por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Um Parque ecológico que não saiu do papel


Por: Ed.Alencar

Seguindo uma trajetória de promessas não cumpridas pelo Governo do Estado do Ceará, o destino da Reserva Ecológica do Sitio Fundão, inserido hoje no projeto GEO-PARK ARARIPE, como um GEO-SÍTIO BATATEIRAS, que nunca se tornou um PARQUE de VERDADE. Vem morrendo em CONSONÂNCIA com a durabilidade dos instrumentos de publicidade do governo, obedecendo a ordem de: PRINCÍPIO MEIO E FIM.


PRINCÍPIO - Em 2008 o Governador Cid Gomes criou o PARQUE ESTADUAL ECOLÓGICO DO SITIO FUNDÃO. Em 2009 na presença de autoridades, professores, estudantes e sociedade, o Governador assinou na URCA em 1 º de junho do referido ano, a ordem de serviço e a liberação de mais de 1 milhão de reais, para a construção da sede do PARQUE no prazo de 180 dias, que criava assim, sede da SEMACE CARIRI, sede da POLÍCIA AMBIENTAL e outros, que não saíram do papel.



MEIO - Em 2010, a reserva passava por um estado de abandono sobre a responsabilidade da SEMACE CARIRI, onde teve inicio as destruições. Os vândalos saquearam e destruíram a Casa de TAIPA de primeiro andar, uma das edificações históricas dentro da reserva, assim como roubo de madeira, além de barramentos dentro do rio barateiras para a pesca predatória, incluindo incêndios na mata e outro delitos.
A reserva contava apenas, com a visitação do Policiamento ao local, onde foi favorável as invasões e destruições, que motivaram a interferência da justiça da Comarca do Crato, pelo Promotor do Meio Ambiente Dr. Pedro Luiz Camelo, que cobrou por diversas vezes do Governo do Estado, as responsabilidades não assumidas para com o PARQUE. Em novembro de 2010 foi realizada na Cidade do Crato, uma AUDIÊNCIA PUBLICA com as presenças de autoridades do governo e representantes dos órgãos da SEMACE, Secretaria de Cultura e outros. Deste encontro, o governo se comprometeu a realizar a reforma da Casa de Taipa, a construção de uma guarita na entrada principal (fechada)e a contratação de seguranças que conta hoje, com um Vigilante de plantão 24 horas, para resguardar somente a casa restaurada.





FIM - Em 2011, com a reeleição do Governador Cid Gomes, e a formação do seu novo secretariado, em março deste, uma grande festa aconteceu dentro da reserva para a inauguração de uma placa do governo, pela restauração da Casa de TAIPA que teve a presença do novo presidente do CONPAM (Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente ) Paulo
Henrique Lustosa, e diante de-



autoridades e o público convidado, prometeu torna realidade o Parque do Sitio Fundão, onde nascia ali, a esperança da revitalização da reserva. A festa acabou, o tempo passou e só promessa ficou. São 97 hectares de mata nativa e de riquezas naturais e uma grande diversidade de madeiras nobres como: Amarelo, Pau-d’arco, Cedro e outros.


Possui também três edificações históricas: Uma Barragem de Pedra feita pelos Escravos em 1877 as margens do rio batateiras, uma Casa de Taipa de primeiro andar restaurada e fechada para o público sem nada expor e um engenho de Pau Tração Animal e Secular, que ficou fora da restauração e hoje esta história MORRE aos poucos, por falta de atitude e pelo descaso do governo do estado, lembrando ser a única relíquia do Crato.

Mais um agravante: O projeto que incluía varias construções da sede do Parque apresentada pelo governador Cid Gomes em 2009 na URCA, foi cancelado, conforme anúncio de representantes do CONPAM. É bom lembrar que o governo ate hoje por iniciativa própria, apenas construiu uma cerca de arame na principal entrada da reserva, cerca esta, que vem sendo roubado arame e estacas. Vale salientar também que as demais fronteiras estão abertas. O vandalismo continua , o roubo de madeira também, assim como gado solto pastando


dentro do Parque e para completar estes lamentos, o governo retirou da reserva, a presença do GERENTE, que o administrava, peça importante criada pela SEMACE de Fortaleza ainda em 2010, onde estava presente no dia-a-dia do PARQUE, como exemplo, o desempenho e a dedicação do Professor Universitário e Ambientalista Mardineuson Sena ,substituído posteriormente pelo Sr. Raimundo funcionário da SEMACE-FORTALEZA. Infelizmente a ausência desta função que era exercida na reserva esta fazendo falta, e LAMENTAVELMENTE o PARQUE volta hoje A ESTACA ZERO, outra vez nas mãos da SEMACE CARIRI responsável que foi pela DESTRUIÇÃO E ABANDONO. É revoltante saber que as autoridades superiores do Estado, não estão tão longe assim, para fazerem vista grossa a INCOMPETÊNCIA registrada no passado pela SEMACE CARIRI, nas questões do Parque Ecológico do Sitio Fundão.
Ressalto aqui, o excelente trabalho e atuação dos agentes do IBDVAMA
(Instituto Brasileiro do Direito e Vida dos Animais e Meio ambiente) que fazem um trabalho voluntário (quando podem), de fiscalização dentro da área.
Já se passaram três anos e a reserva continua fechada para a visitação pública. o cidadão de bem ,é vetado em suas caminhadas e visitações, enquanto os marginais circulam livres com bebedeiras e drogas. O descaso se completa, com o fim das visitas da POLÍCIA AMBIENTAL. As ações negativas para com a reserva, esta representada fielmente pela placa de publicidade do governo, que OSTENTAVAM às PROMESSAS não cumpridas até hoje.
O governo parece nos mostrar, a VOCAÇÂO para a construção do presente, em SELVA DE PEDRA, lembrando ainda, que durante esses três anos de Idas e Vindas do governador Cid Gomes a cidade do Crato, não consta nem um registro de sua visita ao Parque por ele criado.
A família do ecologista JEFERSON DA FRANCA ALENCAR, fundador da reserva, teme pelo seu futuro pelo que viu nestes três anos. Que o seu suor, sangue e lágrima, não tenham sido em vão

A HISTÓRIA SE ESCREVE ASSIM: GOVERNOS PASSAM... E A NATUREZA FICA! PROTEGIDA OU DESTRUIDA. E lá se foram mais de três anos

Eita Crato sofrido... Quantas perdas! Até Padre Cícero teve aqui sua casa destruída, uma história que se foi. Só não destruíram sua cidade.

Meu protesto pelo abandono ao velho engenho


Cada um que lhe visita
Sofre com sua aparência
Tem no seu gemido, súplica
Que implora e pede Clemência
Aquele tempo de glória
Ficou pra trás na história
Só restou triste aparência


Eu sofro por ti também
Velho engenho gemedor
Se eu pudesse te instalava
Em OURO PRETO OU SALVADOR
Pois longe do Ceará
Protegido ia ficar
Teria o justo valor

Ed.Alencar
(Ambientalista, radialista e um ex-herdeiro da reserva)



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