por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Hey - Julio Iglesias



45 metros - José Nilton Mariano Saraiva








Porque ficamos impressionados com o "gigantismo", fizemos questão de registrar algumas imagens das "pás gigantes" de usinas eólicas (45 metros cada, correspondente a um edifício de 15 andares) objeto da nossa postagem "Ver... pra crer", de alguns dias atrás. As carretas estavam estacionadas por tràs do Hospital da Unimed, começo da BR 116, aqui em Fortaleza. Agora, imaginem o diâmetro e a altura da "base" (do catavento) que receberá três dessas gigantes e o "como" se faz pra fincar tudo isso lá em cima das dunas.






Quando o Tempo É Curto - Aloísio

Quando o Tempo É Curto

Meu caminhar é ligeiro
Tenho que chegar
Onde quero ir

Não há nenhuma parada
Nessa caminhada
Tudo é muito rápido

Com sinal aberto, sigo em frente
Não escuto o cantar dos pássaros
Não vejo as pessoas passarem

Não há tempo para recordações
Atropelo os pensamentos
É tudo real

Assim a vida passa
“Tanta coisa que eu tinha a dizer” (1)
“Num samba curto” (1)

As dúvidas não se dissipam
A vida segue o rumo
Quando o tempo é curto.

Aloísio


(1) Sinal Fechado / Num Samba Curto - Músicas do genial Paulinho da Viola

Aldir Blanc


Aldir Blanc Mendes (Rio de Janeiro, 2 de setembro de 1946) é um compositor e escritor brasileiro.

Notabilizou-se como letrista a partir de suas parcerias com João Bosco, criando músicas como Bala com Bala (sucesso na voz de Elis Regina), O Mestre-Sala dos Mares, De Frente Pro Crime e Caça à Raposa.

Um Parque ecológico que não saiu do papel


Por: Ed.Alencar

Seguindo uma trajetória de promessas não cumpridas pelo Governo do Estado do Ceará, o destino da Reserva Ecológica do Sitio Fundão, inserido hoje no projeto GEO-PARK ARARIPE, como um GEO-SÍTIO BATATEIRAS, que nunca se tornou um PARQUE de VERDADE. Vem morrendo em CONSONÂNCIA com a durabilidade dos instrumentos de publicidade do governo, obedecendo a ordem de: PRINCÍPIO MEIO E FIM.


PRINCÍPIO - Em 2008 o Governador Cid Gomes criou o PARQUE ESTADUAL ECOLÓGICO DO SITIO FUNDÃO. Em 2009 na presença de autoridades, professores, estudantes e sociedade, o Governador assinou na URCA em 1 º de junho do referido ano, a ordem de serviço e a liberação de mais de 1 milhão de reais, para a construção da sede do PARQUE no prazo de 180 dias, que criava assim, sede da SEMACE CARIRI, sede da POLÍCIA AMBIENTAL e outros, que não saíram do papel.



MEIO - Em 2010, a reserva passava por um estado de abandono sobre a responsabilidade da SEMACE CARIRI, onde teve inicio as destruições. Os vândalos saquearam e destruíram a Casa de TAIPA de primeiro andar, uma das edificações históricas dentro da reserva, assim como roubo de madeira, além de barramentos dentro do rio barateiras para a pesca predatória, incluindo incêndios na mata e outro delitos.
A reserva contava apenas, com a visitação do Policiamento ao local, onde foi favorável as invasões e destruições, que motivaram a interferência da justiça da Comarca do Crato, pelo Promotor do Meio Ambiente Dr. Pedro Luiz Camelo, que cobrou por diversas vezes do Governo do Estado, as responsabilidades não assumidas para com o PARQUE. Em novembro de 2010 foi realizada na Cidade do Crato, uma AUDIÊNCIA PUBLICA com as presenças de autoridades do governo e representantes dos órgãos da SEMACE, Secretaria de Cultura e outros. Deste encontro, o governo se comprometeu a realizar a reforma da Casa de Taipa, a construção de uma guarita na entrada principal (fechada)e a contratação de seguranças que conta hoje, com um Vigilante de plantão 24 horas, para resguardar somente a casa restaurada.





