O vinho abre a porta do inferno
e eu um diabo manco e caolho
desço as escadas espumando
no canto da boca febril loucura.
Mas como pode um infortúnio
em uma alma de santo?
Vinde então cruel carrasco
apartai minha cabeça
e lançai aos porcos.
Doravante andarei apenas com o tronco.
Lúcido e delicado com o coração vivo
na concha das mãos.
E quem beber do meu sangue
beberá da vitória do mendigo
que acordou um rei -
um rei manso
que colhe flores.
Um comentário:
O vinho entorpece o encontro.
Carinho sempre!
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