por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pôr-do-sol




O sangue e o leite alimentam a noite.
Bois e vacas mugem no alto do monte.
Eu contemplo a primeira estrela.
Tenho uma vela
na mão
e a face iluminada.
O meu coração bate devagar.
Uma mulher abre a janela
e grita o nome do marido.
Por mais claro que tenha sido o grito
só se ouve o eco: “ido, ido, ido”.
Depois, o silêncio.
Poderia se ouvir a queda de um lágrima.
Por que estou tão aflito?
O que me angustia?
As luzes da terra bebem as luzes do céu.
O mundo está em paz,
as coisas bocejam com sono.
O dia se põe como um cão.



Um comentário:

Graça Pereira disse...

Os sons da noite que...alimentam o dia!
Gostei deste poema!
Bjs e boa semana.
Graça