por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 1 de outubro de 2011

Encontro Caririense da SOBRAMES


A Sociedade Brasileira de Médicos Escritores estará realizando, de 07/10/2011 a 09/10/2011 , o Encontro Caririense da SOBRAMES - Ceará. No Crato a vasta Programação ocorrerá no próximo dia 08/10 ( Sábado), no Salão de Atos da Urca , segundo Programação abaixo.

Sala C r a t o



08 de outubro , Sábado



09:00-10:00hConferências: “Dr. Leão Sampaio – o Homem que não aprendeu a dizer não”


“O Cariri no Contexto do Ceará”


Presidente: Dr. Vladimir Távora Fontoura Cruz


Palestrante: Dr. Napoleão Tavares Neves



10:00-10:15h - Cafezinho



10:15-11:15h - Temas Livres


Presidente: Dr. José Luciano Sidney Marques


Secretário: Dr. Paulo Ronalth Peres Melo



11:15-12:00h – Palestra: Ariano Suassuna: Vida e Obra


Presidente: Dr. Antonio Tomaz Ribeiro Ramos


Palestrante: Dra. Fátima Calife (PE)



12:00-14:00h – Almoço livre.



14:00-15:45hTemas livres


Presidente: Dr. Vanius Meton Gadelha Vieira


Secretária: Dra. Auxiliadora Vieira Mota



15:45-16:00h - Cafezinho



16:00-17:00hConferência: “Padre Cícero”.


Presidente: Dr. José Maria Chaves


Conferencista: Dr. Wellington Alves de Souza



17:00-18:00h Palestra: “Zé de Matos e o Universo da Poesia Popular Caririense no Século XIX”.


Presidente: Dra. Celina Côrte Pinheiro de Sousa


Palestrante: Dr. José Flávio Vieira



Noite Livre


Participe !

