VICENTE CELESTINO
Foi em Santa Teresa, em uma rua de nome Paraíso, que ele nasceu no dia 12 de setembro de 1894. Foi uma voz mais possante que este país conheceu. eu nome VICENTE CELESTINO. Só não foi um tenor de renome universal porque não quis deixar seu Brasil, para estudar na Itália e lá se dedicar ao canto lírico. Foi para tal convidado pelo tenor Enrico Caruso, quando este aqui se Apresentou em 1916.
Preferiu cantar operetas e música brasleira, em teatros e circos e depois no Rádio, quando este passou um ser o grande Divulgador de nossos cantores.
Suas primeiras gravações mecânicas foram, até 1927. Neste ano, a eletricidade passou a fazer parte das gravações e ele foi obrigado a gravar de costas para que o timbre de sua voz possante não "estourasse" os cristais dos microfones Sensíveis.
Ficou muito marcado por suas letras com composições trágicas, como "Coração Materno", "Fatalidade", "Matei" Rasguei o Teu Retrato "," O Ébrio ".. Até em uma de suas últimas gravações (Vingança) Ele colocou tragédia ". . Devido a "O Ébrio", muitos o consideravam um Ébrio, principalmente por sua interpretação no filme de mesmo nome. Mas ele era abstémio.
Os principais compositores de músicas românticas de seu tempo, como Cândido das Neves ( "Noite Cheia de Estrelas"), Catulo da Paixão Cearense ( "Luar do Sertão"), Mário Rossi ( "Terra Virgem"), Marcelo Tupinambá ( "O Cigano ") Freire Júnior
Santa ")... conheceram VICENTE sendo o sucesso Através de suas gravações,
CELESTINO o cantor que mais gravou Cândido das Neves e Catulo.
No cinema, interpretou dois filmes inspirados em nomes de canções de sua autoria: "O
Ébrio "e" Coração Materno ". Atuou Também em uma Peça Teatral de nome" Coração Materno ".
Faleceu em 23 de agosto de 1968, no camarim do teatro em que se apresentava em
São Paulo, em um show de Caetano Veloso.
No interior do Campo de Santana, aqui no Rio de Janeiro, há um busto dele
Inaugurado em 1970. Passei lá no último fim de semana para deixar-lhe uma "flor de
saudade ", como ele pediu em um de seus últimos LPs.
Raul Roulien
No dia 8 de setembro de 2005, faleceu aqui no Rio de Janeiro o cantor, ator e diretor teatral e cinematográfico Raul Roulien. Hoje, poucos sabem quem foi Raul Roulien e sua importância na fase inicial do cinema brasileiro.
Iniciou sua carreira teatro não, em 1928, formando dupla com Abigail Maia, depoios com quem se casou.
Raul Roulien Participou de cerca de 20 filmes, tanto nacionais, como de Holywood, onde Trabalhou ao lado de Greta Garbo e Fred Astaire em um filme que aqui recebeu o nome de "Voando para o Rio". Foi um grande sucesso na época.
Viveu grande parte de sua vida nos Estados Unidos, mas aqui realizou filmes que marcaram nossa indústria cinematográfica, como "Aves Sem Ninho", "Jangada"; "Maconha, Erva Maldita" e "O Grito da Mocidade", este, de 1937, que mais marcou sua carreira.
Como cantor, gravou, de Hekel Tavares e Joracy Camargo, posteriormente duas composições gravadas por outros cantores, mas que fez grande sucesso em sua voz, como seu primeiro intérprete. Trata-se de "Favela" e "Adeus, Guacira".
Vejamos uma letra de
FAVELA
No carnaval
me lembro tanto da Favela, oi
Onde ela, oi, Morava
Tudo o que eu tinha
Era Uma esteira e uma panela, oi
Mas ela, oi, gostava
Por isso, eu ando
pelas ruas da cidade
Vendo que a felicidade
foi uma vida que passou
E a Favela
que era minha e dela era
Só deixou muita saudade
Porque o resto, ela levou
Me lembro tanto
fazer numa tigela café, oi
ela que, oi, me dava
E de umas reza
por mim que, lá na capela, oi
Ela só, oi, husice
No outro dia
eu fui lá em cima, na Favela, oi
e ela, oi, não estava
Onde casa era
Só achei uma chinela, oi
ela que, oi, usava.
(Repete uma primeira estrofe)
Nossa amiga Thais Matarazzo, de São Paulo, uma jovem de 26 anos que aprecia tudo de belo que foi feito em nossa música popular, mandou-me uma cópia do filme "O Grito da Mocidade e pude" rever Raul Roulien.
RÁDIO NACIONAL-ANO 73
Era 12 de setembro, era o ano de 1936, quando uma canção tradicional já ecoou em nossos céus e uma voz firme abriu uma nova emissora dizendo: "está entrando no ar, neste momento, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro". A canção era "Luar do Sertão" era voz ea de Celso Guimarães.
O que seria o rádio antes? Quantas emissoras, Pioneiras, abriram espaço para que surgisse mais uma? O espaço foi uma visão de futuro de Roquette Pinto, que, nos idos de 1923, Inaugurou a primeira emissora de rádio no Brasil: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
Roquette, como professor, percebeu uma facilidade da Educação Através de um elemento novo e desconhecido: o rádio. Daí seu lema "pela cultura dos que Vivem em nossa terra, pelo progresso do Brasil".
