por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 23 de maio de 2011

Luiz Gonzaga - Por Joaquim Pinheiro



Tive a sorte de conhecer pessoalmente Luiz Gonzaga e, mais ainda, a satisfação de ser por ele incluído no rol dos seus amigos. Apesar da fama, o Rei do Baião era pessoa humilde. Só me tratava por “Dr. Joaquim”. Uma das suas virtudes pessoais era a gratidão. Não esquecia quem o ajudou. Enaltecia personalidades que agiram em seu favor ou de sua família. Tinha uma simpatia enorme por Dr. Humberto Macário por conta da dedicação dele no tratamento de uma doença no velho Januário, ainda nos anos 60.
Os primeiros contatos com o Rei foi no tempo em que trabalhei no Banco do Estado de Pernambuco (1987/90). O atendi em várias ocasiões, atendimento absolutamente normal, dentro dos padrões bancários.
Uma ocasião, durante um show no Clube do Bandepe, em maio de 1989, o antepenúltimo da sua vida, Gonzagão me avistou na platéia e me “intimou” a subir ao palco. Tenho fotos e filmes deste dia.
Há exatos 20 anos, atendi ligação de Humberto Mendonça, então Presidente da Associação Comercial do Crato, e, por conta dela, passei boa parte da manhã do dia do falecimento de Luiz Gonzaga com os organizadores das cerimônias funerais dele, tendo, inclusive, um diálogo bastante difícil com Gonzaguinha.
Humberto Mendonça em seu livro e em artigo publicado no Diário do Nordeste de 18.02.2002 relata o fato com as palavras a seguir:
“... quero lembrar um detalhe do que aconteceu por ocasião da sua morte, em Recife. Foi criada uma polêmica que envolveu até o seu filho Gonzaguinha, que decretara que o cortejo com os restos mortais passaria somente em Juazeiro, a caminho do Exu, excluindo a cidade do Crato, que ele tanto amou. Foi preciso que eu entrasse em contato com o governador do Pernambuco, Miguel Arraes, através do seu sobrinho Joaquim Arraes Pinheiro, que, incontinenti, autorizou a Casa Militar do seu governo a agilizar e incluir o Crato no roteiro de despedida, rumo ao seu Exu e à eternidade...”


Joaquim Pinheiro

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