por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 7 de abril de 2012

A religião e a cultura do sofrer - José do Vale Pinheiro Feitosa

De tudo se reduzir ao sacrifício. À mutilação do mais sacro da vida que é o corpo. De ampliar-se os eventos do calvário a ponto de esconder a grande mensagem do Cristo: paz, amor, irmandade. De tanto prometer o sofrimento na terra como forma de conformismo aos privilégios dos que pouco sofrem, por vezes o tédio da abundância, a vida se torna um acidente da própria cena do sofrimento vulgarizado.

Neste fim de semana um ator de uma encenação da Paixão de Cristo em São Paulo, está em coma ou já morreu num unidade de tratamento intensivo. O Ator se enforcou acidentalmente numa cena que representava a expiação da traição de Judas.

Em tudo por tudo: a malhação do Judas é mais humana, até por que podemos malhar atos e personagens que representam a traição do povo.

Antes que o dia termine...




Desejamos um Feliz Aniversário a Virgínia Moura- Grande Amiga!

Abraços!


FRANCISCO CARLOS - EL -Norma Hauer




Foi a 5 de abril de 1928, que nasceu, aqui no Rio de Janeiro “El Broto”: Francisco Rodrigues Filho, conhecido como FRANCISCO CARLOS, cantor, galã e pintor.

No princípio destacou-se na Rádio Mayrink Veiga, no então famoso `Programa Casé .

Ficou conhecido em todo o Brasil, quando gravou “Meu Brotinho” (de Humberto Teixeira) passando a ser chamado de “El Broto”. Tinha apenas 22 anos.



“Meu brotinho, por favor, não cresça,

Por favor não cresça, já é grande o cipoal.

Veja só que galharia seca,

“Ta “ pegando fogo nesse carnaval”





No ano seguinte, já estreou no cinema, com o filme “Carnaval Atlântida”, de José Carlos Burle, trabalhando em seguida nas películas “Colégio de Brotos (56); “Garotas e Samba” (57) e “Esse Milhão é Meu” (58), todos sob a direção de Carlos Manga.

Fez grande sucesso com uma bonita valsa de Lamartine Babo e Alcyr Pires Vermelho “Alma dos Violinos”.

Em 1958 foi eleito “Rei do Rádio” e em 1962, fez parte de uma das caravanas que se apresentou na Europa, cumprindo a Lei Humberto Teixeira.

Em 1970 abandonou a carreira de cantor, dedicando-se somente à pintura.

Francisco Carlos faleceu em 19 de março de 2003, sem completar 75 anos, em seu “inferno zodiacal”.
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[Norma Hauer]
Norma Hauer - 6 de abr
CÍCERO NUNES

MAIS UM CENTENÁRIO

Em 6 de abril de 1912 nasceu, aqui no Rio de Janeiro, o compositor e violonista ´CÍCERO NUNES.

A partir dos 14 anos exerceu algumas profissões modestas, até que de 1931 a 1935, ocupou o posto de motorista de hospital, onde, através de um companheiro de trabalho que dedilhava o violão, teve despertado seu interesse pela música, passando a executar o instrumento, e a compor canções.

Em 1935, já com alguma produção musical, mostrou músicas ao compositor Buci Moreira, que, gostando de sua obra, o incentivou a continuar produzindo. Em parceria com Buci, fez o samba "Boa impressão", que foi interpretado pela cantora Dalila de Almeida, no programa da Rádio Philips "Samba e outras coisas", de Henrique e Marília Batista..

Por essa época, passou a viver da música, acompanhando cantores ao violão, o que faria por cerca de 12 anos.

Em 1936, escreveu de parceria com Portelo Juno "Oh seu José", gravada por Castro Barbosa. No ano seguinte, também em parceria com Juno, lançou "Me dá, me dá", gravado por Carmen Miranda, com a qual obteve grande êxito.

Passou, então, a compor principalmente choros humorísticos. Em 1938, Dircinha Batista e Barbosa Júnior gravaram seu choro "Ele não dorme sem apanhar" e Patrício Teixeira, o samba "Ao voltar da batucada", parceria com Max Bulhões.
A partir de 1944, começou a compor samba-canção, gênero que lhe trouxe grandes êxitos, dois quais destaca-se "Apogeu" com Herivelto Martins, gravada por Francisco Alves.

Em 1945, fez sucesso com o samba "Aquela mulher", gravado por Nélson Gonçalves e em 1946, com o samba "Mensagem", em parceria com Aldo Cabral .Gravado por Isaurinha Garcia, fez a cantora paulista ficar conhecida em todo o Brasil.

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[Norma Hauer]
Norma Hauer - 6 de abr
CÍCERTO NUNES -2-

MENSAGEM

“Quando o carteiro chegou

E meu nome chamou

Com uma carta na mão.

Ante tcerteza tão rude

Não sei como pude

Chegar ao portão..

Lendo o envelope bonito,
O seu sobrescrito eu reconheci

A mesma caligrafia que me disse um dia
"Estou farto de ti"


Porém não tive coragem de abrir a mensagem
Porque, na incerteza, eu meditava
Dizia: "será de alegria, será de tristeza?"
Quanta verdade tristonha
Ou mentira risonha uma carta nos traz
E assim pensando, rasguei sua carta e queimei
Para não sofrer mais

Em 1947, ingressou na União Brasileira de Compositores, ocupando o cargo de Vice-Secretário, sendo o responsável pela administração da revista "Música e letra", e pela cobrança de direitos autorais de revistas especializadas em publicação de letras.

Mas não abandonou a composição fazendo-o em diferentes gêneros, como os baiões "Um cabra não chora" e "Manjericão", ambos em parceria com Humberto Teixeira.

Continuou compondo até 1961, gravando com Isaurinha Garcia, Jamelão e Moreira da Silva.

Como tantos outros compositores de sua época, abandonou a carreira com a entrada da Bossa Nova, em nosso meio musical.

Cícero Nunes faleceu em 3 de dezembro de 1993, aos 81 anos.


Norma