FIM - Em 2011, com a reeleição do Governador Cid Gomes, e a formação do seu novo secretariado, em março deste, uma grande festa aconteceu dentro da reserva para a inauguração de uma placa do governo, pela restauração da Casa de TAIPA que teve a presença do novo presidente do CONPAM (Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente ) Paulo
Henrique Lustosa, e diante de-



autoridades e o público convidado, prometeu torna realidade o Parque do Sitio Fundão, onde nascia ali, a esperança da revitalização da reserva. A festa acabou, o tempo passou e só promessa ficou. São 97 hectares de mata nativa e de riquezas naturais e uma grande diversidade de madeiras nobres como: Amarelo, Pau-d’arco, Cedro e outros.


Possui também três edificações históricas: Uma Barragem de Pedra feita pelos Escravos em 1877 as margens do rio batateiras, uma Casa de Taipa de primeiro andar restaurada e fechada para o público sem nada expor e um engenho de Pau Tração Animal e Secular, que ficou fora da restauração e hoje esta história MORRE aos poucos, por falta de atitude e pelo descaso do governo do estado, lembrando ser a única relíquia do Crato.

Mais um agravante: O projeto que incluía varias construções da sede do Parque apresentada pelo governador Cid Gomes em 2009 na URCA, foi cancelado, conforme anúncio de representantes do CONPAM. É bom lembrar que o governo ate hoje por iniciativa própria, apenas construiu uma cerca de arame na principal entrada da reserva, cerca esta, que vem sendo roubado arame e estacas. Vale salientar também que as demais fronteiras estão abertas. O vandalismo continua , o roubo de madeira também, assim como gado solto pastando


dentro do Parque e para completar estes lamentos, o governo retirou da reserva, a presença do GERENTE, que o administrava, peça importante criada pela SEMACE de Fortaleza ainda em 2010, onde estava presente no dia-a-dia do PARQUE, como exemplo, o desempenho e a dedicação do Professor Universitário e Ambientalista Mardineuson Sena ,substituído posteriormente pelo Sr. Raimundo funcionário da SEMACE-FORTALEZA. Infelizmente a ausência desta função que era exercida na reserva esta fazendo falta, e LAMENTAVELMENTE o PARQUE volta hoje A ESTACA ZERO, outra vez nas mãos da SEMACE CARIRI responsável que foi pela DESTRUIÇÃO E ABANDONO. É revoltante saber que as autoridades superiores do Estado, não estão tão longe assim, para fazerem vista grossa a INCOMPETÊNCIA registrada no passado pela SEMACE CARIRI, nas questões do Parque Ecológico do Sitio Fundão.
Ressalto aqui, o excelente trabalho e atuação dos agentes do IBDVAMA
(Instituto Brasileiro do Direito e Vida dos Animais e Meio ambiente) que fazem um trabalho voluntário (quando podem), de fiscalização dentro da área.
Já se passaram três anos e a reserva continua fechada para a visitação pública. o cidadão de bem ,é vetado em suas caminhadas e visitações, enquanto os marginais circulam livres com bebedeiras e drogas. O descaso se completa, com o fim das visitas da POLÍCIA AMBIENTAL. As ações negativas para com a reserva, esta representada fielmente pela placa de publicidade do governo, que OSTENTAVAM às PROMESSAS não cumpridas até hoje.
O governo parece nos mostrar, a VOCAÇÂO para a construção do presente, em SELVA DE PEDRA, lembrando ainda, que durante esses três anos de Idas e Vindas do governador Cid Gomes a cidade do Crato, não consta nem um registro de sua visita ao Parque por ele criado.
A família do ecologista JEFERSON DA FRANCA ALENCAR, fundador da reserva, teme pelo seu futuro pelo que viu nestes três anos. Que o seu suor, sangue e lágrima, não tenham sido em vão

A HISTÓRIA SE ESCREVE ASSIM: GOVERNOS PASSAM... E A NATUREZA FICA! PROTEGIDA OU DESTRUIDA. E lá se foram mais de três anos

Eita Crato sofrido... Quantas perdas! Até Padre Cícero teve aqui sua casa destruída, uma história que se foi. Só não destruíram sua cidade.

