por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 2 de janeiro de 2011

Minha tia Auri



Ela é como um cacho de florzinhas azuis...
Personalidade forte, e ao mesmo tempo, a mais doce de todas as criaturas.
Hoje é dia de falar em mãe. Falo da minha mãe, todos os dias. Falo com a minha mãe, quase toda hora. Ela sempre será meu tudo... Um tudo que eu divido com a metade do mundo... Dos que nasceram antes, e depois de mim.
Tia Auri está na mesma circunferência dos meus afetos filiais. É a imagem da única tia, ainda viva, com todas "as lamparinas acesas ", na alma e no juízo!
Tão parecida com a minha avó Dadinha... ( Sou parecida com ela, quando estou sensível à vida!)
Acolhia-nos em Mauriti, nas férias das nossas infâncias e adolescência. Vigiava-nos, ensinava-nos, e nos cobria de mimos.
Fazia merenda para os nossos namorados, comprava discos de Roberto Carlos, e conosco cantava a trilha dos apaixonados.
Tinha um sexto sentido que o tempo não deve ter gasto... Muito pelo contrário, continua aprimorado!
Adivinhava o que nos faria feliz, e tentava expurgar na raiz, o que poderia nos machucar no presente, e no futuro... Obedecíamos-lhe!
Pra essa mulher amorosa, romântica e, absolutamente maternal, eu entrego flores de carinho, lembrando-lhe o quanto é importante como filha, tia, mãe, avó, bisavó, irmã, sogra e cunhada.
Tia Auri e seu doce de goiaba; suas receitas de lasanha; seu doce de leite, no tacho; seus sequilhos, pamonhas, canjica... E a cesta de frutas comprada, na feira do sábado.
As lembrancinhas nos nossos natais e aniversários... E o entendimento maior dos nossos corações
Encantados. Ainda hoje sinto vontade de visitá-la para confidenciar minhas paixões sempre infantis... Pelo menino da esquina; pelo seminarista que ficava no banco da praça; pelo colegial fardado, que ganhava os meus suspiros, quando eu estava acordada.
Tenho a mais maravilhosa de todas as mães... Dona Valda!
Tenho a sorte de ter uma tia... Como tia Auri!
Que Deus abençoe, nesse segundo domingo de maio, todas as mães do Planeta!

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