por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A CRISE VEM PELA CORRIDA DA MOEDA - José do Vale Pinheiro Feitosa

O mundo é assim. Já foi diferente. Será outro.

A SERASA EXPERIAN como é da natureza do seu negócio fez uma pesquisa com um recorte sociológico com base na capacidade de consumo. Desprezou o território e seu processo socioeconômico. Vamos tomar este caminho.

Antes uma explicação. Os limites do território processo é o espaço e a atividade humana (política e cultura). Os limites do recorte de consumo não é a produção e nem a circulação da mercadoria, mas o seu consumo. E no caso a capacidade de consumo.

Esta capacidade de consumo é controlada por outros fatores que não apenas a base econômica, por exemplo o poder do Estado, as máfias, as corporações, as multinacionais, os grupos de interesses ou as elites organizadas e mais outras organizações culturais como igrejas e tantas outras. Temos aí o efeito da concentração de poder de poucos repercutindo sobre todos.

Na verdade tal concentração tende a criar uma organização geral confluente no interesse do poder concentrado e marcar a vida das pessoas desde as opções de gravidez, passando pelo parto, os cuidados com a criança, a escolaridade, a inserção no mercado de trabalho e por último a capacidade de consumo.

Eis que o mundo todo funciona como este todo concentrado. Por isso vamos sofrer aperto no que se chama crise cambial. O desequilíbrio geral das moedas, especialmente dos países emergentes. A Argentina e Venezuela, por exemplo. O big brother americano vai elevar os juros e os dólares especulativo que faziam a festa dos emergentes vão fugir deles.

A estimativa é que esta corrida vá cair na jugular, extravasando os dólares que irrigavam as economias emergentes. Com a crise do país concentrador de riquezas estes dólares estavam na especulação de commodities e corriam para as economias emergentes para tirar melhores lucros do que na estagnação econômica americana.  

Eles estariam retornando ao leito seguro do poder imperial e os emergentes em crise cambial. Todo mundo. Inclusive o Brasil, Chile e México aqui na América Latina. Segundo estimativa o país com menor vulnerabilidade seria e própria Argentina que já dar cambalhotas.

A crise cambial, se acontecer com a força que se imagina, será a grande bandeira dos candidatos de oposição: Aécio Neves e Eduardo Campos. Este é o cenário.


Como todo cenário vejamos as cenas que nele se desenrolarão pois certamente na história não existe um escritor que defina o enredo todo. Muito é da percepção social e política. E aí na hora da onça beber vale a política, as alianças, os sacrifícios aceitáveis, a capacidade de luta e assim por diante. 

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