por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 26 de maio de 2016

REVELAÇÕES "INDISCRETAS" - José Nilton Mariano Saraiva

Se “cagando de medo” e já visando uma possível diminuição de pena quando da sua quase certa detenção, o bandido Sérgio Machado, que passou doze anos à frente da Transpetro (indicado por Renan Calheiros) resolveu “detonar” todo o mundo político corrupto ao seu redor, a partir do próprio padrinho; tanto é que também foram “agraciados” integrantes da cúpula do PMDB e mais uma “ruma” de políticos de partidos outros (PSDB, DEM, PT e por aí vai). Foi como se um terremoto de dimensões oceânicas se abatesse sobre Brasília. Tanto que os comentários são de que ali o que tem de político se valendo de antidepressivos e medicação tarja preta não está no gibi.

Particularmente, não nos surpreendeu a repentina enxurrada de denúncias contemplando políticos das mais variadas agremiações partidárias, atolados até a medula em ações corruptas. Afinal, em mais de uma postagem denunciamos, aqui mesmo, nesse espaço, que a atividade política no Brasil faz muito que transformou-se tão somente num rentável “meio-de-vida”, promotora de facilidades mil e que, dos atuais 594 integrantes do Congresso Nacional (Câmara e Senado), com muito, muito esforço, poderíamos livrar 10,0% desse universo como realmente imbuídos de espírito público, de batalhadores das causas sociais (o resto entrou pra “se fazer”, se “locupletar”, “traficar influência”).

O exemplo é exatamente Sérgio Machado. Empresário, rico, bem situado na vida (embora a fortuna do pai seja questionada), viu-se lançado na arena política anos atrás pelo íntimo “amigo-irmão” Tasso Jereissati, que bancou sua candidatura ao Senado Federal, pelo PSDB, após servi-lo como Secretário de Estado. Após o término do mandato e graças as amizades angariadas lá dentro, deu uma solene banana para o “padrinho político” (a quem hoje acusa de participar dessa sujeirada toda), largou o PSDB e mudou-se de mala e cuia para o PMDB, onde conseguiu chegar à posição por muitos desejada: chefiar a poderosa Transpetro, por indicação do também todo poderoso líder do partido e atual Presidente do Senado, Renan Calheiros.

Após doze anos “mamando” e distribuindo favores mil, recentemente foi citado em delações diversas e, na perspectiva real de “ir em cana” em razão dos crimes perpetrados, resolveu “botar a boca do mundo”, através de gravações secretas de diálogos com os caciques do PMDB (Renan, Sarney, Jucá, por enquanto).

Ousado (ou aqui seria realista), ao referir-se às “Excelências” do Supremo Tribunal Federal, disse o que muitos de nós gostaríamos de dizer: “Eu nunca vi um 'Supremo' tão merda”; também “carimbou” o Procurador Geral da República como um “mau-caráter” que não vale um “cibazol” e ironizou o juiz Sérgio Moro como sendo um ser “todo poderoso”; aproveitou a oportunidade para (aqui com conhecimento de causa, já que com eles conviveu por anos) detonar Aécio Neves, José Agripino, Pauderney Avelino e por aí vai, já que participantes de “esquemas” mafiosos.

Fato é que, dessa briga entre “mafiosos prepotentes”, finalmente muita coisa da qual desconfiávamos virá à tona. Que continuem, ad eternum, a se digladiar.