Meu protesto pelo abandono ao velho engenho


Cada um que lhe visita
Sofre com sua aparência
Tem no seu gemido, súplica
Que implora e pede Clemência
Aquele tempo de glória
Ficou pra trás na história
Só restou triste aparência


Eu sofro por ti também
Velho engenho gemedor
Se eu pudesse te instalava
Em OURO PRETO OU SALVADOR
Pois longe do Ceará
Protegido ia ficar
Teria o justo valor

Ed.Alencar
(Ambientalista, radialista e um ex-herdeiro da reserva)




Baião Da Penha
Composição: David Nasser/Guio de Moraes

.
Demonstrando a minha fé
Vou subir a Penha a pé
Pra fazer minha oração
Vou pedir à padroeira
Numa prece verdadeira
Que proteja o meu baião

Penha! Penha!
Eu vim aqui me ajoelhar
Venha, venha,
Trazer paz para o meu lar.

Nossa Senhora da Penha
Minha voz talvez não tenha
O poder de te exaltar
Mas de bênção padroeira
Pressa gente brasileira
Que quer paz pra trabalhar

Penha, Penha
Eu vim aqui me ajoelhar
Venha, Venha
Trazer paz para o meu lar



Nossa Senhora da Penha de França



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nossa Senhora da Penha de França ou Nossa Senhora da Penha é um dos nomes que recebe Maria, mãe de Jesus, que acreditam os católicos, apareceu à Simão Vela no norte da Espanha, numa serra chamada Penha de França. Lá, sua festa é comemorada no dia 8 de abril, em São Paulo ocorre a cada 8 de setembro, e em Resende Costa, onde é padroeira , comemora-se no dia 1° de setembro.

Existia no norte da Espanha uma serra muito alta e íngreme chamada Penha de França, na província de Salamanca, na qual o Rei Carlos Magno teria lutado contra os mouros.

Por volta de 1434, segundo algumas fontes históricas no dia 19 de maio, certo monge francês sonhou com uma imagem de Nossa Senhora que estava enterrada no topo de escarpada montanha,em razão de uma guerra entre franceses e muçulmanos, na qual os católicos escondiam suas imagens para não serem destruídas, cercada de luz e acenando para que ele fosse procurá-la. Simão Vela, assim se chamava o monge, durante cinco anos andou procurando a mencionada serra, até que um dia teve indicação de sua localização e para lá se dirigiu. Após três dias de intensa caminhada, pela razão de segundo ele próprio, em seus êxtases ouvir sempre a advertência divina: "Simão, vela e não durma!" (pelo que passou a adotar o sobrenome de Vela, como ficou conhecido), escalando penhas íngremes, o monge parou para descansar, quando viu sentada perto dele uma formosa senhora com o filho ao colo que lhe indicou o lugar onde encontraria o que procurava. Auxiliado por alguns pastores da região, conseguiu achar a imagem que avistara em sonho.

Construiu Simão Vela uma tosca ermida nesse local, que logo se tornou célebre pelo grande número de milagres alcançados por intermédio da Senhora da Penha, e mais tarde ali foi construído um dos mais ricos e grandiosos santuários da cristantade.
[editar] Iconografia da imagem

A imagem comum do título é a do viajante a cavalo, atacado por uma cobra e salvo por um jacaré (versão brasileira do lagarto). No alto vê-se Nossa Senhora da Penha com o Menino Jesus no braço esquerdo e a mão direita estendida segurando às vezes um cetro. Esta representação da Virgem Maria é geralmente em pinturas, pois as esculturas mostram somente Maria com o Menino ao colo.
[editar] Milagres

Um tempo após a famosa batalha de Alcácer-Quibir, uma peste assolou Portugal e como a Espanha se livrara do flagelo graças à intervenção de Nossa Senhora da Penha de França, o Senado da Câmara de Lisboa prometeu à Mãe de Deus construir um grandioso templo, se ela livrasse a cidade da moléstia. Extingui-se a epidemia quase subitamente, a Câmara mandou edificar magnífico santuário naquele local.

Este templo passou a atrair milhares de peregrinos e em certa ocasião um devoto, tendo subido ao alto da penedia vencido pelo cansaço adormeceu. Uma grande cobra aproximou-se para picá-lo quando um enorme lagarto saltou sobre ele despertando-o a tempo de matar a serpente com o seu bastão. Essa é a razão pela qual a imagem de Nossa Senhora da Penha tem aos pés um peregrino, a cobra e o lagarto.
[editar] Começo da veneração da Santa no Brasil

No Brasil, a devoção veio trazida pelos colonizadores portugueses. A primeira ermida em sua honra foi erguida em Vila Velha, na antiga Capitania do Espírito Santo, entre 1558 e 1570 pelo Frei Pedro Palácios, um espanhol fervoroso devoto da santa. Depois foi erguida a da Penha do Irajá (1635).

