por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 6 de setembro de 2016

A "RESSURREIÇÃO" - José Nílton Mariano Saraiva

Como o juiz Sérgio Moro e seus procuradores se tornaram uma espécie de “heróis nacionais”, e os bandidos “delatores” da Lava Jato uma espécie de “Maria Madalena”, passível de perdão e dignos de toda a credibilidade (Paulo Roberto, Cerveró, Pedro Barusco, Delcídio, Fernando Baiano e por aí vai) urge atentar para a gravíssima declaração prestada pelo ex-Senador Delcídio do Amaral a repórter Malu Gaspar, da Revista Piauí, em junho passado, durante um almoço na casa do irmão, onde narrou o “método” utilizado contra ele a fim de convencê-lo a iniciar, logo logo, o processo de “deduração”: de acordo com o explicitado, teria ficado trancado em um quarto sem luz, na PF de Brasília, que enchia de fumaça do gerador do prédio e que...

aquilo encheu o quarto de fumaça, e eu comecei a bater, mas ninguém abriu. Os caras não sei se não ouviram ou se fingiram que não ouviram. Era um gás de combustão, um calor filho da puta. Só três horas mais tarde abriram a porta. Foi dificílimo”. 

Daí, dali ter saído direto para uma conversa com o Sérgio Moro.

Isso parece verossímil, já que é do conhecimento público que o juiz Sérgio Moro ignora a presunção de inocência, prende sem provas, rebola o sujeito no fundo de uma cela deixando-o praticamente incomunicável, numa clara forçação de barra a fim de forçá-lo a delatar, conforme confirmou o procurador da própria Lava Jato, Manoel Pastana, que enalteceu o modus operandi morista: “para o pássaro cantar, ele tem que ser enjaulado”.

Ante o exposto, e face a credibilidade que boa parte da população empresta aos “respeitáveis bandidos delatores”, cabe indagar: temos aí, no método utilizado contra o Delcídio, em pleno século XXI, uma espécie de “ressurreição” das Câmaras de gás dos campos de extermínio nazistas (aqui individualmente), ou tudo não passa de mera coincidência ???

Afinal, a confirmar-se o que foi atribuído ao Delcídio do Amaral, em português cristalino e contundente, ele afirmou com todas as letras ter sido TORTURADO.

Será verdade ???