. Rio. Porto Alegre. Sou mais cama que mesa, mais dia que noite, mais flor que fruta, mais salgado que doce, mais música que silêncio, mais pizza que banquete, mais champanhe que caipirinha. Sou esmalte fraquinho. Sou cara lavada. Sou Gisele. Sou delírio. Sou eu mesma.
Agora é sua vez.
***
EU SOU...
Lana Mara

Ah..., se eu conhecesse todas as estações...
Poderia ser a primavera... Ah, quem dera;
E aí, eu seria um buquê de rosas... Com todas as rosas.
Eu seria... BOTÕES DE ROSAS.

Sou sol, girassol, sou beira de mar, cerveja gelada... Sou verão!
Sou teimosia, sou alegria, fotografia, sou boêmia.
Sou campo, sou um canto, por enquanto, só um tanto.
Sou dia e noite, sou céu, sou meia-noite.
Sou balanço de rede, sou sonho, sou sono e ressono.

Sou lua, sou tua, sou meia lua... Sou todas as luas!
Sou noites de estrelas... Sou ciúme, sou perfume, não sou legume.
Sou manga no almoço, azeitona com caroço...
Sou arte, desenhos e pinturas, sou poesia.
Sou café com pão, feijão, macarrão e requeijão...

Sou castanha, amendoim..., quanto mais, nada ruim.
Sou mungunzá, sou feijoada, roda de amigos, sou luarada!
Sou maresia, casa de Bia. Sou churrasco, um bom papo, e um bom espaço.
Sou barzinho aconchegante, um local mais elegante, nada extravagante.
Sou violão, emoção, eu sou música! Sou paixão; eu sou canção.

Sou canção dos ventos, sou vários pensamentos;
Tempos atrás, apenas fragmentos.
Sou um Ser em aperfeiçoamento. Será que consigo?
Sou caranguejo da Marulho, o alto astral também.
Sou o salgado mais que o doce, comida de panela disparado.
Sou mês de dezembro, sou Janeiro; eu sou Julho.
Sou água que jorra das cachoeiras, sou bandeira da PAZ!
Também sou guerra... Sou minha terra, Juazeiro.
Sou leonina, menina traquina, cristalina...
Sou Cora Coralina; Mario Quintana e muitos outros.
Sou alguém que ama e que chora; se apaixona, e se emociona!

Sou lua, sou tua, sou lua cheia... eu não sou de veia.
Sou também um pouco de você, pode crer!
Sou Lana, sou Mara, sou Magali..., bem aqui.
Sou ninguém, sou alguém, sou pronome.
Sou cognome, sou um Nome.
Sou ninguém, EU sou alguém, SOU sobrenome...
Eu Sou um Nome.
Sou carnaval, sem igual... etc. coisa e tal.
Mara

LIVRO do "AZUL SONHADO" -

Acho que a maioria dos colaboradores está informada, que estamos preparando a edição de um livro, materializando as postagens em prosa e versos de diversos.
Em fase de revisão (sob a custódia de Stela Siebra), quase concluída, sem data para lançamento, o livro contará com a participação de quase 50 autores.
Como foram anunciados, todos concorrerão com dois textos, e receberão em contrapartida Cinco exemplares. Faremos uma tiragem simplificada de no máximo 500 exemplares. A diferença será comercializada para ajudar nas despesas de edição ( revisão, diagramação, impressão).
Acataremos sugestões!
Alguns esclarecimentos necessários poderão ser trocados pelos e-mails:

moreirasocorro757@gmail.com
stelasiebra@yahoo.com.br

A chama do Azul Sonhado - Por Socorro Moreira




Numa fase mística , sabia que a cor azul estimulava a comunicação e a meditação.

Morava no MS, e frequentava aquelas lojinhas do Paraguai, como a "Casa da China". Estava na vitrine, a joia dos meus sonhos: um brinco de lápis lazúli !

Nem lembro exatamente quando ficou sem par . Eu sempre perco um dos brincos, e tento aproveitá-lo como pedra de um anel. Entreguei para um artesão fazer a nova joia, e foi a última vez que vi meu brinco de pedra azul.

Gosto de pedras, mas não sobrou-me nenhuma. Elas sempre preferem voltar para o reino da natureza.

Em 2001 trabalhando os 7 raios, iniciei pelo primeiro : o azul !


Chohan: Mestre El Morya

Arcanjos: Miguel e Fé

Elohins: Hércules e Amazona




Inconscientemente , batizei o blog com a cor azul: cor do céu, do mar, dos sonhos inusitados.
Alimentem esta chama !

 - A chama do AZUL SONHADO!

Correio Musical