Fim de semana... "xô, estresse" - José Nilton Mariano Saraiva

BALINHAS DE MENTA: A freira estava andando pela rua quando de repente uma loira lhe ofereceu carona. Muito agradecida, ela aceitou e entrou no carro. Uma reluzente Ferrari vermelha com banco estofado de couro e reclinável, ar condicionado, televisão, o escambau... - Que belo carro a senhora tem! - comentou a Irmã. - Deve ter trabalhado ardentemente para tê-lo comprado, não é mesmo? - Não foi bem assim não, Irmã! - Respondeu a loira - Na verdade eu ganhei de um empresário que dormiu comigo por um tempo!!! A freira fica um pouco chocada, mas não diz nada. Então ela olha para o banco traseiro e vê um belo casaco de vison, só disponível nas melhores boutiques de Paris: - O seu casaco de peles é muito bonito! Deve ter custado uma fortuna, hein? - Na verdade não me custou nadica de nada, diz a jovem. Ganhei por causa de algumas noites que eu passei com um jogador de futebol!!!. Então a freira não falou mais nada, emudeceu, calou, silencio total durante toda a viagem. Chegando ao convento ela foi para os seus aposentos tomar um revigorante banho quente... quando, de repente, alguém bate na porta. - Quem é? - pergunta ela do banheiro. - Sou eu! Padre Afonso! Ela sai do banho, veste o seu roupão, vai até a porta e diz: - Quer saber de uma coisa? Vai te fuder, seu FDP !!! Você e suas balinhas de menta!!! Liso miserável !!!
IGREJA CHIQUE: Naquela igreja chique, daquele bairro chique, naquela chique e próspera cidade do interior, aquela dondoca chique vai se confessar: - Padre, eu pequei. O senhor me conhece, sabe que nunca traí o meu marido. Acontece que apareceu aqui na cidade um homão lá da capital, um pedaço de mau caminho. O senhor sabe, né? A carne é fraca... O padre passa-lhe um sermão e como penitência manda que ela deixe uma oferta de duzentos reais para as obras da igreja. Logo depois, uma outra madame vem com a mesma história a respeito do tal galã da capital. Novo sermão e a penitência sobe para quinhentos reais de contribuição para as obras da igreja. E nos dias seguintes foi uma verdadeira romaria no confessionário, sempre com socialites que haviam chifrado os maridos com o forasteiro bonitão. E o padre estipulando a penitência, em forma de grana, muita grana...mais, sempre mais. Depois de uma semana de tanta penitencia, o padre já ia dizendo à pessoa que acabara de ajoelhar-se no confessionário: - Pode falar, minha filha: cometeu adultério como o tal garanhão. Foi aí que uma voz masculina o interrompeu, bruscamente: –Não, padre, eu sou o próprio ! O tal garanhão ! – Ah, meu filho, é você. Já sei, arrependeu-se e resolveu confessar os seus pecados, não é? - Não, senhor, padre, tô fora! Vim só avisá-lo que se quiser continuar com essa vidinha mansa terá que me dar a Ferrari vermelha que o senhor acaba de comprar e mais 50% do valor das penitências...senão eu mudo de paróquia. Viraram sócios. Foi a partir daí que nasceu a tal da "rachadinha".
RESSARCIMENTO: O sujeito chega para o padre e pergunta:-Padre o senhor acha correto alguém lucrar com o erro dos outros?-É claro que não meu filho!-Então me ressarce a grana que eu te paguei pra fazer meu casamento, e o batizado dos meus dez filhos, seu espertinho.
SEXO ANTES DO CASAMENTO: Perguntaram pro padre: - Padre, o que você acha do sexo antes do casamento? - Se não atrasar a cerimônia, podem usar até a sacristia!!
UMA COCA E DOIS BISCOITOS: O padre estava dando confissão. Já cansado da mesma ladainha de sempre, tinha pregado dentro do confessionário uma lista com todos os pecados possíveis e imagináveis com as correspondentes penitências. Então, quando chegava o fiel e dizia: - Padre, traí minha mulher – ele nem titubeava; olhava a lista, procurava adultério e vendo ao lado a devida penitencia, respondia: - Quatro Pai-Nosso e dez Ave-Marias! Um dia, no meio dessa lenga-lenga, deu nele uma vontade imensa de ir ao banheiro, “arriar a massa”, descarregar o pirão. Não tinha solução. Tinha que sair dali de qualquer maneira, urgente, se possível voando. Como a fila de fiéis para confissão estava imensa, ele abriu a porta do confessionário, chamou o faxineiro da igreja que estava por ali e pediu que este ficasse no seu lugar. Era simples, disse o padre: -Basta você escutar o pecado, procurar a penitencia, e dizê-la ao fiel e pronto! O faxineiro ficou ali escutando. Vinha um e dizia: - Padre, roubei dinheiro na minha empresa! O faxineiro pensava:"Vamos ver quanto o padre dá pra “roubo". Procurava na lista e respondia: - Meu filho, reze seis Pai-nosso e Cinco ave-maria. Vá em paz !!! Outro entrava e dizia: - Padre, dei porrada na minha mulher. O faxineiro pensava: Vamos ver quanto o padre dá pra “porrada na mulher". Procurava na lista e respondia: - Meu filho, reze oito Pai-Nosso e dez Ave-maria. Vá em paz !!! Até que chegou um, mais apreensivo, que disse: - Padre, padre, fiz “sexo oral” com minha mulher!!! O faxineiro procurou na lista e não achou nada sobre sexo oral. Não sabendo o que fazer, abre a porta do confessionário e pergunta pro coroinha que esta por perto: - Ei, Edgarzinho, você sabe quanto o padre dá pra sexo oral??? Ao que o menino responde: - Essa é fácil, fácil. Tô acostumado de ganhar: uma Coca-Cola e dois biscoitos !!!!

