por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 6 de julho de 2011

LUZES E SOMBRAS- por Rosa Guerrera


Escreveu a poetisa cratense Socorro Moreira, que : “ Existem pessoas que acendem nossas luzes , e outras que conseguem apagá-las “. E eu aprovo totalmente essa definição inteligente. Quantas vezes em meio a uma escuridão cheia de mágoas, medos e decepções sentimos que a imprevista presença de alguém pode acender nossas esperanças e iluminar os nossos caminhos !
E de repente começamos a enxergar estrelas que estavam apagadas , ver melhor a cor do mar , ouvir e entender a melodia do canto dos pássaros e termos em nossas mãos o universo de muitas poesias .
Essas são exatamente as pessoas que acendem nossas luzes interiores para melhor vermos a claridade do mundo exterior .
Outras , é bem verdade , nos trazem dissabores , nos iludem com frases inacabadas , e nos deixam cicatrizes profundas apagando luzes que pensávamos serem eternas .
É esse paradoxo, e o verdadeiro contexto da própria vida .
Quem não teve luzes acesas e apagadas por pessoas que passaram no trilhar dos nossos destinos ?
O importante é vivermos intensamente os dias de sol , amarmos sem condições, desfrutarmos os minúsculos instantes de amor e de alegria que uma ou várias pessoas nos presentearam quando acenderam as nossas luzes , porque elas podem também um dia apagá-las , essa é a mais pura das realidades.
E se por acaso , ironia ou poesia do destino , isso vier a acontecer não devemos permanecer numa constante entrega à escuridão , porque a qualquer momento outra luz entrará pela janela do nosso coração iluminando uma nova jornada , deixando na lembrança apenas sombras de uma dolorosa penumbra.
 por rosa guerrera

Mensagem do dia: Sussurro Divino‏- Colaboração de Altina Siebra



Um amigo levou um índio para passear no centro de São Paulo.
Seus olhos não conseguiam acreditar na altura dos edifícios e ele mal conseguia
acompanhar o rítmo frenético das pessoas indo e vindo. Espantava-se com o barulho ensurdecedor das sirenes, dos automóveis, as pessoas falando em voz alta.
De repente o índio falou:
- Ouço um grilo...
O amigo espantado retrucou:
- Impossível ouvir um inseto tão pequeno nessa confusão!
O índio insistiu que ouvia o cantar de um grilo. Tomando o seu cicerone pela mão, levou-o até um canteiro de plantas. Afastando as folhas, apontou para o pequeno inseto:
- Como? -Perguntou o amigo, ainda sem crer.

O índio pediu-lhe algumas moedas, e então jogou-as na calçada.

Quando elas caíram e se ouviu o tilintar do metal, muita gente se voltou:
- Escutei o grilo porque o meu ouvido está acostumado com este tipo de barulho. As pessoas aqui ouvem o dinheiro caindo no chão porque foram condicionados a reagirem a esse tipo de estímulo. Depois arrematou:
- A gente ouve o que está acostumado ou treinado a ouvir.

Vivemos em um mundo materialista.

A vida nos impõem que sejamos muitas vezes duros. Acabamos nos tornando céticos.
A voz de Deus não é ouvida senão por aqueles que tem o ouvido sensível.
Muitas vezes a correria da vida e as agitações da nossa alma inquieta não nos permitem perceber o Divino.
Treinamos os nossos sentidos para reagir apenas aos impulsos da sobrevivência, mas há realidades que só se percebem com o espírito.
Aqueles que aquietam o coração e se deixam tocar pelo Eterno, escutam o sussurro de DEUS.



Autor Desconhecido.
só corro...
meu coração
pede socorro!!

pé de Socorro
bailando elegante
valsando vibrante
no salão do castelo

que belo, que belo!

Por João Nicodemos

Aquieta-te em mim - por socorro moreira


silêncios , recreios
invento e recrio o amor,
enquanto penso

windows
abro e fecho
encanto e desencanto
se alternam
retenho o som
busco o oásis
que já vivemos

sentimento adormece
depois acorda ,
e escova os dentes
mordisca o desejo
como fruta fresca
e a tentação
faz o gosto voltar
no apito do trem

aquieta-te em mim ...
não contritamente
moras nesse 3 x 4
loteado em mim

o tempo é sempre pleno
quando expandimos o amor
que a gente sente!

O arcaico e o moderno na vida das tias Hig-Tech - José do Vale Pinheiro Feitosa


Esta história demorou a chegar. As minhas tias Raimunda, Rosinha e Maria, com telefone celular, antena parabólica e internet vivem no mundo sem sair do velho e arcaico sertão do Potengi. Os sobrinhos netos dela nem tomarão pulso do que isso significa. E que no tempo deles definitivamente a vida rural que já foi o centro da civilização brasileira, haverá se tornado mais um compartimento urbano, com ar campestre.

