por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cheiros




Eu quase sempre não beijo... Eu cheiro !
Eu cheiro no ar...
Café, chuva e pimenta de cheiro !
O passante diz
ou pensa da calçada...
A comida dessa mulher
tem cheiro !
O cheiro do jasmim
eu gosto sempre,
um pouco longe de mim!
Conheci teu cheiro ...
Em um, em dois, três abraços,
mas foi teu riso,
que ficou em mim !
Me dá um cheiro ?
Eu gosto tanto
desse cheiro em mim !


José do Vale Pinheiro Feitosa disse...
Socorro,

Quanta saudade daquele tempo de cheiros. Daquela quantidade enorme de gentes que nascera antes de nós e índo até quase ao céu nos pedia um cheiro. Quanta saudade das crianças evoluindo em movimento sideral e pedir-lhe um cheiro. Cheiro é a nossa alma nordestina.




Socorro Moreira disse...
Do Vale,

Pois é...
Os raminhos de rosmaninho e alecrim. O cocó da minha avó tinha um cheirinho especial ; o cheiro do arroz com pequi; canela , na canjica da terra...
E os cheiros na pele, no ouvido, no pescoço, na bochecha... Gostamos dos cheiros !
Memória olfativa ,acordando saudades ...
Quando meu filho mais velho era pequeno ( menos de 4 anos), e fiz uma viagem, ele ficou todos os dias sem deixar que lhe trocassem o lençol, pra que não fosse lavado o meu cheiro.Isso até hoje me comove.

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