Na cidade de São Paulo, em 1667, foi erguida uma pequena capela em devoção a Nossa Senhora da Penha de França e, em seu entorno, desenvolveu-se um dos bairros mais antigos, populosos e tradicionais da capital paulistana: a Penha de França, que, atualmente, abriga a antiga igreja matriz (na região conhecida por "igreja velha") e a basílica (conhecida por "igreja nova"), cuja pedra fundamental foi lançada em 1957. Ambos os templos são dedicados a Nossa Senhora da Penha de França e sua data festiva é celebrada a cada dia 8 de setembro.

Devoção a Nossa Senhora da Penha em Resende Costa/MG: Segundo moradores e fiéis, por volta de 1830, talvez alguns anos a mais ou a menos, o então padre residente em Resende Costa, na época Curato, Pe. Antônio de Pádua, após cumprir suas obrigações religiosas, se dirigia para o casarão da chácara Dr. Gervásio e se colocava a esculpir a imagem da então padroeira de Resende Costa, Nossa Senhora da Penha de França. Logo no início do trabalho, o padre escultor plantou algumas palmeiras na estrada da chácara, de um lado e outro. No final do trabalho, tendo a imagem esculpida, a comunidade se colocou em procissão, no dia 1° de setembro (motivo pelo qual Resende Costa dedica esse dia a Nossa Senhora da Penha de França e não o dia 8 de abril, como é próprio da liturgia católica), com a imagem nos ombros, em direção à Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha de França, onde passou ocupar o local mais alto do altar-mor, que ocupa até os dias atuais.

A "arte da prudência" - José Nilton Mariano Saraiva

Os que, sabiamente, optam pelo uso de um mínimo de bom senso (ancorados na responsabilidade, evidentemente), percebem que é humanamente impossível o processamento de mudanças radicais numa cultura secularmente estratificada, ao simples toque de uma varinha (mágica) de condão, especialmente quando se está a lidar com a “coisa pública”; já aqueles passados “na casca do alho”, sabem que é ilusório se pensar que práticas e conceitos de há muito vigentes e arraigados possam vir a ser eliminados, de cima pra baixo e de um dia pra outro, através da decretação de alguma providência de caráter extraordinário (via edição de medidas provisórias, por exemplo); enfim, mudanças estruturais, que mexem com milhões de pessoas e até com o destino de uma nação, precisam e exigem, além da coragem para tomá-las, responsabilidade profunda e um determinado tempo de reflexão e maturação (nada de intempestividade, sob pena de uma colheita catastrófica).
Com a reflexão acima, queremos fazer referência, em passant, ao regime político vigente no Brasil – o presidencialismo - já que, em razão da necessidade de constituição de uma necessária base de apoio sólida e ampla (mesmo que heterogênea) a fim de viabilizar a tal “governabilidade” o ocupante da função há de ter “estômago de avestruz”, especializar-se na arte de engolir lagartos, sapos, cobras e outros similares, a fim de aprovar projetos de interesse do país, sem que com isso tenha de abdicar ou deixar de punir os que não se enquadrem nos padrões estabelecidos na seara da moralidade administrativa (e é triste constatar que essa é uma das características do nosso regime: o poder Executivo, de certa forma, tende a tornar-se refém do Legislativo, onde impera o “jeitinho”, o beneficiar-se primeiro, o corporativismo exacerbado).
Irresponsavelmente, no entanto, de certo tempo até esta quadra, por pirraça ou mesmo por querer ver o circo pegar fogo, alguns oposicionistas que têm no radicalismo, na intolerância e no sectarismo sua bandeira primeira, questionam o fato de a presidenta Dilma Rousseff usar do comedimento, da prudência e de uma “paciência chinesa” pra definir-se em relação às sérias acusações assacadas contra alguns dos seus principais auxiliares, suspeitos de malfeitos (e aí, chegam ao absurdo da insensatez, ao acusá-la de ser leniente com a corrupção),
Por essa razão, é bom que todos tomem conhecimento que nos últimos oito anos (a partir do primeiro governo Lula da Silva), nada menos que 2.840 (dois mil oitocentos e quarenta) funcionários federais foram postos no olho da rua, 281 foram destituídos dos cargos em comissão e 204 tiveram aposentadorias cassadas, em virtude, principalmente, do recebimento de propinas e de crimes de improbidade administrativa; especificamente no governo Dilma Rousseff, só nos primeiros sete meses da sua gestão, além dos graduados (e tidos como intocáveis) quatro ministros que receberam o “bilhete azul”, nada menos que 328 funcionários foram demitidos, sem choro nem vela, em razão de se conduzirem de maneira inapropriada na condução da “coisa pública” (dados divulgados pela Controladoria Geral da União-CGU, posição em julho/11).
Reconheçamos que ainda é muito pouco, porque corrupto e desonesto é o que não falta nesse mundo, mas a “arte da prudência” e o bom senso adotado pela nossa presidenta parece-nos o mais recomendável.
No mais, apesar da presidenta Dilma Rousseff ter decepcionado determinados segmentos da sociedade (em razão da prudência adotada, de par com a firmeza das suas decisões), em compensação acaba de ser escolhida por um qualificado e respeitável júri internacional como a terceira mulher mais influente do mundo (atrás da dura chanceler alemã Ângela Merkel e da poderosíssima secretária de estado americana, Hillary Clinton), em razão do comando sereno, firme e profícuo que imprimiu à frente de uma potência complexa como o é o nosso Brasil.
E isso se acha refletido no apoio e aprovação demonstrados pela imensa maioria da população brasileira, conforme demonstram os últimos números tabulados.

