por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 9 de julho de 2022

“LULA LIVRE” REQUER SEGURANÇA MÁXIMA ( II ) - José Nilton Mariano Saraiva


Por mais incrível que pareça, só agora parte da grande mídia brasileira começa a aventar a possibilidade do ex-presidente Lula da Silva se tornar alvo de atentados no decorrer da campanha eleitoral, tendo em vista o clima beligerante dia-a-dia insuflado pelo “traste” que está no poder, em razão de já vislumbrar uma acachapante e desmoralizante derrota eleitoral.

Assim, tomamos a liberdade de “(RE)POSTAR” parte de um texto de nossa lavra redigido há mais de ano, tratando sobre (não, senhores, não descobrimos a pólvora, não temos “bola de cristal” e nem somos nenhum adivinho).

Vide abaixo:

“No mais, não custa lembrar: como o assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, foi comprovadamente obra de “milicianos” de aluguel, seria de bom alvitre que O PT E LULA DA SILVA REFORÇASSEM DE IMEDIATO A SEGURANÇA DO EX-PRESIDENTE, porquanto Fabrício Queiroz (apesar de tudo o que fez) está livre e solto para servir de elo entre a família Bolsonaro e a “nata” da criminalidade que habita não só morros, mas até condomínios luxuosos no Rio de Janeiro (lembremo-nos que o provável assassino da vereadora Marielle Franco, o tal do Ronald Lessa, era morador e vizinho de condomínio da família Bolsonaro)”.

Fortaleza, 24.03.21

NA DECADÊNCIA DO RIO DE JANEIRO, A ASCENSÃO DOS "BOLSONAROS" - José Nilton Mariano Saraiva

Cidade litorânea - “abençoada por Deus”, no dizer dos poetas – já que agraciada com uma “beleza natural” ímpar, por anos a fio o Rio de Janeiro funcionou como a “capital” do Brasil e, pois, sede do Governo Federal (com toda a sua estrutura ministerial, administrativa e de segurança reforçada) e, por conta disso, recepcionava delegações do mundo inteiro, advindo daí uma economia pulsante e pujante.
Embora à época o marketing não tivesse ainda uma atuação tão determinante como nos dias atuais, a verdade é que a inexcedível “beleza natural” da cidade se impôs por si só, e os “alienígenas” que lá aportaram exerceram papel decisivo na sua propagação mundo afora, quando da volta às origens. Assim, o Rio de Janeiro tornou-se uma cidade segura, cosmopolita e rebatizada de “cidade maravilhosa”.
Mas, como todo processo desenvolvimentista tem seus ônus e bônus, no Rio de Janeiro não foi diferente; assim, descobriu-se que à beleza natural da cidade poder-se-ia acrescer um handicap poderosíssimo, que decerto atrairia mais e mais gente: surgiu então um tal “carnaval”, festa profana, de produção cinematográfica, com suas estonteantes mulheres seminuas capazes de atrair e deixar a “gringalhada” endinheirada de queixo caído e no mais alto e perene estado orgástico.
Tanto é, que passou a figurar e tornou-se opção obrigatória nos “cardápios” das agências de turismo do mundo inteiro (era algo imperdível, garantiam). E assim, ano após ano, eles, os “gringos”, nos propiciaram suculentas divisas (bônus).
Em contrapartida (ônus), tal enxame de turistas estrangeiros, cheios do vil metal (que lhes permitia extravagâncias sem fim), potencializou o “complexo de inferioridade” e propiciou um profundo sentimento de revolta dos eternos “excluídos da festa”, oriundos não só da sua paupérrima periferia, mas, também, de outros estados brasileiros; iniciava-se ali a gestação do “ovo da serpente”, que mais tarde se materializaria em todo o seu apavorante esplendor: as “milícias”.
Um pouco antes, em termos nacionais, cumprindo promessa de campanha de que se vencedor do pleito presidencial relocalizaria a capital do Brasil para o centro do seu território continental, Juscelino Kubitschek (eleito) do nada erigiu no planalto central do Brasil uma nova, planejada e moderna cidade, Brasília, que tornou-se então a capital do Brasil.
Daí, toda a estrutura governamental (e seus milhares de funcionários) tiveram que pra lá se mandar, a fim de assegurar ao menos o emprego. O Rio de Janeiro dançou solenemente, principalmente no tocante ao quesito segurança, e aí literalmente os “milicianos” tomaram de conta do pedaço, decretando o começo da decadência da “cidade maravilhosa”.
Frustrados e talvez por vingança (perderam o status de capital do Brasil e a segurança reforçada da qual desfrutavam), os moradores da cidade decidiram (equivocadamente) que não mais se preocupariam quando das eleições do executivo e legislativo; e, assim, passaram a eleger figuras menores e medíocres, tais quais Negrão de Lima, Moreira Franco, Eduardo Cunha, Eduardo Paes, Sérgio Cabral, o índio Juruna, Pezão, Agnaldo Timóteo e, mais recentemente, os Bolsonaros.
Expulso do Exército por insubordinação e terrorismo, o paulista Jair Bolsonaro viu na atividade política a oportunidade para “se fazer” na vida, e assim, apoiado por periféricos, elegeu-se Vereador pelo Rio de Janeiro; antes de concluir o mandato elegeu-se Deputado Federal, repetindo a dose em oito oportunidades (durante esse tempo, pulou de galho em galho, demonstrando nenhuma fidelidade partidária, transitando por 08 agremiações, a saber: PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL). Alguém aí lembrou do Ciro Gomes ???).
Nesse ínterim, conseguiu com que três dos filhos fossem eleitos e ingressassem para o legislativo (municipal, estadual e federal) aos quais repassou “nobres ensinamentos” da atividade política (dentre os quais as famosas “rachadinhas”, hoje por eles exercitadas com vigor).
Conclusão: coincidentemente ou não, a decadência do Rio de Janeiro parece ter servido de “rampa de lançamento” para a ascensão do clã Bolsonaro, ao ponto do mentecapto patriarca ser eleito (equivocadamente) para a Presidência do Brasil; como resultado, temos hoje um país destroçado, verdadeiro pária internacional, em razão do seu flagrante despreparo.