por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Nívea lua - por socorro moreira

foto Nívia Uchôa
Continuo da lua
A noite me acorda
Madrugada é festa
Música silenciosa

Das minhas grades
Meu olhar é livre
Meu pensamento é brisa

Vejo e sinto
Mantenho distância
Reservo-me das suas crateras
Passeio na imaginação
Na garupa
De quem pisa um coração

Mito é mito
Lua é encanto


Existirá solidão
No invisível ?

Existirá solidão
Na alma que vive a lua
Sem um pingo de ilusão?

Ponto luminoso-
Comum -
Olhares que procuram

- Iluminação !


Nossa Senhora das Dores- Padroeira de Juazeiro do Norte



A Coroa de Nossa Senhora das Dores teve início na Itália em 1617, por iniciativa da Ordem dos Servos de Maria, assim como a Missa de Nossa Senhora das Dores, que hoje é celebrada em toda a Igreja no dia 15 de setembro.
A Coroa é um dos frutos do carisma mariano da Ordem, cultivado desde 1233, ano de sua fundação.
A Coroa surgiu inicialmente como alimento da piedade mariana dos leigos reunidos em grupos chamados Ordem Terceira.
A Coroa das Dores teve sempre a aprovação dos Papas.


Agatha Christie


Dame Agatha Mary Clarissa Mallowan (Torquay, 15 de Setembro de 1890 — Wallingford, 12 de Janeiro de 1976), mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica, autora de mais de oitenta livros. Seus livros são dos mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare, com mais de 4 bilhões de cópias vendidas em diversas línguas.

Conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, dentre outros títulos, criou os famosos personagens Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne, entre outros. Agatha Christie escreveu também sobre o pseudônimo de Mary Westmacott.

wikipédia

TEMPO DO COMPUTADOR - POR ROSA GUERRERA





No bloco de notas da minha vida , já deletei muitas imagens, documentos e fotos arquivadas em pastas especiais.
Todos os vírus que prejudicaram o disco rígido do meu coração, possuem agora uma nova programação.
Deixei de fazer uso da tecla retrocesso, dando um enter alegre a cada dia que nasce.
Hoje computo no meu destino um novo estilo de aprendizado, criando atalhos coloridos de esperanças.
Desconectei tudo que possa me causar lembranças amargas, e joguei na lixeira os revezes que a vida me ofertou.
Sigo decidida um novo sistema , onde apenas pretendo atualizar os detalhas mais importantes. Aprendi a viver também na era do computador !

Nossas boas vindas à poetisa Lídia Batista !

SANGUE, OLHAR E CORAÇÃO POÉTICO!

È UMA HONRA,LÍDIA, TÊ-LA ENTRE NÓS.

GRANDE ABRAÇO!

Interagindo no Azul Sonhado- por Lídia Batista


Estou a passeio na internet, percorro blogs, rasteio escritos e poemas de alguns conhecidos: Luiz C. Salatiel, Emerson Monteiro, Socorro Moreira, João Marni, Geraldo Urano, Carlos Rafael, Roberto Jamacaru, Olival Honor, José Flávio, entre outros. Encontro o que procuro. Cada leitura impressiona, observo com entusiasmo a maneira como um a um se coloca fazendo representação mental, elaborando concepções.
Meu Deus, como escrevem bem! É tão lindo saber escrever! A inteligência é algo fenomenal e quando atrelada a uma veia sensível, capaz de captar essências do mundo e das pessoas, o resultado surpreende. Todo o entendimento contido nas ideias clama por uma ação, um gesto concreto de exteriorização e a linguagem escrita tem sido um meio eficaz, transparente da criatividade pensante de todos eles.
Gosto desses registros e reconheço nesses talentos o espírito colaborativo, por disponibilizarem em um espaço democrático como a net um acervo de leitura valoroso e expressivo.

Lídia Maria Lima Batista
Crato, 17/8/2011

Números especulativos - Emerson Monteiro


Vimos outro dia, em comentário circunstancial, que os atuais países gastaram só durante o ano de 2010 a bagatela de trilhão e meio de dólares nos gastos de armamentos. E que dita quantia corresponde a 16 vezes todo o meio circulante da moeda do Brasil, esbanjamento de não ter tamanho daquilo que a natureza forneceu para alimentar o ecossistema do planeta Terra, jogado fora assim à toa, prática por demais escandalosa, imbecil, para custear a fome da cólera dos que comandam a farra do poder ao preço da brutal violência.