As chances do amanhã - Emerson Monteiro


Em sua recente visita a Juazeiro do Norte, em 27 de agosto de 2011, o professor Leonardo Boff afirmou que o Brasil tem tudo para ser a grande nação da Humanidade, caso haja tempo para isso na história.

No entanto, métodos recentes de transferência do poder exigirão a participação popular melhor esclarecida no processo de escolher os líderes, assim reconhecidos pelas urnas. Antes, porém, porque heranças de sangue determinavam fixações da linhagem sucessória, sem amplas possibilidades a todos nada permitia. Vem daí a virtude do voto participar com gosto e sabedoria no preenchimento dos cargos e posições públicas.

Visto dessa maneira, o sagrado nas escolhas generaliza o poder do cidadão, pobre ou rico, para crescer nas próprias pernas, através seleções democráticas. Regime quase perfeito (?!). Pessoas ainda imperfeitas (!).

Enquanto parece não prever qualquer falha, os atores do drama político seguem nas vacilações de seculares defeitos, quase sempre de origem moral, sem virtudes. Poucos se permitem ao luxo da integridade de uma cena limpa, de valores identificados com a Ética, nas trilhas formais dos sonhos sociais.

E os políticos se deixam levar pelas ilusões das carências grosseiras, da acumulação de força, invés de servirem ao povo e, em consequência, à grande sociedade humana. Avançam sobre o bolo público quais feras famintas, vorazes rapinantes, esquecidos que são parte de um todo e ocupam postos vitais forçando a escolha de que muito precisam na qualidade, para apenas fazerem o favor deles próprios, ou dos seus financiadores, aos olhos crédulos de eleitores inconscientes.

Nos Estados Unidos, gloriado exemplo do sistema quase perfeito (?) do capitalismo, análises não se cansam de falar nas forças poderosas que dominam as instituições, como heranças em crise, cujos remendos principiam a fazer água, maquiados pelas tintas da imprensa monumental, campeões internacionais.

O capitalismo assumiu papel de estrada principal dos modelos econômicos, levando-os a considerar altar exclusivo da civilização. As decisões mais sérias dos americanos ainda valem de consenso aos povos mais distantes.

E passamos ao melancólico estágio de massa falida que vota por dever e se engana por resultados, vítima da falta de opção, de métodos e aplicações corretas das leis do Estado moderno. - O quê e como fazer?

Aqueles que aprenderam nos bancos da experiência usam a política como instrumento particular; transformam-na em banda pensa da roleta da ingenuidade, em prejuízo da enorme periferia faminta. O padecimento dessa falta de juízo devora as carnes dos que se entregam a preço de banana, atenuando (quem sabe?) as culpas dos líderes de ocasião, vivos no meio dos escombros fumegantes dessa irresponsabilidade coletiva.