Seu objetivo foi tomando vulto, vieram outras emissoras oriundas de pequenos núcleos familiares e clubes ou sociedades, sem muito prestígio. Além disso, os aparelhos receptores que possuíam alguns privilegiados, eram feitos de cristais de galena, um derivado de chumbo, receptiva Capacidade que tinha filhos e conseguia captar os Emitidos pelas ainda pouco conhecidas ondas hertezianas.
No final dos anos 20, aqui no Rio, já funcionavam como Educadora e Rádios Clube do Brasil e Mayrink Veiga. Todas seguindo o lema de Roquette, uma vez que só com o fim educativo tinham permissão de funcionar. Não Admitida era propaganda comercial nas emissoras, o que dificultava sua manutenção, por falta de capital.
Foi no início dos 30 que uma empresa holandesa "Philips", já que
investia em aparelhos receptores de rádio, resolveu instalar-se aqui, importar esses aparelhos, ao mesmo tempo em que teve permissão de Criar uma nova estação Radiofônica: um Philips Rádio.
Com esse investimento e com uma permissão, a partir de 1932, da transmissão de anúncios comerciais, como Tomaram emissoras impulso ea Rádio Philips investiu em um programa firme de outro pioneiro: Adhemar Casé.
.
Pois foi exatamente a Rádio Philips, que deu origem à Rádio Nacional. Embora o prefixo da Philips fosse PRC-6, a Nacional nasceu como PRE-8.
Um ano antes da Nacional foi inaugurada a Rádio Tupi, em um galpão em Santo Cristo.
Até o início dos anos 40, a Nacional se Manteve não sendo que mesmo nível das outras emissoras, na época, a de maior prestígio era um Mayrink Veiga, principalmente a partir de 1933, com o ingresso ali de César Ladeira, outro pioneiro.
A Nacional, que passou a funcionar no edificio do jornal "A Noite", foi anexada às Empresas e incorporadas ao Patrimônio Nacional, com o apoio do então Presidente Vargas, deu um salto, transformando-se na maior emissora da América Latina.
Ao mesmo tempo, outras Importadoras entraram na disputa pelo comércio de aparelhos de rádio, atingindo quase todas as classes sociais.
Enquanto isso, a Nacional foi lançando programas que alcançavam o grande público, já então fanático pelo rádio. Eram cantores, rádio-atores, instrumentistas, programadores, animadores de auditório, maestros, locutores ... Francisco Alves, liderava os cantores; Celso Guimarães dos Santos e Ismênia, os rádio-atores, Jacó do Bandolim, os instrumentistas, Paulo Roberto OS Programadores; César de Alencar, os animadores de auditório, Radamés Gnatalli, os maestros impulsionando uma grande orquestra da Nacional; Saint-Clair Lopes, os locutores ...
Pela Rádio Nacional passaram os maiores gênios do rádio, como Paulo Tapajós, Almirante, Mário Lago, Renato Murce, Lamartine Babo, Iara Salles e Herber de Boscoli e seu "Trem da Alegria", Paulo Gracindo, Manoel Barcelos; Brandão Filho ... cantores e cantoras alucinavam Auditórios OS ... Orlando Silva, das Multidões o cantor, Emilinha Borba, Linda Batista, Dalva de Oliveira, Marlene, Caubi Peixoto, Francisco Carlos, Bob Nelson, Jorge Goulart, Nora Nei, Alcides Gerardi, Nuno Roland, Gilberto Milfont ... Não dá para citar todos. Seu elenco "foi o maior da América do Sul, quiçá do mundo.
Teriam as emissoras americanas, inglesas, francesas, um elenco tão grande e tão eclético? Não creio!
Os programas humorísticos, finos, bem feitos, como o "Edifício Balança, Mas Não Cai", "Neguinho e Juraci", "Tancredo e Trancado", que ofereciam os prêmios, como "A Felicidade Bate A Sua Porta", os de auditório , como os de César de Alencar, Paulo Gracindo e Manuel Barcelos, como das Disputas "fãs" de Emilinha e Marlene ...
E as novelas? As novelas do rádio eram mais interessantes que as da TV.
Como os artistas não eram vistos, nossa imaginação idealizava os personagens.
Assim, cada ouvinte tinha o seu "Albertinho Limonta e" sua "Mamãe Dolores (de" O Direito de Nascer "). Mamãe Dolores era representada por uma atriz branca e moça (Iara Salles). E um imaginávamos uma simpática Preta e rochonchuda. Outras novelas marcaram época, como a primeira "Em Busca da Felicidade que" rendeu "um ano;" Renúncia "; Vidas Mal traçadas "....
Transmissões esportivas, com Oduvaldo Cozzi, Jorge Curi traziam "o Maracanã para nossa casa, da mesma forma que" Alma do Sertão "e" Jerônimo "nos" traziam "E o sertão" O Sombra O suspense "..." Quem sabe o mal que se esconde no coração humano? ... O "Sombra sabe", ah, ah, ah ...".
É, não dá para falar um mínimo sobre a extensão ea Importância da Rádio Nacional. O que podemos fazer é dar "asas" lembrança nossa e trazermos à memória "a grandeza do rádio brasileiro ea exuberância da Rádio Nacional.
Por Norma Hauer
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