"Óleo de peroba" - José Nilton Mariano Saraiva

Era previsível e por isso mesmo cantamos a pedra, com convicção, em postagem de ontem (Cacete: lá e cá): o Governo do Ceará (através dos aliados da Assembléia Legislativa Estadual) publica nesta data nos principais jornais de Fortaleza, matéria paga, de página inteira (alguém, aí do outro lado da telinha, tem idéia de quanto custa o espaço de toda uma página, num jornal de grande circulação ??? certamente que um preço escorchante e proibitivo, pois não ???) tentando justificar a criminosa agressão da Polícia Militar do Ceará aos professores que reivindicavam, passivamente, melhorias salariais. Como se sabe, a deprimente ocorrência teve como palco as próprias dependências internas daquela “casa do povo” e as imagens, além de veiculadas em horário nobre pelo principal telejornal do Brasil (dessa vez não puderam abafar), ganharam também o mundo, via Internet.
Através da matéria hoje veiculada (sem assinaturas), numa completa e estapafúrdia inversão de valores a “Mesa Diretora” daquela Casa tira o braço da seringa ao tentar transferir a “...pessoas alheias ao funcionamento da Casa e infiltradas no seio da categoria do magistério” a responsabilidade pela ocorrência lamentável e grotesca, quando as imagens mostram, sim, que os excessos foram cometidos pela Polícia Militar do Ceará, que os feridos são professores e que o sangue jorrou, e em profusão.
Esquece de informar, entretanto, a “Mesa Diretora”, que além das pauladas, socos e pontapés recebidos, os professores foram agraciados, em seguida, com um “mimo” extra: a aprovação, sem choro nem vela, imposto de cima pra baixo pelo Governo do Estado, do reajuste salarial (rebaixado) contra o qual se insurgiram e daí a luta e a greve dos barnabés.
E “Sua Excelência” (o Governador do Estado) ainda tem a desfaçatez de aparecer na telinha tecendo loas e jogando confetes à sua política educacional. Haja “óleo de peroba” pra tanta cara de pau.

Recebido por e-mail


www.ctarvoredavida.com.br / Resp.SocioAmbientalCultural
PAHL - Plano de Ação de Humanos Livres

"É uma coisa muito útil estar apto a combinar a ternura do Amor com a
austeridade do dever.
A nova vida não será acovardada por oposições.
Ela não será acovardada por um jugo, mas dará largura a receptividade.
É tempo de conhecer o planeta e apoiá-lo.
As pessoas não podem ser acalentadas calculando quantos anos ainda há
antes que o sol esteja extinto.
Um grande número de variadas condições pode transtornar todos os cálculos.
Um ser ávaro tem um selo em sua face.
Este ser não está ligado ao coração.
E para o ser ávaro, o mundo sutil é somente uma fonte de tormentos e dúvidas".
Do livro : Comunidade - Fundação Avatar - 1926

"O segredo da manifestação é desapegar-se da necessidade de manifestar algo.
Quando há intenção desapegada - podemos criar tudo."

Alfajor Argentino



Ingredientes

Massa:

- 250 g de manteiga
- 1 xícara (chá) de açúcar (160 g)
- 3 gemas
- 2 ½ xícaras (chá) de amido de milho (250 g)
- 1 ½ xícaras (chá) de farinha de trigo (180 g)
- ½ xícara (chá) de Cacau em Pó (36 g)
- 1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
- 1 colher (chá) de fermento em pó
- 1 colher (café) de aroma de baunilha
- 1 colher (sopa) de conhaque
- raspas de 1 limão

Recheio:

- 400 g de doce de leite pastoso
- 1 colher (sopa) de conhaque

Cobertura:
- 750 g de Cobertura de Chocolate Branco picado

Modo de Preparo

1. Prepare a massa: bata a manteiga e o açúcar e, sem parar de bater, acrescente as gemas uma a uma, até obter um creme esbranquiçado e leve. Acrescente então o amido de milho, a farinha, o cacau, o bicarbonato, o fermento, o aroma de baunilha, o conhaque e as raspas de limão. Misture até formar uma massa homogênea, cubra com filme plástico e leve à geladeira por cerca de 10 minutos.

