por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 2 de março de 2011

Sentimental- Por Socorro Moreira




Na minha adolescência, a música de ALTEMAR estava em voga. Eu gostava de outros ritmos. Parecia do contra-musical. Enquanto a galera ouvia MPB, eu curtia música instrumental. Mas, no pé do rádio, nas serenatas, e na amplificadora local, Altemar era fundo musical, de todos os sentimentos nascentes, e todas as nossas esperanças sentimentais.
Quando ele fez um show na Rádio Educadora, nos anos 60, o Crato se mobilizou. O auditório ficou lotado. Quem não tinha um interesse na platéia para mandar um seu recado musical ? O menino dos recados era ALTEMAR.
Tinha um repertório eclético, e muitas das suas canções eram belíssimas, inclusive noutras interpretações.Um dia perguntei ao meu primeiro namorado:
Qual a música que você mais gosta?
Ele respondeu de imediato: "O Trovador", cantado por Altemar.
Fiz uma carinha de pouco entusiasmo, mas por amor, passei a gostar um pouco mais do nosso cantor.
Quantas vezes chorei de saudades ouvindo aquela música, quando o namoro acabou ?
Hoje os sentimentos são outros... Mas, se fechar os olhos vejo a festa da Padroeira, e a voz do Altemar na amplificadora da praça. Minha geração perfumada de intenções e trejeitos. Olhares que se buscavam, até o coração disparar, e acertar o ponto do entendimento.
Bons tempos... Namorar, ao som do Altemar!

3 comentários:

Altina Siebra P.Barreto disse...

Amiga,

quem nos anos sessenta, não se rendeu a "Andorinhas", "Brigas" e a tantas músicas românticas de Altemar Dutra? Nas serenatas elas se faziam presentes. Afinal, não foi só Beatles, Chico, Tom Jobim, Elis, Jair Rodrigues, jovem guarda, etc., que a nossa geração curtiu. A misselânia de gêneros nos enriqueceu e, hoje, guardamos, com carinho, todas essas lembranças.
Abraços!

Altina S.Paes Barreto

Mara Thiers disse...

Socorro, Que bom essas lembranças...
Também sou saudosista de plantão! hehe..

Anônimo disse...

E calou-se a voz de Altemar...
Ao cantar fez um mundo melhor
onde a gente acredita que exista amor
sua voz se calou...mas o eco ficou
Não morreu Altemar!

Que saudades! obrigada por lembrá-lo
Bastinha Job