Queria escrever, e depois colocar no fundo de uma gaveta dentro do meu pensamento, onde mora meus sentimentos, sentimentos adormecidos.
Minhas mãos estão presas, em uma cela imaginária, preciso descrever e envolver as ideias que piscam, e me levam para um lugar onde o silêncio é perene.
Então, agora respiro, busco fundo no fechar dos olhos as palavras, elas vão deixar impressas as aflições encontradas no caminho, me sacudo para fora do meu eu, é angustiante não perceber como vou achar um fim.
Vai meus pés tocar o chão espinhoso, salgado, e me pergunto todo este sacrifício vai levar-me onde?
As articulações não articulam mais nada, perdi meu rumo. Mas vou viver como sempre me mostrou a vida, simples, porque as reais pretensões se esvaíram assim como as minhas forças.
Rosemary Borges Xavier
2 comentários:
Lindo texto, Rose.
Vi sua alma nele. Você é uma
pessoa especial para nós cratenses.
Nosso solo lhe espera. Bjos: Liduina.
Rosemary,
Viver e escrever significam a mesma e boa ação.
Abraço.
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