por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A cólera, um shopping sobre gás explosivo e a indústria têxtil com lixo hospitalar - José do Vale Pinheiro Feitosa

Por volta de 1991 entrou pela calha do Amazonas, vinda do Peru, uma epidemia de cólera que, rapidamente, atingiu o nordeste e aí provocou enormes prejuízos e ceifou vidas. Uma das grandes tragédias da epidemia foi uma trombada da notícia sobre o turismo nordestino. Que era uma das principais fontes econômicas da região.

A trombada da notícia foi pior do que os fatos tipicamente epidêmicos. De alguma forma o país estava despreparado para a epidemia. Há anos que não se verificava ocorrência do vibrião colérico em nosso meio. As autoridades não tinham medidas imediatas e, claro, a mídia também estava perplexa em como tratar a notícia. Além de tudo havia e ainda há um enorme problema de saneamento básico no país, especialmente no nordeste, sobretudo por precária oferta de água tratada. A epidemia jamais atingiu o Sudeste e o Sul e a diferença foi a água tratada. Lembro daquela tragédia em Fortaleza num ano de seca e quando foi aberto o Canal do Trabalhador. Sem os olhos dos eleitores os políticos dançavam para botar a culpa no outro: se no Ciro Governador ou no Juraci Magalhães Prefeito (com agente federal tive que chegar junto do nosso Raimundo Bezerra então Secretário Municipal).

Mas certamente algo além do desconhecimento acontecia para promover a trombada noticiosa em rede nacional. A notícia que tirava dos nordestinos sua fonte: os peixes e as praias. Foi um Deus nos acuda, mas o pior sobre bases falsas do comportamento do agente infeccioso da cólera. A mídia começava a sangrar o Collor de Mello e a epidemia era um bom extravasamento de energia governamental

Aconteceu que as autoridades locais, especialmente no Maranhão e em Pernambuco tomaram providências exageradas que atingia o turismo irreversivelmente. A epidemia pulou (por um fato que tem paralelo com hoje que é Santa Rita do Capibaribe) do norte para o nordeste na rota do pólo de roupas pernambucano, Foi aí que fui testemunho do que ocorreu. Adib Jatene acabara de assumir o Ministério da Saúde e eu fazia parte Comissão Nacional Contra a Cólera, presidida por Dr. Claudio Amaral quando foi estancada a hemorragia no turismo nordestino.

Não tinha sentido algum proibir o banho de mar e nem pedir para a população não comer peixe. Fizemos tudo para reverter a situação, inclusive após uma reunião com o Ex-Governador de Pernambuco, Joaquim Francisco, que inclusive comeu peixe e tomou um belo banho de mar em Boa Viagem. O Ministério da Saúde começava a desmontar a trombada na notícia. Um adendo: em guerras comerciais as agressões são o móvel da interpretação e não os fatos que analisem o embate. Pois foi aí que vi gente comemorando a cólera na praia dos outros e estava na Paraíba quando comemoraram um assalto a um ônibus de turistas no Rio de Janeiro. Imaginem só: logo o Rio de Janeiro que era a porta de entrada, então, para o turismo estrangeiro no país.

Vou aproveitar para ponderar sobre duas possíveis trombadas da notícia em guerras comerciais. Em primeiro lugar foi o episódio do fechamento daquele shopping em São Paulo. Aquilo queimou a imagem do pólo comercial, causou prejuízo direto sobre centenas de lojistas. E agora vem a evidência da trombada: igualmente não retiraram a população do Conjunto Cingapura (feito por Maluf e Pitta) que se encontra em risco maior e após poucas horas a interdição do shopping acabou com medidas tão rápidas que não justificariam os anos em que ele funcionou sem tais medidas aos olhos das autoridades municipais e estaduais.

A outra trombada é desta semana: os tais tecidos hospitalares que alimentam os negócios sujos de uma empresa de confecção de roupas. Isso virou uma denúncia geral que vai atingir em cheio o pólo de roupas Pernambucano. Existe um crime evidente de uma empresa e todas em conjunto pagarão como se os lençóis e jalecos dos hospitais americanos fossem a base da indústria de confecção pernambucana.






Espetáculo "A cor Rosa"segunda, 17 de outubro · 18:00 - 21:00
Localização
SESC - Crato

Luiz Bonfá


Luiz Floriano Bonfá (Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1922 — Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2001) foi um cantor, violonista, compositor brasileiro.

Manhã de Carnaval
Luiz Bonfa

Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás

Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábios teus

Canta o meu coração
Alegria voltou
Tão feliz a manhã
Deste amor
Composição: Música: Luiz Bonfá - Letra: Antonio Maria

Frédéric Chopin



Frédéric François Chopin também chamado Fryderyk Franciszek Chopin (Żelazowa Wola, 1 de Março de 1810 — Paris, 17 de Outubro de 1849) foi um pianista polaco[2] e compositor para piano da era romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história.[3] Sua técnica refinada e sua elaboração harmônica vêm sendo comparadas historicamente com as de outros gênios da música, como Mozart e Beethoven, assim como sua duradoura influência na música até os dias de hoje.

wikipédia

CHIQUINHA GONZAGA- por Norma Hauer


Foi há 164 anos que ela nasceu, recebendo o nome de Francisca Maria Edwiges Gonzaga. Era o dia 17 de outubro de 1847. Foi aqui mesmo, no Rio de Janeiro, filha de José Basileu e uma mestiça de nome Maria. Apenas isso: Maria. Pois foi essa Maria que trouxe ao mundo um talento conhecido como CHIQUINHA GONZAGA.

Uma mulher maravilhosa que não deu “bola” aos preconceitos da época e abriu as portas para um mundo abençoado por suas músicas e peças teatrais.
Casaram-na aos 16 anos , como era hábito então , mas ela não nascera para o casamento; mesmo assim teve três filhos (ainda não se inventara a pílula). Como não era a vida que desejava, abandonou seus filhos, ficando com o mais velho, de nome João Gualberto. Este, em 1920, embora não fosse músico, mas sendo filho de quem era, criou a gravadora “Popular”, para concorrer com os “Discos da Casa Edson-Rio de Janeiro” , que dominavam o mercado da época. Nessa gravadora, Francisco Alves, então iniciando sua carreira , gravou seus primeiros discos.

Tentando ingressar no meio teatral, Chiquinha produziu duas peças:”Penhasco" e "Festa de São João”. Foram rejeitadas, por terem sido escritas por uma mulher. Só que era uma mulher de fibra e não se intimidou. Assim, em 1885, com uma nova peça de nome “A Corte na Roça” estreou no meio antes hostil, especialmente masculino, mas que reconheceu seu talento.

As “dondocas” hipócritas de seu tempo, provavelmente as invejavam por sua coragem, mas não se misturavam com uma mulher separada e que
depois teve amantes.
Foi com Antônio Calado e seus “chorões” que ela se relacionava profissionalmente.

Essa mulher maravilhosa escreveu um bonito tango brasileiro (como eram comuns) de nome “Lua Branca”, que não é nada mais que uma seresta que, posteriormente, recebeu uma letra de Luiz Peixoto e ainda hoje é um dos hinos de nossos seresteiros.
Luiz Peixoto foi também seu patrono em uma “burleta” de nome “Forrobodó”, escrita em 1912.


Norma