por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 12 de fevereiro de 2011

CORAÇÃO ESTRADEIRO (ao mestre Dominguinhos) - Por Marcos Barreto de Melo

nesse cavalo de aço
sem arreio, sem espora
levo um sorriso, um abraço
viajando mundo a fora
sou andante sanfoneiro
nasci pra tocar baião

meu coração estradeiro
tá sempre alegre, feliz
vivo cantando o amor
e a vida da minha gente
andando sem paradeiro
por este imenso país

caminhoneiro disfarçado
enfrento qualquer estrada
na seca ou na invernada
sigo o roteiro traçado
dias e dias sem lar
só pra meu povo cantar

trago no peito a sanfona
que num acorde dolente
faz renascer a saudade
da terra pura e pungente
ou de uma antiga paixão
que ficou lá no sertão

rodando, cortando chão
na poeira do sertão
ou numa grande cidade
vou cumprindo a missão
sem esquecer a lição
com a mesma simplicidade

cada fronteira cruzada
é uma etapa vencida
é mais um passo na vida
mas, é também despedida
uma saudade incontida
de quem ficou na estrada


Marcos Barreto de Melo

3 comentários:

socorro moreira disse...

Bela homenagem !

Amamos Dominguinhos pela singela e especial talento.
Gostamos do poeta Marcos pelas mesmas propriedades.
Menino, cadê Aloísio e o resto do povo: Márcia, Tetê...

Abraços.

Stela disse...

Bravo!
Muito bom esse poemaço!
Parabéns para o aniversariante e para o poeta Marcos.

Marcos Barreto de Melo disse...

Socorro e Stela,

Agradeço a vocês por compartilharem comigo desta homenagem ao nosso grande Dominguinhos,o Menestrel de Garanhus.

Abraço,

Marcos