Mas isso é apenas para contextualizar que elas, ao contrário vivem uma vida dual: ora acham que a vida real é no mundo e noutra a virtual no sertão. Invertem, por assim dizer, a equação. Resulta em algo diferente esta inversão?

Claro! Pensam em deletar a seca e dar um boot no calor na hora de dormir. Outro dia foi seu Chagas, com o velho caminhão que veio pegar uma carga de milho e deu problema no virabrequim. Tia Rosinha não disse nada para ninguém. Desde a varanda onde se sentava, ouvindo a carga de palavrões que seu Chagas acumulava no rol de seus pecados, pensava em dar um enter na ignição do velho Mercedes. Pelo menos aquela maquinação barulhenta esconderia tantas interjeições do velho motorista.

Outro dia pediram a Chico Véi para ir ao Potengi completar algumas coisas em falta na despensa. Deram o telefone celular de uma delas para se comunicar caso precisasse. Pois bem, de motocicleta, 15 minutos para ir, uma hora para malandrar e comprar e mais 15 minutos para voltar. Após uma hora e meia, tia Maria confirmou no relógio e resolveu ligar para Chico Véi.

Mandou brasa naquele botão verde do celular com tanta força que pensou até ter ouvido “luar do sertão” que era a chamada do telefone que estava com Chico. Foi rápido, dois toques e Chico atendia:

- Pronto!
- Chico?
- Ninhora!
- Onde tu tá?
- Aqui!

Tia Maria virou-se e viu Chico ao seu lado. E pensava que o telefone dela estava com defeito provocando eco na voz de Chico. Esta era a prova fatal de que tinham, pelo meio, modificado a mensagem. Não conheciam Mc Luhan, mas poderiam ir a Wikipedia e tudo se resolveria.

Reunião de emergência. Onde estaria o moderno e o arcaico? Qual o papel do mundo e o do sertão?

A discussão foi acalorada, com consultas ao computador e até telefonemas para os sobrinhos. Finalmente chegaram à sentença:

- Nem o mundo e nem o sertão são arcaicos. – Já haviam chegado às mesmas conclusões que chegaremos no futuro. Não tem mais diferença entre estes compartimentos.
- E o arcaico não existe mais?
- Existe sim senhor. Nem fique avexado.
- O arcaico somos nós. Quando este momento aí se equilibrar não vão entender nada de nós.


 por José do Vale Pinheiro Feitosa

O OLHAR. Por Liduina Belchior.

LEITURA DE ALMA
FALA LUMINOSA DO CORAÇÃO
SORRISO EXPRESSO
BADALAR DO SINO DA PAIXÃO.
Qual leão

Recitada pelo aluno Antônio de Castro Alves
no Outeiro que teve lugar no Ginásio Baiano
a 3 de julho de 1861


I

Qual leão encostado à dura rocha
Da grande serra, onde o senhor habita,
Vestido de áurea juba reluzente,
O débil caçador ao longe fita;


E grande e generosa que podia
De momento em seu sangue se banhar,
Deixa-o seguir com pena o seu destino
Sem seu poder e forças lhe mostrar:


Tal o Brasil sentado junto às margens
Do verde oceano que seus pés lhe beija,
E recostado sobre o alto Ande
Que além nos ares, pelo céu flameja.


Vestido desse manto lindo e belo
Que nunca o frio inverno desbotou;
Bordado dos diamantes, do ouro fino,
Das lindas flores com que Deus o ornou;


Viu chegar-se de Lísia a cruel gente
Batida pelos ventos e tufão,
Débeis de forças, débeis de esperança,
E apenas merecendo compaixão;


Deixa-os entrar nos bosques gigantescos;
Deixa-os gozar dos puros céus de anil;
Deixa-os fruir de todas as riquezas,
Que o mundo antigo inveja do Brasil.



II


Mas o gigante que amigo
Unira alegre consigo
O peregrino estrangeiro,
Em breve sentiu, raivoso,
Seu colo altivo, orgulhoso,
Sob triste cativeiro.


Sentiu em breve o grilhão
Da mais torpe servidão
Atar-lhe a fronte sob'rana;
Essa fronte majestosa
A quem coroa formosa
Dava a gente Americana!


Mas perdendo o sangue frio,
Recordando o antigo brio,
O seu antigo valor;
S'ergue súbito da terra
E exclama com voz que aterra
Ardente d'ira e furor:


"Lísia, que fostes o horror
Dos povos de outro equador
Com teu imenso poder;
Que com as tuas falanges
Às Índias, que banha o Ganges,
Fizeste humilde tremer;


"Sabe que a Índia de agora
Tem outra mais bela aurora;
São Índias, mas do Amazonas,
Sabe que eu sou o Brasil;
Tenho povo senhoril
Como não têm outras zonas.


