por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 17 de agosto de 2013

Ô, "santa" cara, essa - José Nilton Mariano Saraiva

Não se sabe ao certo o quanto será gasto ao final da obra (se é que vão concluí-la algum dia), mas, se tomarmos por parâmetro o extravagante e milionário “rombo” (desvio de dinheiro) denunciado pelo Ministério Público – R$ 416.000,00 – ninguém tem dúvida que a estátua da tal “santa”, que está sendo construída no Crato, vai nos custar – ao contribuinte -  “os olhos da cara”. E convém atentar que essa dinheirama toda foi subtraída ainda quando da construção da primeira etapa do citado monumento.

Ainda de acordo com o Ministério Público, a construtora responsável, à época, denominava-se Projesul, cujo proprietário (em conluio com os engenheiros responsáveis), foi responsabilizado pela formação de um esquema fraudulento visando o desvio do dinheiro público, via medições falsas e pareceres técnicos fraudulentos (formação de quadrilha ???).

Fato é que, por conta de tal tramóia, duas ações já foram impetradas contra o dono da Projesul e engenheiros envolvidos; uma de natureza penal (prisão em regime fechado) e outra por improbidade administrativa (devolução da grana ao poder público e impedimento de realizar contratos com a administração pública e exercer cargos públicos, durante certo tempo).

Estranhamente, os nomes dos envolvidos em tão escandaloso esquema não foram divulgados, a fim que todos tomássemos conhecimento de quem se trata, até mesmo como forma de precaução, se necessário abordá-los.


Alfim, restou uma triste constatação: ô, “santa” cara, essa. 

1.111 - José Nilton Mariano Saraiva

O rendimento máximo pago a um funcionário público, no Brasil, deveria ser da ordem de 24.000,00 e poucos reais, valor, hoje, percebido pelos privilegiados senhores ministros do Supremo Tribunal Federal-STF.

Mas, eis que, examinando os pagamentos efetuados pelo Governo aos seus funcionários, o insuspeito e eficiente Tribunal de Contas da União-TCU, descobriu que nada menos que 1.111 (hum mil cento e onze) felizes servidores do segundo escalão do governo, lotados nos gabinetes dos senhores Deputados Federais, em Brasília, percebem mensalmente mais de R$ 28.000,00.

Se existe a tal da “rachadinha” (com o patrão Deputado) não se sabe, mas o fato é que, descoberta a “maracutaia”, surge a possibilidade dos tais salários voltarem à “normalidade”, embora, estranhamente, os beneficiados não serão obrigados a devolver o recebido a mais, durante tanto tempo.


Por qual razão, se o que foi recebido não está dentro da legalidade ??? 

DONA RUTH - por Joaquim Pinheiro

Algumas pessoas são tão boas e influenciam positivamente tanta gente que deveriam ser fisicamente eternas ou pelo menos ter seu tempo de vida dobrado.  Foi o pensamento que me ocorreu quando tomei conhecimento da morte de D. Ruth Barreto.
Conheci D. Ruth depois da dura batalha do exame de admissão, “vestibular” exigido dos alunos que concluíam o primário (hoje ensino básico) para ingressar no curso ginasial (atual curso fundamental).  Primeira surpresa na aula de Matemática:  o titular era uma mulher, D. Ruth.  Na minha mente de 11 anos achava que era assunto para homens, apesar de que o melhor estudante  na matéria, que conheci em todo curso primário, fosse uma menina, Socorro Moreira. Segunda surpresa:  a mestra era “show de bola”, usava método tão eficiente e didática tão boa que parecia não haver mistério nos números.  Também ensinou História, com a mesma competência da outra cadeira. Acho que não por coincidência estas eram minhas matérias preferidas.
Certa vez ela levou um livro de História para a sala. Fiquei interessado pela obra e passei dias “bolando” uma forma de abordá-la. Queria simplesmente saber o nome, o autor e onde comprar, pois queria passar as informações para meu pai.  Com poucas palavras ela reduziu minha insegurança a pó, dizendo que ficasse à vontade, pois era minha prima próxima. Confesso que me achei o máximo sendo parente de pessoa tão importante.

Ser aluno de dona Ruth foi significativo para todos aqueles que tiveram o privilégio de estudar no Colégio São Bosco, em Crato. Para mim foram cinco anos de lições de civismo, educação, boa convivência, equilíbrio e exemplo, úteis para a vida toda.
Postado por Joaquim Pinheiro às 16:33 http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif http://img2.blogblog.com/img/icon18_edit_allbkg.gif