2. Polvilhe uma superfície limpa e seca com farinha de trigo e abra a massa com a ajuda de um rolo até ficar com uma espessura de 3 mm, como massa de biscoito. Corte a massa em quadradinhos de 2,5 cm. Acomode-os em uma assadeira untada e enfarinhada. Preaqueça o forno a 180ºC e asse por cerca de 15 minutos ou até começar a dourar. Retire do forno e com a ajuda de uma espátula, coloque os quadrados sobre uma grelha para esfriar.

3. Para o recheio, reduza o doce de leite: coloque-o em uma panela e leve em fogo médio mexendo sempre, para não grudar, por 5 minutos ou até que o doce esteja bem firme. Junte o conhaque e mexa bem. Espalhe o recheio sobre a massa fria e, em seguida, feche-a, formando uma espécie de "sanduíche".

4. Cobertura: derreta o chocolate em banho-maria ou no microondas, na potência média por cerca de 4 minutos, mexendo na metade do tempo. Transfira para um outro refratário limpo e seco, coloque este sobre uma travessa com água fria. Mexa continuamente, resfriando-o por igual. Você saberá o ponto certo para banhar quando colocar uma porção de chocolate sob os lábios e sentir que ele está "frio". Com o auxílio de um garfo, mergulhe cada alfajor no chocolate temperado, escorra os excessos e leve à geladeira por 5 a 10 minutos, o suficiente para secar. Sirva em seguida ou guarde envoltos em celofane ou filme plástico. Conserve os alfajores em lugar fresco e arejado.


Fonte: Garoto

Recbido por e-mail


A revolta do Ipê

Um Ipê Amarelo foi cortado e seu tronco foi transformado em um poste.
Após o poste ser fincado na rua, foram instalados os fios da rede elétrica.
Eis que a árvore se rebela contra a maldade humana e resolve não morrer.
Mas a reação foi pacífica, bela e cheia de amor.
Rebrotou e encheu-se de flores.

Assim é a natureza…vencedora !

Porto Velho – Rondônia – Brasil

Clausura - Por Rejane Gonçalves



Fiquei guardado dentro das paredes redondas sem ver o mundo e descobri que, por mais que me pusesse na ponta dos pés aguacentos, os tijolos estariam ainda a um palmo acima de mim.
Antes do confinamento, uma camada de lama fina, mingau ocre, por vezes vermelho, marrom, estagnava-se ao meu redor e não ligava a mínima para minhas intromissões em seus domínios. Eu podia brincar com as flores do cajueiro, que despregadas pelo vento, deslizavam naquela gelatina escura, andar sobre ela, ou até entrar nela, mexê-la para lá e para cá como se eu fosse uma colher de pau a desandar um angu.
Desenvolvi nesse tempo um apurado senso de observação, que me fazia saber de imediato a quem pertencia o pé que deixara suas marcas nas margens já meio endurecidas da lama, se era de homem ou de mulher, se andava apressado ou devagar. Houve dias em que nomeei, com todas as letras, o dono ou a dona do pé. Tornei-me com a anuência de todos um profundo conhecedor de pegadas.
Meu olho tem cílios que se expandem, muitas vezes ultrapassam a fina camada de lama e desenham um círculo azulado e lacrimoso em torno dela. Do alto, é como ver um ovo a fritar, quebrado numa frigideira, a gema no centro, a clara densa, derramada por sobre a gema e por todos os lados, um lençol que embora cumprisse a sina de cobrir, o fizesse com transparências.
Quando recolho os cílios, deixo nos lugares, por onde eles se estenderam, berços de umidade que podem servir de nascedouro e abrigo às plantinhas diáfanas, às penugens verdes que farão cócegas nos pés das mulheres que se debruçam sobre mim e abrem minhas pestanas, para ver se estou vivo ou morto. Elas seguram pequenas panelas arredondadas, mergulham essas panelas dentro de mim, uma, duas, três, várias vezes. Dias há em que são muitas as mulheres. Não me dão descanso. Nem me sobra um tempo para fechar e abrir o olho, umedecê-lo, descansá-lo. Depois da saída da última mulher eu fico parado, me privo de qualquer movimento, evito a formação de bolhas, fujo das ondulações. Sereno. Porque me assalta o pavor do olho seco. Um olho precisa estar molhado, disto eu bem sei, nem que seja à custa de colírios.
Desde que fiquei preso no meio desse muro redondo, não tenho mais contato com a lama, não afago as flores empapadas do cajueiro e quase mulher nenhuma, ou mesmo homem me procuram. Ao terminar a construção da pequena muralha, os operários tocaram-me com o respeito próprio dos devotos e no meio deles um, que parecia chinês, não parava de fazer reverências, de sorrir, em frente à ponta da muralha que se unira com unhas e dentes à outra ponta. Estava finalmente concluída. E eu protegido. Preservado.
No meio da mata silenciosa, viúva de tantos animais, semi-vestida, cada dia mais nua, eu era apenas um olho. Um olho d’água. Livre.