Pois bem, cresce nos mercados mundiais, desde o ano de 2008, das piores crises econômicas que há notícia, ameaçando, inclusive, as nações ricas da Europa, motivo de apreensão dos que querem enxergar na história solução de curto prazo.

Contudo, ato contínuo, os líderes ocidentais notaram detalhe que lhes chamou a atenção... A China conseguiu, nesses tempos depois da Revolução de Mao-tsé-tung, amealhar reservas monetárias em torno de três trilhões de dólares, o suficiente para cobrir a fome ocidental pelo período de dois longos anos das suas guerras de conquista.

Chineses, no entanto, parecem avaliar se querem mesmo investir capitais longe de seu território, pois sabem o risco que correrão nos braços incertos dos estrangeiros prepotentes. Estudam calados o sacrifício, hora crítica de muitos interessados naquilo que obtiveram ao correr do trabalho de tantos.

O prejuízo acumulado de italianos, por exemplo, chega além de um trilhão de dólares, a imaginar os outros envolvidos na situação coletiva; Espanha, Portugal, Grécia, economias antes seguras, também cruzam tempos difíceis. Quanta fortuna e sucesso desapareceram através dos números vazios das ilusões perdidas...

Os chineses que se cuidem, pois, diante da pressa de quem subira na riqueza destruindo a paz com políticas armadas e destruidoras. Ao bom senso caberá, o quanto jamais aconteceu, lugar das atitudes coerentes, no nome da continuação da existência e da fraternidade entre as pessoas... Que alimentem, senhores chefões, a boa vontade à luz da razão, em benefício de todos nós seres humanos.

Colaboração de Altina Siebra


Na Rádio Azul


Feliz aniversário, Carlos Esmeraldo!




Saúde, Paz, Amor e Fortuna!

Um grande abraço de todos os amigos que cochilam no "Azul Sonhado".

Você viu?


"Julie & Julia é um filme de comédia lançado em 7 de agosto de 2009 e foi dirigido por Nora Ephron. O filme, baseado entre outros na autobiografia de My Life in France, retrata a vida de Julia Child, autora de livros de culinária e apresentadora de televisão norte-americana, e a tentativa de Julie Powell (Amy Adams) de cozinhar todas as 524 receitas de Julia Child (Meryl Streep) do livro Mastering the Art of French Cooking."

Se o filme é com Meryl Streep, e o tema é gastrronômico, tem nem perigo de passar-me desapercebido. Conferi !
Fiquei com vontade de cozinhar através do Cariricaturas, com mais propriedade, passando dicas, e sugerindo cardápios, aproveitando o gosto que tenho pelo assunto, e a vontade de trabalhar a alquimia de transformar ingredientes em cheiros e sabores. Não me julgo preparada, claro !
Mas esse filme estimulou o meu desejo de botar a mão na massa . Convoco , quem também gosta !

Vamos lá?
Estou utilizando mil formas de preencher o ócio , enquanto cuido da minha vida, sem desperdícios. Queria elastecer o tempo, viver em dois planos simultâneamente, não voltar aos 17, mas ficar nos 50, eternamente !

socorro moreira

Ócio x Vida- por Socorro Moreira




Até a brincadeira
tem sua hora de silêncio
Não quero descansar da prosa
Prefiro o ócio,
na prova !

E deixando mais um claro
pra poesia preencher
eu digo que a vida é clara
mas escurece como a noite
quando eu fico sem você !

Pegue o beco da poesia
Lá mora  a  vida !

Estrada- por Socorro Moreira


Vivi a estrada
em todos seus  percursos
Matei sonhos
Nasci esperanças
Achei o tónico
que me fez recomeçar

Não sai do círculo
Um dia a gente
nunca vai chegar ...?!


Escolha a palavra mágica
pra descobrir seu caminho
ou ande à ermo
e deixe que o  destino
se cumpra.

Canção na Plenitude- por Lya Luft




Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.

