Era uma vez um avô poeta que louvava a Deus louvando a sacralidade da natureza. Era um avô sábio e simples, brincalhão e contemplativo.
Antigamente, não muito antigamente, a energia elétrica não havia chegado aos sertões do nordeste brasileiro, o que fazia com que as noites fossem escuras como breu nas fases de lua minguante e nova. Mas o manto estrelado do céu era um convite à contemplação do infinito, à leitura do mistério das constelações distantes, à viagem interior em busca do brilho divino dentro de nós.
A noite, seja clara de lua cheia, seja clara de estrelas, é tempo e espaço propício aos astrólogos, aos poetas, aos buscadores da Beleza Infinita de Deus.
Stela Siebra