por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 1 de outubro de 2011

Renatinho foi ao circo, poesia infantil de Vicente Guimarães






Renatinho foi ao circo

E voltou entusiasmado;

Estava alegre e feliz,

Mas um pouco impressionado.



Gostou muito dos atletas,

Também do malabarista,

Deu vivas ao domador,

Palmas ao equilibrista.



Mas quando a casa chegou,

Depois da grande função,

Foi contar ao papaizinho

Sua nova resolução:



– Quando eu crescer, quero ser

Um palhacinho brejeiro,

Para dar a cambalhota

No centro do picadeiro.




Em: João Bolinha virou gente, de Vicente Guimarães (vovô Felício), Rio de Janeiro, Editora Minerva, sem data.

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Vicente de Paulo Guimarães, [Vovô Felício] ( Cordisburgo, MG, 1906 – 1981) — Poeta, contista, biógrafo, jornalista, autor de Literatura Infanto-Juvenil (1979), funcionário público, educador, membro da Academia Brasileira de Literatura (1980), prêmio Monteiro Lobato -ABL (1977). Em 1935, Vicente criou em Belo Horizonte a revista “Caretinha”, dedicada a jovens leitores; dois anos depois, foi o responsável pelo suplemento infantil do jornal “O Diário”. Um dos projetos de sucesso foi a revista “Era uma vez”, que começou a circular em 1947. Criou também no mesmo ano a Revista do Sesinho, para divertir e educar as crianças.

Para Stela Siebra, a nossa Bisaflor- encantadora contadora de histórias!



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