Há rugas onde havia sedas,
sou uma estrutura agrandada pelos anos
e o peso dos fardos bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)

O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.

A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.

Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força -- que vem do aprendizado.

Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés -- mesmo se fogem -- retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.


Lya Luft

Por Lya Luft




crônica retirada do livro "Pensar é Transgredir",
Editora Record

"Muito do que gastamos (e nos desgastamos) nesse consumismo feroz podia ser negociado com a gente mesmo: uma hora de alegria em troca daquele sapato. Uma tarde de amor em troca da prestação do carro do ano; um fim de semana em família em lugar daquele trabalho extra que está me matando e ainda por cima detesto.
Não sei se sou otimista demais, ou fora da realidade. Mas, à medida que fui gostando mais do meu jeans, camiseta e mocassins, me agitando menos, querendo ter menos, fui ficando mais tranqüila e mais divertida. Sapato e roupa simbolizam bem mais do que isso que são: representam uma escolha de vida, uma postura interior.
Nunca fui modelo de nada, graças a Deus. Mas amadurecer me obrigou a fazer muita faxina nos armários da alma e na bolsa também. Resistir a certas tentações é burrice; mas fugir de outras pode ser crescimento, e muito mais alegria.
Cada um que examine o baú de suas prioridades, e faça a arrumação que quiser ou puder.
Que seja para aliviar a vida, o coração e o pensamento - não para inventar de acumular ali mais alguns compromissos estéreis e mortais."

Momento - por Socorro Moreira




Foto de Pedro Carvalho

"Nesse momento
Nesse lindo exato e justo momento
Não custa querer tirar a escuridão do sol
É fácil tentar tirar o sol da escuridão
Um clarão no pensamento de todos os homens"
(Sá e Guarabira)

"Num momento de fraqueza
Sem usar minha franqueza
Menti pra te agradar
Se eu pudesse
Não mudava o verso antigo
Não seria só amigo
Mas voltava a te adorar "
(Paulinho da Viola)


momento passado
momento é presente
que está ou deixou de ficar

meu momento é perfeito
não sinto a dor no peito
mas sei que ela vai voltar.

escrevi minha história
sem fotos, registros ...
deixei que os momentos
ficassem gravados
no puro cristal

momentos vividos
momento em que eu vivo
momento final
suspiro fatal

e naquele dia,
naquele momento,
esqueci de te olhar,

como algo,
que em qualquer momento,
pudesse voltar...

deixo o momento dançar
deixo o momento sonhar
deixo o momento beber
pingos de luar

o esperar já cansou
agora
sou toda amor
Momento de amar !

E agora?
Quem continua a prosa?
Deixo a noite , bela madrugada
inspirar quem tá no ar !

Use a FOTOGRAFIA
forma poesia
com versar !

socorro moreira

Uma amizade eterna - Por Joaquim Pinheiro


Foto Histórica


Esta foto representa solída amizade de 70 anos, de duas personagens marcantes. Na ocasião, a soma das idades das duas chegava a 180 anos. D. Pia Cabral, mãe de Umberto, Sarah, Irene, Bernadete, Divane, Leônia, que moram no Crato, cumprimentava D. Benigna Arraes, mãe de Miguel Arraes, Anilda, Alda, Mª Alice, Laís, Almina e Violeta, pelo 90º aniversário.


Por Joaquim Pinheiro

Uma palavra (Chico Buarque)- Colaboração de Eurípedes Reis


Uma Palavra

Chico Buarque

Palavra prima
Uma palavra só, a crua palavra
Que quer dizer
Tudo
Anterior ao entendimento, palavra

Palavra viva
Palavra com temperatura, palavra
Que se produz
Muda
Feita de luz mais que de vento, palavra

Palavra dócil
Palavra d'agua pra qualquer moldura
Que se acomoda em balde, em verso, em mágoa
Qualquer feição de se manter palavra

Palavra minha
Matéria, minha criatura, palavra
Que me conduz
Mudo
E que me escreve desatento, palavra

Talvez à noite
Quase-palavra que um de nós murmura
Que ela mistura as letras que eu invento
Outras pronúncias do prazer, palavra

Palavra boa
Não de fazer literatura, palavra
Mas de habitar
Fundo
O coração do pensamento, palavra