por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 22 de julho de 2011




JUANORTE
Jornal de Opinião da Metrópole do Cariri

MEMÓRIAS DE UM ROMEIRO
Fausto da Costa Guimarães foi um romeiro que nasceu em Soledade-PB em 19 de dezembro de 1865, filho de Imperiano José da Costa e Felicidade Maria Guimarães. Casou-se em Catolé do Rocha-PB, no dia 27 de março de 1894, com a senhora Januária Henriques Guimarães, filha de Julio Mendonça e Emília Henriques Mendonça. Na sua origem paraibana, Fausto foi criador de gado, comerciante e funcionário público – escrivão da Coletoria Provincial, até a proclamação da república. Agora se sabe que, monarquista convicto, Fausto deixou o emprego por não concordar com a mudança que se operara no regime político do Pais. Então, ele continuou a trabalhar no comércio, estabelecido ou viajando pelos Estados vizinhos. Veio para Juazeiro em 1907 tornando-se a amigo do Padre Cícero, por cuja confiança ocupou o cargo de coletor federal. Aqui teve numerosíssima prole, com 18 filhos, dos quais menos da metade se criou. Soube há poucos dias que, apesar de poucas letras, o velho Cel. Fausto deixou escrito um volumoso material com a denominação de “Memórias sobre o Revmo. Padre Cícero Romão Batista e o Joazeiro e também uma parte de minha biografia”, (Começada em 1912 a descrever até esta data, Joazeiro, 10 de Abril de 1924. Fausto da Costa Guimarães - Continua no segundo livro). Seu neto, Fausto, que tem levado adiante o interesse de tornar público este documento e vem providenciando a transcrição do primeiro volume, me deu a conhecer que, com buscas nos guardados de família, encontrou o segundo volume referido, e que ao finaldeste, há uma indicação da existência de um terceiro, cujo paradeiro está sendo verificado, mediante estórias relembradas por membros da família e relatadas pelo pai de Fausto - o sr. José Fausto Guimarães, ex-secretário particular do Padre Cícero, de um certo empréstimo do qual não houve, ainda, devolução. Este manuscrito de Fausto da Costa Guimarães é quase um diário no qual o autor relata a vida da cidade, seus fatos mais importantes, como os primeiros momentos do novo município, detalha as diversas investidas durante a sedição de 1913-1914, o relacionamento de políticos do Estado do Ceará com Juazeiro através das pessoas de Pe. Cícero e Floro, os visitantes frequentes da cidade, os graves problemas da grande seca de 1915, a primeira eleição em Joazeiro para deputados federais e senador,
Foto : Família de Fausto Guimarães com Padre Cícero
em 01.03.1918, o primeiro automóvel que chega à cidade, em 05.09.1918, o início das obras de calçamento, em 10.10.1919, a passagem da família do presidente João Pessoa, em 25.11.1919, uma epidemia dizimando gado e outros animais, em 1922, faz uma retrospectiva das comemorações da semana santa em Joazeiro, desde 1890,1891 e 1893 (as três primeiras) (a quarta, segundo ele, só foi acontecer em 1923 (“30 anos de abandono do clero cearense ao Joazeiro”, refere Fausto). E assim por diante. Uma preciosidade. Agora é esperar um pouco mais pois a proposta da Comissão do Centenário, especialmente orientada pelo sub-grupo que trata do seu programa editorial, vai na direção de que seja este original incluído na lista de inéditos, onde também já figuram textos de Octávio Aires de Menezes e Amália Xavier de Oliveira. Segundo Fausto, estes documentos, após o conhecimento público na formatação de livro de memórias, deverão ser devolvidos a Juazeiro do Norte para que passe a integrar parte do seu patrimônio histórico, de cidade centenária.. .



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