por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Colaboração de Geraldo Ananias

 
 
 
Geraldo Ananias Pinheiro Tudo é real e recente. O pessoal da Escola Santa Tereza (de Altaneira-CE) foi até Taboquinha e gravou, recentemente, todas as cenas (in loco) do curta. Casa de minha vozinha, essa aí em cima (onde minha mãe nasceu e viveu até se casar); o pé de juazeiro (eu costuma brincar e, mais tarde, namorar debaixo da sombra dele); o acude (hoje seco). Como pode ver nas fotos e no filme, tudo está seco e triste, menos o pé de Juazeiro, que continua verde, forte e firme, porém sem graça. Ninguém já não o visita mais, nem mesmo avião perdido. Ele ficou só, desencantado no meio do sertão tórrido, esperando a nossa volta. Está calado, pensativo, sem entender nada do que aconteceu. Todo mundo foi embora. Muitos morreram. Talvez seja por isso que ele não balança mais seus galhos, suas folhas ao vento, como fazia antes. Até Luiz Gonzaga, o rei do Baião, que o alegrava com seus cantos (a inesquecível canção juazeiro) morreu. Restou só a saudade, que é, no dizer do poeta, o amor que fica." Agora, meu amigo, restam lembranças. Assim, para amenizar um pouco a saudade que sinto no peito e na alma, fico a cantar: "Juazeiro, juazeiro, me arresponda por favor; juazeiro, velho amigo, onde anda meu amor. Ai, Juazeiro, ela nunca mais voltou; aí, juazeiro, como dói a minha dor..."

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