por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 25 de dezembro de 2011

O VERDADEIRO VERSO por Rosa Guerrera


Onde o verdadeiro verso do poeta ?
Aquele que fala em amor ardente,
De sofreguidão de corpos enlaçados,
Ou o que fala em saudade persistente ?

Estaria ele num sonho sem vida
Num beijo morto,
Numa lembrança sem cor ?
Onde o verdadeiro verso do poeta ? ,

Na palavra não escrita ,
Na voz do silencio
Num cais sem ancoradouro ?
Ou no ruído de uma lágrima ?

O verdadeiro verso do poeta
Nada mais é que o avesso
De uma alma que ama
No estreito corredor da sua verdade ...

Porque só poeta é capaz de entender
Que efêmero é o momento,
Rápida demais a felicidade,
Clandestino o tempo
E amargo , muito amargo o medo
De um dia não mais poder cantar em versos
para o mundo
tudo de grande que lhe emoldura o coração.

Cacaso (Antônio Carlos Ferreira de Brito)


Descartes

Não há
no mundo nada
mais bem
distribuído do que a
razão: até quem não tem tem
um pouquinho


Fatalidade

A mulher madura viceja
nos seios de treze anos de certa menina morena.
Amantes fidelíssimos se matarão em duelo
crepúsculos desfilarão em posição de sentido
o sol será destronado e durante séculos violas plangentes
farão assembléias de emergência.

Tudo isso já vejo nuns seios arrebitados
de primeira comunhão.

Lua minguante brilhante
Enche os meus olhos de mel
Crescente cheia beleza
Destila todo meu fel
Estrela azul não esqueça
O anjo da minha espera
Não importa que ele esteja
Na pauta de outra era

socorro moreira

O Mistério do Natal- Por José Carlos Brandão






O MISTÉRIO DO NATAL


E o anjo do Senhor anunciou a Maria
E ela concebeu do Espírito Santo.
Dois mil anos se passaram
E ainda se ouvem as trombetas da alegria.
A estrela brilha no alto da montanha
E ilumina o universo de esperança.

A terra inteira festeja o Mistério.
O primeiro milagre de Jesus
Não foi mudar a água no vinho em Caná,
Mas tornar-se homem no ventre de Maria.
Sem deixar de ser Deus,
Jesus se esvaziou da divindade,
Ganhou carne e alma humana para a Redenção.

O homem não se salvaria
Se o Salvador não nascesse de Maria.
Os pastores e os reis adoraram o Menino
Envolto em panos e deitado na palha,
Deitado no leito de madeira como a cruz do Amor.

Maria é a nova Eva,
com a maçã na mão e a serpente aos pés,
Jesus é o novo Adão
Da aliança eterna, sempre nova.
O pão e o vinho são a carne e o sangue
Da ação de graças de toda a Criação.

E tudo começou na estrebaria,
O Menino nascendo de Maria.
Cantamos a primeira igreja: Jesus, Maria e José.
Na sagrada família de Nazaré
O amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém.

José Carlos Brandão

MAIS FUNDO



Eu queria olhar nos seus olhos e contar reflexos, mais fundo, mais fundo.

Eu queria te encontrar um dia desses e assistir você ensaiar um discurso qualquer para uma pessoa que eu desejaria que fosse eu. Mais fundo, mais fundo.

Eu queria levar você para um outro lugar, para dentro de mim. Mais fundo, mais fundo.

Eu queria te dizer como eu realmente te vejo e contar coisas que você nem sonha imaginar. Mais fundo, mais fundo.

Eu queria flanar com você por caminhos que só você conhece, deixando você me mostrar o que há de bom nesse mundo insosso. Mais fundo, mais fundo.

Eu queria contar copos e sedas enquanto um filme qualquer passeia pela tela e nos leva para mais fundo, mais fundo.

Eu queria brincar dedos pelo seu pescoço e sentir sua pele protestar em silêncio. Mais fundo, mais fundo.

Eu queria mergulhar em você. Mais fundo, mais fundo...

Marielle Zum Bach(www.,utopiada.blogspot.com)
imagem: Internet

O Natal com Meus filhos. Liduina Vilar.


A todos que fazem e visitam o Azul Sonhado, um lindo Natal, e votos de um ano
novo divino. Quero dividir com vocês, minha alegria natalina, ao lado dos meus amados
filhos, netinha e familiares. FILHOS: razão de meus melhores sorrrisos. Abraço carinhoso.

MILLÔR FERNANDES


Diz-me de quem sais,



Grito-te meus ais



- Somos hai-kais iguais.