Rejane Gonçalves

Alcides Gonçalves - por Norma Hauer



Ele nasceu em Porto Alegre a 1º de outubro de 1908.
E quem é ALCIDES GONÇALVES ? Músico e compositor, nasceu e faleceu em Porto Alegre, mas durante alguns anos fez parte da Orquestra da Rádio Nacional, aqui no Rio de Janeiro, para onde veio em 1939 e também da de Radamés Gnatalli, no Copacabana Palace.

Suas composições não foram em grande número, mas marcaram sucessos aqui no Rio, principalmente na voz de Francisco Alves, que gravou "Cadeira Vazia"

"entra meu amor, fica à vontade
e diz com sinceridade,
o que deseja de mim..."

ou ainda
"Quem há de dizer,
que quem vocês estão vendo
naquela mesa bebendo
é meu querido amor...;

ou mesmo "
"vocês estão vendo aquela mulher de cabelos brancos,
vestindo farrapos, calçando tamancos..."

Mas isso não é de Lupicínio Rodrigues? É ! Alcides Gonçalves foi para Lupicínio o que Vadico foi para Noel Rosa, Alberto Ribeiro para Braguinha, ou Otávio de Souza para Pixinguinha: O PARCEIRO NUNCA CITADO.
Mas estão lá, também são parte da história de algumas músicas daqueles compositores.

Com "Triste História", ao lado de Lupicínio, Alcides Gonçalves venceu um concurso realizado pela Prefeitura de Porto Alegre. A primeira composição da dupla, entretanto, foi "Pergunta a Meus Tamancos".

Depois de alguns anos aqui no Rio de Janeiro, regressou a sua terra natal (Porto Alegre) onde faleceu em 9 de janeiro de 1987, aos 78 anos.

Norma

Maravilhoso!!!


Céu e João Donato no Rock in Rio

João Donato acena para a plateia durante apresentação conjunta com a cantora Céu, no Palco Sunset; a parte dele do repertório contou com "Bananeira" e "Mosquito"

Renatinho foi ao circo, poesia infantil de Vicente Guimarães






Renatinho foi ao circo

E voltou entusiasmado;

Estava alegre e feliz,

Mas um pouco impressionado.



Gostou muito dos atletas,

Também do malabarista,

Deu vivas ao domador,

Palmas ao equilibrista.



Mas quando a casa chegou,

Depois da grande função,

Foi contar ao papaizinho

Sua nova resolução:



– Quando eu crescer, quero ser

Um palhacinho brejeiro,

Para dar a cambalhota

No centro do picadeiro.




Em: João Bolinha virou gente, de Vicente Guimarães (vovô Felício), Rio de Janeiro, Editora Minerva, sem data.

———


Vicente de Paulo Guimarães, [Vovô Felício] ( Cordisburgo, MG, 1906 – 1981) — Poeta, contista, biógrafo, jornalista, autor de Literatura Infanto-Juvenil (1979), funcionário público, educador, membro da Academia Brasileira de Literatura (1980), prêmio Monteiro Lobato -ABL (1977). Em 1935, Vicente criou em Belo Horizonte a revista “Caretinha”, dedicada a jovens leitores; dois anos depois, foi o responsável pelo suplemento infantil do jornal “O Diário”. Um dos projetos de sucesso foi a revista “Era uma vez”, que começou a circular em 1947. Criou também no mesmo ano a Revista do Sesinho, para divertir e educar as crianças.

