por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 11 de junho de 2014

Uma Ingratidão? - Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Nesta quarta-feira, dia 11 de junho, Dom Vicente de Araújo Matos estaria aniversariando se  vivo fosse , também completando anos de sua sagração como Bispo da Diocese do Crato.

Dom Vicente foi um grande benfeitor da cidade do Crato, tendo carreado para nossa terra uma grande relação de benefícios. Graças a ele fomos pioneiros do ensino superior no interior do Estado do Ceará, com a implantação da Faculdade de Filosofia do Crato, que possibilitou anos mais tarde a viabilização da Universidade Regional do Cariri - URCA, com sede na nossa cidade. São ainda iniciativas de Dom Vicente a Rádio Educadora do Cariri, a expansão do Hospital São Francisco, o desenvolvimento estrutural da Fundação Padre Ibiapina, a construção do Centro de Expansão da Diocese, único centro do gênero nas dioceses do Estado e quiçá do Nordeste, a Vila Jubilar no bairro Pimenta, além de tantas outras realizações, impossíveis de resumi-las em poucas palavras.

Infelizmente o Crato, através de sua representação política tem demonstrado uma incompreensível falta de reconhecimento à ação desenvolvida por Dom Vicente, não somente no Crato, mas em toda a área da Diocese. Precisamos urgentemente corrigir essa ingratidão!  Por que não dar o nome de Dom Vicente Matos a uma rua do Crato? É uma proposta para qual nossos vereadores continuam insensíveis.

Gostaria de lembrar o argumento de uma senhora cratense que apelou aos vereadores para mudar o nome da rua em que ela reside de Machado de Assis para o nome do seu falecido sogro. Em seus argumentos aos vereadores ela assegurou que aquele escritor jamais tomou conhecimento da existência do Crato, e que portanto nenhum beneficio fizera para receber tal homenagem.

Com o mesmo raciocínio daquela senhora apelo aos nossos vereadores refletiram o que representou para o Crato João Pessoa, Santos Dumont, Senador Pompeu e tantos outros vultos que não sabemos quais os benefícios trazidos por eles à cidade? Por que não encontrar uma ampla avenida para denominá-la de Dom Vicente Matos. Ele merece a principal rua do Crato! Faz-se necessário uma urgente urbanização do bairro onde se situa a imagem de nossa senhora de Fátima recentemente inaugurada. E poderia ser construída uma ampla avenida de acesso com o nome de Dom Vicente Matos. Pensem nisso para corrigir uma grande ingratidão!
 
Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Passaporte pra "bagunçar" e, até... "matar" - José Nilton Mariano Saraiva

Os que têm um mínimo de consciência e discernimento de que a “cabeça humana” não é apenas e tão somente um órgão para separar as duas orelhas, sabem (ou deveriam sabê-lo) porque os viram atuar com desassombro ao vivo e a cores, na telinha, que os tais “black-blocs” são bandidos de alta periculosidade, vermes capazes de contaminar legiões de desavisados, elementos sectários e radicais, mas essencialmente covardes na acepção plena do termo, porquanto providencialmente usuários de um adorno que impossibilita serem reconhecidos: a máscara (se fossem bravos, corajosos, destemidos e responsáveis pelos seus atos, como se julgam, não se esconderiam atrás de).

Assim, protegidos por tão infame instrumento, exacerbam em suas manifestações e, tal qual uma epidemia incontrolável, um rolo compressor humano ensandecido, se danam a quebrar, depredar, agredir, desrespeitar e, até... matar (lembram do repórter cinematográfico, Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes, covardemente morto por um rojão disparado por um desses marginais ???).

Só que, na hora do “pega pra capar”, da repressão à altura (incrivelmente condenada por alguns), sempre encontram uma maneira de evadir-se, de se mandar, deixando para trás um rastro de estrago e destruição, facilmente detectável.

Pois, agora, surgiu uma novidade, a respeito, só que um tanto quanto inverossímil: é que o Ministério Público do Ceará, ignorando tão mafioso modus operandi sancionou, publicizou na mídia em geral e instruiu a polícia militar, a permitir que esses marginais usem e abusem do uso das tais máscaras, nas citadas manifestações, sem que haja necessidade de importuná-los. A ordem é: só agir e eventualmente reagir se notar que os “coitadinhos” demonstram alguma atitude hostil (ou seja, eles seriam antecipadamente consultados do porquê de estarem usando a máscara, bem como se pretendem fazer algum tipo de baderna).

A justificativa, hilária se não fosse potencialmente trágica, é de que, como no nosso “carnaval” os brincantes podem usar a máscara livremente, sem serem importunados, por qual razão nessas manifestações seus integrantes não o podem fazê-lo, igualmente ??? Como se vê, numa aberração sem tamanho e estapafúrdia, em todos os sentidos, os ilustres e letrados componentes do Ministério Público do Ceará igualam uma festa tradicional, um momento do mais puro lazer e diversão de famílias inteiras (como o é o nosso carnaval), com um aglomerado hostil e disposto a tudo que não seja legal (black-blocs).

A conclusão, minimamente racional, só pode ser uma: a bandidagem acaba de receber, das ditas autoridades constituídas, um autentico “passaporte para bagunçar e, até... matar”.  Impunemente (sem ser molestada).

Preparemo-nos, mas torcendo para que tal não aconteça.

"Culpa" em cartório ??? - José Nilton Mariano Saraiva

Hoje, quando no Brasil se almoça, se janta, se dorme, se sonha e se respira futebol todo dia e o dia todo, uma briga periférica, mas braba, na arena política, chama a atenção dos mais atentos.

É que, em resposta ao senhor Ciro Gomes, que o acusara de ser "chefe de uma milícia ligada ao narcotráfico”, o Capitão Wágner, da Polícia Militar do Ceará, hoje exercendo o mandato de vereador de Fortaleza, não titubeou e, partindo para o contra-ataque (mas sem citar nomes, num primeiro momento) soltou a seguinte pérola: “nós temos relatos na crônica policial de vários políticos envolvidos em orgias regadas a cocaína, bebidas, prostitutas e meu nome não aparece em nenhum desses relatos”.

Foi o bastante e suficiente para o chefe do clã Ferreira Gomes, mesmo sem ter sido nominado, se mostrar visivelmente incomodado, a ponto de replicar: “nunca usei drogas na vida, a não ser álcool moderadamente e nos fins de semana”. 

Na tréplica, o "capitão-vereador" foi contundente e, agora citando-o nominalmente, afirmar que, caso o Ceará não tivesse uma Assembléia Legislativa tão submissa, o senhor Ciro Gomes estaria trancafiado em um presídio. Os dois prometem acionar a justiça e levar o caso aos tribunais.

Agora, aqui pra nós, meros mortais comuns, uma pergunta inocente insiste em aflorar: se o senhor Ciro Gomes “se queimou” com tanta facilidade ante o caustico (embora genérico, já que sem citar nomes) comentário do vereador em relação ao uso de drogas por políticos, terá alguma culpa em cartório ???