por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 29 de novembro de 2011

Torresmo a milanesa - José do Vale Pinheiro Feitosa


Adoniran Barbosa viveu o mundo do povo. Ele era povo. O povo era ele e o samba era a verdade como era o samba. Não este samba de picareta para alpinistas do sucesso. A idéia não era a salvação pessoal, Adoniran compunha para a salvação de todos nós. Especialmente de quem suava para uma renda com torresmo a milanesa.

Nas sombras que as ruas permitiam, na obra que o dinheiro financiava e o operário tão pouco vê dele. E aqui Clementina de Jesus, a África transporta para a América rasga a farsa do país e diz o que ocorre no nível do povo.

Se segura Maria, se segura Maria, que hoje não tem dinheiro não. Se segura Maria.....

Um comentário:

Joaquim Pinheiro disse...

Zé do Vale,
Adoniran era uma grande figura. Engraçado até pelo nome, o verdadeiro era José Rubinato. Nunca residiu em Jaçanã nem jamais existiu o trem das 11h. O último saia às 10h. Usou o nome para rimar com "manhã". Colocou esta hora porque 10h não era hora para terminar namoro. Iracema existiu de verdade mas não morreu atropelada. Ela recusou proposta de namora e Adoniran disse que ia matá-la e compôs a música. O amigo Ernesto, da música Arnesto, garantiu que jamais aconteceu o convite para o samba que não houve. Vi tudo isto na Globo News, por ocasião das comemorações dos 100 de nascimento de Adoniran Barbosa. Abraços