Uma rodada no carrossel da vida
A vida passando em tela 
Com nuances nunca vistas
Esse giro que me traz de volta
Fundo musical inesquecível
Presenças novas e antigas
Tenham paciência comigo
Passei da idade
Não vivo desatinos
Chegaram com as chuvas de dezembro
Corrente frio na barriga
Fiquei sem prumo pra colher os versos
que a emoção  oferecia
A vida é milagre
Sem mágicas 
Sons soltos no éter
Unem-se em falas
Escrevo complexos de vida
Nova canção 
Olhar maduro sobre o já vivido
Olhar infantil 
No presente, arrisco...
Umas esperanças sem esperas,
No porvir, admitem.
Éramos loucos
Salgados de mar
Bocas molhadas de desejo
Mesmo assim
deixávamos passar
o carro, o comboio, 
e o mês de dezembro.
Segurei  convites descentes
a indecência  estava na recusa de vida
A decência estava na vitalidade 
de abraçar o mundo com sonhos impossíveis
Imantados
Sinto a flecha que atingiu o destino
Enfim, Eros voltou...
De asas curadas
Sem Psique, sem Afrodite.

Nenhum comentário:
Postar um comentário