"Se o índio, o negro africano,
E mesmo o perito Hispano
Tem sofrido servidão;
Ah! Não pode ser escravo
Quem nasceu no solo bravo
Da brasileira região!


E ei-lo já arrojante
De sangue imigo espumante
A destruir, a matar;
Busca de todos os lados
Os mandões que, amedrontados,
Caem na terra e no mar.


Uns Lusitanos já correm,
Outros aos golpes já morrem
Deste novo Adamastor;
Não podendo já mostrar
O seu valor militar
Tremem feridos de horror.


Em Pirajá, em Cabrito,
De Lísia já se ouve o grito,
Surdos gemidos de dor;
Já nem se lembram de glória,
Esquecem té a memória
Dos seus feitos de valor.


Uns acham vida fugindo,
Outros morrem, mas sentindo
Os pulsos do Brasileiro;
Então conhecem, medrosos,
Que para peitos briosos
É quimera o cativeiro.


Então soberbo o gigante
Com sua fronte brilhante
As suas armas deixou;
E levantando os troféus
Clama ousado para os céus:
— Lísia, sim, já livre sou —.

Bill Haley

CONVITE... Inauguração e Exposição...

O HOTEL ENCOSTA DA SERRA convida para a inauguração do SALÃO IRMÃOS ANICETO e EXPOSIÇÃO DE QUADROS DECORATIVOS, Artes & fotografias de: Pachelly Jamacaru. Esta brilhante iniciativa, faz parte de uma nova visão da atual administração do hotel, onde os valores culturais em seus diversos segmentos são reconhecidos e valorizados.

Data: 08 de Julho/2011
Local: HOTEL ENCOSTA DA SERRA
Av. Pedro Felício Cavalcante - Caminho do Clube Recreativo Grangeiro
Horário: 19hs

Presença dos Irmãos Aniceto
Exposição de Quadros Decorativos, Pachelly Jamacaru.

Lançamento de Livro - Show

LANÇAMENTO DE LIVRO INFANTIL




Estaremos lançando, na próxima Quinta-Feira, dia 07 de Julho , no Cine Teatro Moderno, aqui em Crato, o livro : "O Mistério das 13 Portas no Castelo Encantado da Ponte Fantástica" de J. Flávio Vieira e Ilustrações de Reginaldo Farias. O livro engenhosamente faz uma tessitura dos mitos caririenses e acompanha um CD com 15 Músicas e um Audio-Livro com a narração da história. O Projeto foi vencedor do I Prêmio Rachel de Queiroz da SECULT. No evento teremos um Show com a presença de vários músicos e compositores cearenses que participaram do Projeto : Luiz Carlos Salatiel, Lifanco, Ibbertson Nobre, Luiz Fidelis, Pachelly Jamacaru, Amélia Coelho, Ulisses Germano, Zé Nilton Figueiredo, João do Crato, Leninha Linard, Abidoral Jamacaru e muitos outros.

Dia- 07/07/2011 (Quinta)
Local- Cine Teatro Moderno ( Crato)
Hora- 19 H
Entrada Franca

Todos Lá !

Apoio : Secult, Governo do Ceará, Urca, Geo Park, Secretaria de Cultura do Crato, Unimed Cariri, OCA

A arte de João Nicodemos

Vejam mais ...

Alberto Nepomuceno



Alberto Nepomuceno (Fortaleza, 6 de julho de 1864 — Rio de Janeiro, 16 de outubro de 1920) foi um compositor, pianista, organista e regente brasileiro.

Considerado o "pai" do nacionalismo na música erudita brasileira, deixou inacabada a ópera O Garatuja, baseada na obra de mesmo nome de José de Alencar. Escreveu duas óperas completas, Artemis e Abul, ambas sem temática nacionalista. Pesquisas recentes mostram que Nepomuceno compôs obras de caráter modernista, chegando a experimentar com a politonalidade nas Variações para piano, opus 29.

Frida Kahlo



Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón (Coyoacán, 6 de julho de 1907 — Coyoacán, 13 de julho de 1954) foi uma pintora mexicana.

Louis Armstrong



Louis Daniel Armstrong (Nova Orleans, 4 de agosto de 1901 — Nova Iorque, 6 de julho de 1971), é considerado "a personificação do jazz". Louis Armstrong é famoso tanto como cantor quanto como solista, com seu trompete.

Castro Alves


Antônio Frederico de Castro Alves (Curralinho, 14 de março de 1847 — Salvador, 6 de julho de 1871) foi um poeta brasileiro.

Nasceu na fazenda Cabaceiras, a sete léguas (42 km) da vila de Nossa Senhora da Conceição de "Curralinho", hoje Castro Alves, no estado da Bahia.

Suas poesias mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos". Foi o nosso mais inspirado poeta condoreiro.

Saudade é uma

ausência presente

que pressente

o futuro encontro...