Escancarando a "CAIXA-PRETA" do Judiciário - José Nilton Mariano Saraiva

Há, sim, embora que tênue e quase se esvaindo, uma luz no fim do túnel. E objetivando que não se apague precocemente, levando de roldão esperanças e sonhos urdidos ao longo de anos de luta, urge e é conveniente que a sociedade avoque pra si a tarefa de dela cuidar com carinho e desvelo. Sim, porque agora a briga é entre “cachorros-grandes” e faz-se necessário que todos nós, cidadãos cumpridores dos seus deveres para com o Estado, tomemos partido por um dos lados, manifestando-nos veementemente e de forma peremptória.
O cenário é o seguinte: de um lado, perfilados estão aqueles sobre os quais não deveria, teoricamente, recair nenhuma sombra de suspeita, quaisquer espécie de dúvida, porquanto presumíveis guardiões da ética, da moralidade, do respeito e dos bons costumes: as “intocáveis excelências” que compõem o pleno do Supremo Tribunal Federal (STF); na trincheira oposta, enfileirada se encontra a turma do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), representado pela sua “desassombrada corregedora”, ministra Eliana Calmon, uma mulher corajosa e desprovida dos velhos vícios que caracterizam as “intocáveis excelências” do Supremo. Com um adendo: aqui, Cézar Peluso acumula as duas presidências, do STF e do CNJ, o que, trocando em miúdos, significa dizer que a ministra Eliana Calmon simplesmente está “batendo de frente” com o próprio superior hierárquico.
A verdade é que, espécie de “estranha no ninho”, a ministra Eliana Calmon começou a tirar o sono de boa parte das “intocáveis excelências” do STF ao sugerir a existência de um "corporativismo ideológico perigosíssimo" nas corregedorias do Poder Judiciário, que favoreceria a infiltração de "bandidos de toga" (que os mortais-comuns já sabíamos existir, mas não podíamos verbalizar, ou receio tínhamos de). Assim o tempo fechou, literalmente, quando ela anunciou que era mais fácil “o sargento Garcia prender o Zorro” do que a sua corregedoria conseguir auditar as contas do tribunal de São Paulo.
É que, nas tais cortes superiores, habituados ao exercício de um corporativismo exacerbado, a jogarem confetes uns nos outros, a se elogiarem mutuamente, a usarem aquela linguagem rebuscada e difícil de ser entendida pelo cidadão-normal (mas propícia à blindagem ou acobertamento de possíveis escorregões internos), eis que as “intocáveis excelências” do STF acusaram o golpe quando a ministra Eliana Calmon declarou que "...o corporativismo é uma visão ideológica. Ideologicamente você parte para defender o Poder Judiciário, e você começa a não ver nada que está ao seu redor. Você não vê sequer a corrupção entrando nas portas da Justiça, porque você acha que, para defender o Judiciário, você tem que manter o magistrado imune às críticas da sociedade e da imprensa. À medida que nós continuamos com o corporativismo, nós estamos favorecendo que as pessoas venham se esconder nessa grande arrumação que fizemos: ''Aqui é muito bom, eu posso fazer e estou fora do alcance da lei''".
É bom lembrar que todo esse movimento começou quando a Corregedora Nacional de Justiça determinou uma devassa em 22 tribunais (o do todo poderoso Estado de São Paulo incluído), objetivando apurar a evolução patrimonial e um possível enriquecimento ilícito de seus integrantes (dentre os quais Ricardo Lewandowski e Cezar Peluso, hoje membros do STF), que teriam recebido verbas que outros não receberam (um milhão de reais, individualmente), por conta de uma ação trabalhista ganha lá atrás (além do que, se dando o privilégio de “cortar a fila”, já que se pondo à frente de outros colegas em melhor colocação).
A varredura provocou a reação indignada da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), que acusa o conselho de quebrar ilegalmente o sigilo bancário e fiscal dos integrantes do Judiciário. Assim, a entidade pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que anulasse as inspeções, tendo o seu pedido aceito pelo próprio ministro Ricardo Lewandowski, que concedeu liminar suspendendo a investigação iniciada pelo conselho (lembremo-nos que tal decisão beneficiou-o diretamente, porquanto, implicitamente, Lewandowski também suspendia uma investigação sobre pagamentos feitos a vários juízes por conta daquela antiga dívida trabalhista, sob a alegativa de que “ministros de tribunais superiores e do Supremo não podem ser investigados pelo CNJ” - olha aí como eles sempre encontram uma brecha, o tal “pulo do gato”).
Fato é que, a evolução do imbróglio gerou um mau-cheiro tão intenso, assumiu proporções tão delicadas e sérias, que a Presidenta da República Dilma Rousseff resolveu corajosamente manifestar-se, ordenando à Advocacia Geral da União que acione o Supremo Tribunal Federal visando cassar liminar da própria corte que proíbe o órgão de controle externo do Judiciário (Corregedoria) de apurar a conduta de juízes. Segundo o mandado de segurança impetrado pela AGU, investigar é de “interesse direto do povo”.
Disso tudo, a lição que fica é que, alvo dos holofotes de uma sociedade cada vez mais antenada e partícipe, que tem, sim, o direito de saber sobre a veracidade ou não da distribuição irregular de processos, do favorecimento em concursos públicos, das fraudes e até mesmo indícios de enriquecimento ilícito, assim como sobre a venda de sentenças judiciais, as “intocáveis excelências” do STF claramente se mostram incomodadas com a perspectiva de que a “caixa-preta” do Poder Judiciário seja, enfim, escancarada.

