nesse cavalo de aço
sem arreio, sem espora
levo um sorriso, um abraço
viajando mundo a fora
sou andante sanfoneiro
nasci pra tocar baião
meu coração estradeiro
tá sempre alegre, feliz
vivo cantando o amor
e a vida da minha gente
andando sem paradeiro
por este imenso país
caminhoneiro disfarçado
enfrento qualquer estrada
na seca ou na invernada
sigo o roteiro traçado
dias e dias sem lar
só pra meu povo cantar
trago no peito a sanfona
que num acorde dolente
faz renascer a saudade
da terra pura e pungente
ou de uma antiga paixão
que ficou lá no sertão
rodando, cortando chão
na poeira do sertão
ou numa grande cidade
vou cumprindo a missão
sem esquecer a lição
com a mesma simplicidade
cada fronteira cruzada
é uma etapa vencida
é mais um passo na vida
mas, é também despedida
uma saudade incontida
de quem ficou na estrada
Marcos Barreto de Melo
3 comentários:
Bela homenagem !
Amamos Dominguinhos pela singela e especial talento.
Gostamos do poeta Marcos pelas mesmas propriedades.
Menino, cadê Aloísio e o resto do povo: Márcia, Tetê...
Abraços.
Bravo!
Muito bom esse poemaço!
Parabéns para o aniversariante e para o poeta Marcos.
Socorro e Stela,
Agradeço a vocês por compartilharem comigo desta homenagem ao nosso grande Dominguinhos,o Menestrel de Garanhus.
Abraço,
Marcos
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