por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011


"NAS CARTAS DO TARÔ


No mundo das cartas, o reino da mente.
Trajetória antes mesmo de virar semente
que germina inconsequente gesto Louco
sem medo ou ânsia tresloucado e mouco.

Com dedos joga os dados aleatóriamente
sente-se o Mago de tão desejo ardente,
sem reino de Imperador ou Papa.Em ouro
faz do Carro as rédeas por um tesouro.

Mas Enamora-se. Qual o caminho seguir?
Qual estrada se a Roda não pára um pouco
e a Estrela oculta-se na Lua e no Sol do dia?

E agora? Será que achou o caminho de ir?
Sem Julgamento o Mundo se torna Louco
recomeçando um novo ciclo que se inicia. "


Por : Solsempresoll

P.S. Solsempresoll é o apelido de Maia José , uma bruxinha amiga , poeta muito querida, que já consta como nossa seguidora.
Conhecemos-nos numa bela tarde de domingo. Uma daquelas tardes calmas e ensolaradas.
E o programa de quem não quis ver o mar foi caminhar nas ruas do bairro pra esticar os olhos , no silêncio vazio.
Um sorvete , pensei... Um sorvete com bastante calda !
Parei num lugarzinho aconchegante , e fiz o pedido. Por conta do horário estava sem a clientela, e a proprietária era justo a Masé.
Abrira um Tarô belíssimo , e estava lá a matutar ou intuir os prognósticos.
Fui vencida pela curiosidade :
- Você sabe jogar Tarô ?
-Sou apenas uma curiosa ...

Em poucos instantes , já estávamos trocando figurinhas como meninas de escola.
Eu também tinha o meu Tarô, em estudo. Estudo por sinal complicado , tal a iqueza e complexidade da simbologia.
Nos meus tempos de adolescência, fascinavam-me as cartomantes, mas em nada acrescentavam , quando me dispunha , com elas, a ler a sorte. Percebia a enrolação, e resolvi curar-me daquela compulsão, comprando um Tarô ,e estudando. Parecia uma cartilha em grego. Precisei de noções de Astrologia, Mitologia, e formar uma pequena literatura caseira sobre assuntos esotéricos. Cheguei até a fazer um curso relâmpago de Tarô, quando morei em Salvador.
Bom, finalmente consegui deitar as cartas , e usando a intuição , traduzir os recados que o Tarô
, pressupostamente , sugeria.
Durante muito tempo usei-o como instrumento para o auto-conhecimento. Recusei-me a assimilar a intenção adivinhatória. No mais era tudo uma viagem interessante.
De vez em quando e, ainda agora , pego as velhas lâminas, guardadas num saquinho de cetim, e tento interpretar as tensões do momento.
O exercício tanto repetiu-se, que eu converso com o Tarô , até virtualmnte.
Ele, na gaveta fechada;eu ,no meu pensamento.
No mental , acho que estabeleço a conecção entre o meu eu inferior e o meu eu divino, e as respostas começam a saltar , desengavetadas de algum lugar.
Engraçado como o ser humano é adepto de muitas crenças. O Tarô é apenas um pretexto pra gente se esclarecer, quando o terço saiu fora dos dedos.
Mas , confesso com ou sem aprovação, que o Tarô é uma entidade de respeito.

Voltando à minha amiga Mazé... Muitas outras afinidades foram despontando. Ela apresentou-me à Linda Godman (Signos Estelares), e presenteou-me com " Alice no País dos Espelhos!"
- Mulher amiga, sensível e sábia - com ela aprendi vários versos.

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