Para Stela Siebra, a nossa Bisaflor- encantadora contadora de histórias!



Brincando no passado- por socorro moreira




Parece que foi ontem... Eu tinha seis anos e fazia o primeiro ano do curso primário. Estudar poesia pra vencer a timidez empolgou toda uma geração. Lá estávamos nós, no auditório da Rádio Educadora para estudar  poesia com a professora Sarita Felício. Lembro de meninas como Magali, Regina, Miriam Calou, Socorrinha Calou...

Incrível é que, pela primeira vez não encontrei no Google o procurado: as poesias!
Conto com a ajuda de Magali, para lembrar algumas delas, como:
As ruguinhas do papai (J.de Diê Filho?); A Boneca (Madalena Correia ?) e Enfermeira de Jesus (Vicente Guimarães?), e outras...!
Como se pode confiar numa memória de textos perdidos há 54 anos?

“Papai tem duas ruguinhas
Lá no alto do nariz
Pequeninas franzidinhas
Que se cortam como um x
Quando apronto uma das minhas
Travessura de petiz
E vejo aquelas ruguinhas
Desisto de fazer bis
Desisto de puro medo
Porque elas em segredo-
As ruguinhas sabem tudo
E vem aí pelo espaço
Um formidável cascudo! “


Outra que nem sei se recordo por inteiro é “A BONECA

“Eu conheço uma boneca
Bem levadinha da breca
Que comigo se parece
O pai vive para agradá-la
A mãe então nem se fala
Só em vê-la se enternece
E com um semblante tristonho
Vive como num sonho
A tal boneca faceira
(...)
Fez-se amiguinha das fadas e da gata borralheira
(...)
Nem sabe ler
Pois é cedo pra aprender
Estas coisas do primário
Ainda está no jardim
Onde o proveito é sem fim
Para chegar ao abecedário
(...)
E agora ouça-me bem
Este segredo é só meu
Não diga pra mais ninguém
Que a bonequinha
Sou eu!”

Enfermeira de Jesus

Encontrando a porta aberta
Ligeirinha e muito esperta
Sem ninguém para atender
Entrou a linda Rutinha
No quarto da mamãezinha
“Para em tudo remexer...”

Justo nesta época ganhei uma boneca grande , que andava, fechava e abria os olhos, chorava. Veio numa caixa enorme. Estava vestida de enfermeira e acompanhava-lhe uma malotinha branca com o instrumental para curativos. Perfeita! Com certeza já não existem bonecas como aquelas de antigamente.
Minha mãe juntou por um ano, réis, numa lata de querosene.
Foi comprada no armarinho do Sr.José Vilar, e custou um conto de réis.
Que sacrifício os nossos pais não fizeram para nos proporcionar um sorriso de alegria? Brinquei com a boneca até que ela deixou de existir: Perdi suas meias de nylon, a touca do cabelo, os sapatinhos, perdeu o choro, quebrou um braço, a perna... Mas, na minha memória, ela permanece enrolada em papel de presente e laço de fita... É inteira e linda!

Música O Professor - Tania Maya


O Professor
                   Tania Maya
                                          
Quem com pó de giz
Um lápis e apagador
Deu o verbo a Vinícius
Machado de Assis, Drummond?

Quem ensinou piano ao Tom?
Quem pôs um lápis de cor
Nos dedos de Portinari,
Picasso e Van Gogh?
Quem foi que deu asas a
Santos Dumont?

Crianças têm tantos dons
Só que, às vezes, não sabem
Quantos só se descobrem
Porque o mestre enxergou
e incentivou...

É, só se faz um país com professor
Um romance, um croquis, com professor
Um poema de amor, dim dim
Um país pra ensinar seus jovens eh
É, só se faz...
Um romance, um croquis, com professor
Um poema de amor, dim dim...

Quem com pó de giz...