Adoniran Barbosa viveu o mundo do povo. Ele era povo. O povo era ele e o samba era a verdade como era o samba. Não este samba de picareta para alpinistas do sucesso. A idéia não era a salvação pessoal, Adoniran compunha para a salvação de todos nós. Especialmente de quem suava para uma renda com torresmo a milanesa.
Nas sombras que as ruas permitiam, na obra que o dinheiro financiava e o operário tão pouco vê dele. E aqui Clementina de Jesus, a África transporta para a América rasga a farsa do país e diz o que ocorre no nível do povo.
Se segura Maria, se segura Maria, que hoje não tem dinheiro não. Se segura Maria.....
Um comentário:
Zé do Vale,
Adoniran era uma grande figura. Engraçado até pelo nome, o verdadeiro era José Rubinato. Nunca residiu em Jaçanã nem jamais existiu o trem das 11h. O último saia às 10h. Usou o nome para rimar com "manhã". Colocou esta hora porque 10h não era hora para terminar namoro. Iracema existiu de verdade mas não morreu atropelada. Ela recusou proposta de namora e Adoniran disse que ia matá-la e compôs a música. O amigo Ernesto, da música Arnesto, garantiu que jamais aconteceu o convite para o samba que não houve. Vi tudo isto na Globo News, por ocasião das comemorações dos 100 de nascimento de Adoniran Barbosa. Abraços
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