E aí, vale ou não a pena você, aí do outro lado da telinha, se manifestar ???

O sangue dos pobres - Emerson Monteiro

Consta na relação dos fenômenos extraordinários atribuídos a São Benedito, o Mouro, santo católico de origem árabe, que, quando administrava a cozinha do Convento dos Capuchinhos onde morava, e após a ceia dos monges eremitas, ele sempre oferecia aos pobres que habitavam as comunidades próximas sopa por demais substanciosa. Famintos, saciariam a fome diante da boa vontade daquela refeição caritativa dos inícios de noite. O meio que religioso utilizava era reaproveitar as sobras que ficavam da preparação dos alimentos principais, restos de verdura, gorduras de carnes, caldos de fervuras, substâncias que de comum seriam jogadas fora.

Os noviços responsáveis pelas rotinas do estabelecimento, no entanto, nutriam pouca disposição de, além dos afazeres regulares, ainda pegarem as sobras para constituir a sopa dos necessitados, e dificultavam o trabalho que resultaria no sustento da longa fila andrajosa dos mendigos.

Com isso, aos seus modos humildes, São Benedito, repetia com insistência que eles, os auxiliares, indiferentes, derramavam o sangue dos pobres. Inúmeras vezes aconteciam os conselhos sem clara manifestação de produzirem os devidos frutos.

Até que, belo dia, o frade, utilizando a estopa de limpeza do balcão onde preparavam os pratos, nela recolheu os mantimentos que iriam a caminho da lixeira e, em seguida, com força, espremeu o tecido, às vistas de todos em volta, reafirmando o sempre dizia:

- Meus irmãos, vejam, na verdade, que o que fazem é derramar o sangue dos pobres – enquanto, na mesma hora, escorria sobre a bancada o mais puro e expressivo sangue humano, razão de espanto dos presentes, passando esta a ser uma das ocorrências analisadas com mérito quando da canonização do virtuoso santo.

Creme gelado com suspiro (Zabaione)


Ingredientes

. 4 gemas
. 4 colheres (sopa) de açúcar
. 1 cálice de vinho do Porto
. 1 colher (sopa) de raspas de casca de limão
. 200 g de creme de leite
. 1 caixa pequena de morangos
. 200 g de minissuspiros
. 50 g de nozes picadas
Modo de preparo

1. Na batedeira, bata as gemas com o açúcar até obter uma mistura clara.

2. Adicione o vinho, as raspas de limão e cozinhe em banho-maria, durante 15 minutos, sem parar de mexer.

3. Retire do fogo e acrescente o creme de leite batido em ponto de chantili.

4. Distribua em taças individuais e leve à geladeira. Na hora de servir, cubra com morangos picados, os suspiros e as nozes.

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Charlie Chaplin





Sir Charles Spencer Chaplin, KBE, mais conhecido como Charlie Chaplin (Londres, 16 de abril de 1889 — Corsier-sur-Vevey, 25 de dezembro de 1977), foi um ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos atores mais famosos da era do cinema mudo, notabilizado pelo uso de mímica e da comédia pastelão. É bastante conhecido pelos seus filmes O Imigrante, O Garoto, Em Busca do Ouro (este considerado por ele seu melhor filme), O Circo, Luzes da Cidade, Tempos Modernos, O Grande Ditador, Luzes da Ribalta, Um Rei em Nova Iorque e A Condessa de Hong Kong.

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