por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Divagando na tarde


Entardeceu. O dia e eu. Acordei da sesta de todos os dias com a sensação de que os meus sonhos foram pequenos , ligeiros...Nem lembro quantos. Artigos de toialete, uns doces que eu não posso, e caras que eu não vejo, mas gosto !
Acordei e vim pra cá. Espiar quem chegou , quem deixou, e quem levou. Sou vigia de mim mesma.
Zé do Vale foi lá em Potengi , e já voltou pra janela do seu Corcovado. Fiquei conhecendo as tias : Rosa, Maria e Raimunda , que já dispensam o rosário. Essas mulheres de agora , quando não falam em novela, se viciam nos teclados. Sou uma delas , cansei de sofrer por ela ( a vida). Aposentei as janelas , mas nas minhas recaídas, ainda caço um nesga de sol, e um pedaço de azul pra costurar um novo sonho ou remendar um sonho roto.
Hora de comprar o pão quentinho , fazer o café( detesto) , e somar as contas de Agosto. Os trocados que não sobram , eu jogo no cofre das almas , que do céu e de toda parte, acompanham os meus passos. Um dia seremos juntas. Preparo minhas asas pra voar em bando.
E se o sono for eterno ?
Lembrei-me de Dona Rute, mãe de Ana Cecília : " E se o céu existir ?"
- Melhor é não pensar no assunto , e viver a ética do sentir !

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