por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 7 de abril de 2014


BYE BYE, BYRON – José Nilton Mariano Saraiva

Ao contrário do que pensam alguns, Byron Queiroz não infelicitou a vida apenas e tão somente dos funcionários (ativos e aposentados) do BNB. Basta conversar com quem teve o infortúnio de trabalhar sob seu tacão para constatar que por onde passou (tanta na iniciativa privada, como na função pública), sempre se portou de forma autocrática, desagregadora, desrespeitosa, insensível e inescrupulosa, principalmente com os da base da pirâmide. Com os superiores era diferente, porquanto já aquela época se especializara em manipular números, fraudar balanços, trafegar na ilegalidade, em prol da empresa à qual prestava serviços. Tanto é que, quando assumiu o BNB, numa reunião com os graduados da instituição, de forma sarcástica e debochada acusou-os de incompetentes e despreparados, já que conseguira viabilizar empréstimos do Banco para a tal empresa, apresentando balanços fraudados. Essa era a prova, regozijava-se, de que o quadro técnico do BNB era fraco.

Já no exercício da presidência do BNB, não tinha nenhum escrúpulo de “peitar” os auditores independentes, exigindo que o Balanço da instituição fosse estruturado à sua maneira, fugindo léguas das determinações emanadas dos dispositivos dos órgãos competentes (Banco Central, Conselho Federal de Contabilidade, Tribunal de Contas da União e Comissão de Valores Mobiliários). Tanto é verdade que, além dos recorrentes pareceres adversos da Auditoria Independente, o Ministério Público Federal num dos seus relatórios, fulminou: “...partiram de Byron Queiroz todas as diretrizes para a adulteração dos resultados nos registros contábeis do Banco” já que “...determinava quanto e como deveria ser o resultado dos demonstrativos contábeis do BNB e os demais (subalternos) encarregavam-se de operacionalizar as fraudes” (tudo isso foi confirmado por um dos seus Diretores, após briga intestina).

Graças à solidez e consistência das denúncias dos aposentados do BNB (que ele rotulara de despreparados) foi condenado pela Justiça Federal do Ceará em dois processos (14 anos de prisão, em cada um deles), mas, por injunções políticas da cúpula do PSDB (FHC e Tasso Jereissati), acabou inocentado pelo Tribunal Regional Federal, do Recife-PE.

Enfim, não é porque Byron Queiroz morreu que devemos nos compadecer, passar um borracha no passado e esquecer o terror e a tirania que foi sua era no BNB, cujo objetivo maior foi o de causar sofrimento e dor a muita gente. De “DNA” com características eminentemente nazistas, mau-caráter na acepção plena do termo, desonesto até a medula, Byron Queiroz foi uma figura desprezível e desprezada.


Agora, nas profundezas do inferno, Lúcifer terá um sério concorrente para praticar as suas maldades. Bye Bye, Byron.