por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011


Ingenuidade poética
Escrevo, porque nada tenho para contar ao analista. Por que me curar de tanta vida?

Escrevo porque existem pessoas que instigam as minhas lembranças, nutrem a minha lua, inspiram-me as crenças de um poema.

Música, papo, candura, arte... É objeto de crítica. Senti-la como se quer é ato livre.

Jamais serei crítica literária. Não tenho a base acadêmica, nem a quero... Ela teria destruído a minha ingenuidade poética. E eu não saberia brincar com as minhas bonecas... Teria esquecido meus amores, teria desaprendido o exercício da paixão. Não quero o grupo que não namorou em praça pública com as mãos molhadas de pudor, e os olhos faiscando estrelas.

Quero o baião-de-dois de todos os dias. A paçoca no prato, a cajuína S.Geraldo, e queijo de coalho com doce de banana.

O cotidiano nesses últimos dias achou de voltar a ter 20 anos.

Com a beleza das rugas e a iluminação do sorriso.

Salve a poesia, o entusiasmo da alma!

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