por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

 

 

 

 

POEMA DE OSCAR NIEMEYER:

"Não é o ângulo reto que me atrai.
Nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem.
O que me atrai é a linha curva livre e sensual.
A curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso de seus rios,
nas ondas das mornas nuvens do céu, na curva da mulher preferida.
De curvas é feito todo o universo.
O universo curvo de Einstein."

Sobre Raposas e Toupeiras - José do Vale Pinheiro Feitosa


Quando setores da esquerda fizeram uma campanha “Fora FHC” no segundo mandato dele, havia ali uma dose de oportunismo e uma bandeira antidemocrática a qual setores da direita usam com relação ao atual governo e a Lula. A diferença é que corporações que antes criticavam o equívoco daquela campanha contra FHC, hoje sustentam e dão vida à má fé do outro lado. Falo especialmente da Revista Veja e do Sistema Globo de Comunicação.

A internet é o universo da diversidade, do debate e, também, das grandes farsas e manipulações. Com a riqueza que tem é vasta indo desde o humorismo até textos filosóficos e de profundidade intelectual. Quando, por exemplo, o Blog Kibeloco fez brincadeiras usando montagens de fotos e contando piadas era evidente o uso da manipulação da imagem com a finalidade da ironia.

No entanto casos como aquele da Daniela que viu as fotos de família divulgadas por uma molecagem machista não tem nada de engraçado, mas muito de patologia, má fé e crime. A ponte do assunto é justamente com a má fé e a irresponsabilidade da Revista Veja em sua ânsia de atacar seus desafetos políticos.

Um parêntese: os governadores do PSDB não aceitaram os acordos das elétricas que baixaria a conta de luz em até 20%. Os percentuais mais baixos na queda da conta é consequência do ato deles, o que diz o Globo em sua manchete principal? “Conta de Luz Cairá menos do que Dilma Prometeu.” E a manchete se repetiu nos jornais televisivos. Se isso não é manipulação de má fé com um fato real a realidade se tornou um pântano só.

Durante mais de um mês circulou nas caixas postais e foi postado em blogs e certas mensagens nas redes sociais uma suposta capa da Revista Forbes com a foto do Lula sendo colocado entre os bilionários brasileiros. A manipulação de má fé conta com a burrice de certos setores, que só viu falar na lista da Forbes no Jornal Nacional, mas é incapaz de checar um absurdo desse na própria internet. Resultado, isso deve levar muita toupeira repetir a notícia como verdade e, no entanto, se trata de uma manipulação pura e simples de uma capa real da Forbes com os bilionários do mundo.   

O caso da Veja. O colunista Ricardo Setti teve que desmentir uma postagem dele com uma foto em que apareceria Dona Marisa, Lula e Rosemary Noronha abraçados. Acontece que era uma montagem de uma foto do Lula, Dona Marisa, Neguinho da Beija Flor e a esposa dele ao lado do Lula. Isso é o jornalismo que faz a cabeça de muita gente no Brasil. E gente a qual não podemos nem lhes dar o perdão da ignorância. Parecem que andam pelas ruas a cata de pedras para jogar no Lula e no PT.

Mas o dia teve outras tristezas. Morreu aos 91 anos de vida o grande pianista e compositor de jazz. Para lembra-lo segue abaixo uma música que é um ícone em sua carreira:  

Dave Brubeck - Take Five

“CASTELÃO”: Monumento à insensatez – José Nilton Mariano Saraiva

Por 90 dias, prorrogáveis por igual período, o Governador do Ceará houve por bem decretar “estado de emergência” em 174 dos 184 municípios constitutivos do Estado, e por uma razão de todos conhecida: a estiagem (longo período sem chuvas), com todos os seus maléficos desdobramentos. Segundo os especialistas, esta é a “seca” mais inclemente dos últimos 50 anos.
Onde quer que ocorra, a decretação do “estado de emergência”, tal a seriedade embutida em sua operacionalização, há que obedecer a uma série de procedimentos, contidos em leis e manuais específicos; portanto, independente do “estado de espírito” de quem o chancela.
Por aqui, a fuga a tais procedimentos nos remeteu à insensatez: é que, em detrimento do clamor dos milhares de conterrâneos que imploram por ajuda (só um pouco de comida e água pra beber), dia a dia os jornais da capital estampam os números imorais e superlativos da grana gasta pelo Governo do Estado na reforma da “arena Castelão” (obra faraônica e desnecessária).
E tudo isso para que ??? Para que o nosso falido Estado seja o primeiro a apresentar à FIFA a “arena Castelão”, reformulada e pronta para abrigar seis (06) partidas de futebol (durante as copas da Confederação e do Mundial), às quais, devido ao salgado preço dos ingressos, apenas alguns “iluminados” serão testemunhas oculares. Sim, porque querer fazer crer que aqui desembarcarão milhares e milhares de turistas, que gastarão dólares e mais dólares durante os dois eventos, é pura enganação.
Deveriam espelhar-se na miserável África do Sul, em 2010: enquanto foram erigidas “arenas” deslumbrantes e portentosas, perambulavam nas suas cercanias glebas de um povo faminto e desesperado, sequer convidado para a festa. E a África do Sul, depois daí, não recebeu a enxurrada de turistas prevista, nem apresentou nenhum crescimento, a não ser na sua dívida externa (hoje, a dificuldade é manter as tais “arenas”).
Para que servirá a “arena Castelão”, no pós-Copa ??? Para abrigar duas vezes ao ano o clássico Ceará X Fortaleza ??? Como justificar a montanha de dinheiro lá gasta, em detrimento do “amenizar a fome e a sede” de milhares de conterrâneos ??? Sem medo de errar: na posteridade, tende a “arena Castelão” ficar conhecida como um “monumento à insensatez”. 

O PADRE HENRIQUE E O DRAGÃO DA MALDADE - PATATIVA


Sou um poeta do Mato
Vivo afastado dos meios
Minha rude lira canta
Casos bonitos e feios
Eu canto meus sentimentos
e os sentimentos alheios.

Sou caboclo nordestino,
tenho mão calosa e grossa,
a minha vida tem sido
da choupana para a roça,
Sou amigo da família
da mais humilde palhoça.

Canto da mata frondosa
a sua imensa beleza,
onde vemos os sinais
do pincel da natureza,
e quando é preciso eu canto
a mágoa, a dor e a tristeza.

Canto a noite de São João
com toda sua alegria,
sua latada de folha
repleta de fantasia
e canto o pobre que chora
pelo pão de cada dia.

  Apenas a primeira página. O folheto tem mais 15 do mesmo nível.