por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A uma mestra com carinho – Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Tenho muito carinho e gratidão por uma grande professora que o Crato já teve. É a saudosa professora dona Lurdinha Esmeraldo. Ela dedicou toda a sua vida ao magistério. Lembro-me muito bem do amor que ela tinha pelos alunos, sempre com o objetivo de formá-los para a vida. Por ser solteira tinha todo um carinho filial com seus alunos. Fui sua aluna de Francês e Religião. Ela era muito competente em tudo que ensinava. A bondade e o amor transpareciam nos seus gestos. A sua fé em Deus e o seguimento de Jesus eram demonstrados na sua animação ao falar de Jesus para os alunos e através do seu testemunho de vida. O comportamento dela fazia com que entendêssemos que o seu objetivo era nos levar para o caminho do bem. O bom professor, além de dar a instrução aos alunos, proporciona a educação como um todo. Dona Lurdinha era assim, cuidava da instrução e da alma, educando também para a vida, através do seu testemunho, da sua bondade e da vocação parar ajudar aos jovens. Pessoa de grande espiritualidade, vivência cristã e testemunho de fé. Freqüentadora diária da igreja e participante da Eucaristia. Lembro sempre dessa querida professora quando leio um trecho do Evangelho de Mateus: “Vocês são o sal da terra. Ora, se o sal perde o gosto, com que poderemos salgá-lo? Não serve só para ser jogado fora e pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha, e sim para colocá-la no candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também: que a luz de vocês brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem, e louvem o Pai de vocês que está no céu.” (Mt 5, 13-16)

Fomos feitos para brilhar. Devemos acreditar na luz de Deus em nós, pois agindo com justiça e retidão, estaremos manifestando a beleza de Deus. Ser sal da terra é dar sabor as coisas e livrar o mundo da podridão dos costumes e da corrupção. Os discípulos de Jesus precisam dar testemunho de suas obras. A querida dona Lurdinha como seguidora de Jesus, irradiava a luz para os outros e principalmente para os seus alunos. Sabia que não devemos esconder a luz de Deus que brilha em nós, pois para sermos discípulos de Jesus, devemos nos comprometer com a construção do Reino de Deus. Essa professora a quem rendo a minha homenagem era comprometida com esse Reino e, transbordava através do seu grande coração o amor de Deus para seus alunos e para todos que a conheciam. Através dela, aproveito para homenagear todos os meus professores e professoras.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

5 comentários:

socorro moreira disse...

Você tocou no meu coração.
Adoto as suas lembranças como minhas.

Grande abraço, Magali!

Parabéns pelo tofcante texto.

Anônimo disse...

Socorro,

Ao escrever esse texto, parecia que estava vendo toda a nossa turma, lembrei de todos nós sentados naquelas salas de aulas, de farda azul e branco escutando nossa professora falar. Obrigada pelo incentivo.

Abraços.

Magali

Carlos Eduardo Esmeraldo disse...

Devo à saudosa tia Lurdinha, uma das minhas tias mais querida, a minha primeira viagem à Fortaleza. Viria com Huberto Cabral, que de última hora não pode vir. O motivo era um jogo da Seleção Carioca contra a Seleção Cearense. E os campeões do mundo viriam. Quando tia Lurdinha me viu decepcionado e discutindo com minha mãe que viria sozinho, depressa ela conseguiu companhie e uma carona com a mulher e os filhos de Tomé Cabral. Vim portanto, muito bem acompanhado, tendo ficado em casa deles até depois do jogo, ao qual assisti na companhia do Marcio, Pulinho e Rômulo, filhos do distinto casal, cuja casa na Av. do Imperador possui um anexo, somente para hospedagem dos parentes e amigos do Crato.

Altina Siebra P.Barreto disse...

Olá Magali,
Você me fez voltar no tempo e no espaço, alíás seus textos sempre me causam saudades. Lourdinha não foi minha professora, mas era uma muito amiga de mamãe, por isso sempre estava entre nós, levando-nos seus ensinamentos. Era muito elegante, disciplinada e religiosa, sobretudo. Essa foto me é familiar, estava pendurada na parede em uma das salas de sua residência. Que pena não mais existir esta casa! Em prol do desenvolvimento muito de nossa história e cultura vai de água baixo.
Parabéns pela homenagem que fez ao seu pai, dias atrás. Ele foi dentista de toda nossa família. Uma pessoa especial, humana, fraterna e profissional exemplar.
Abraços!

Altina Siebra P.Barreto

Anônimo disse...

Obrigada Altina por ler e comentar o meu texto. É muito bom que através desse blog, estamos sabendo notícias de cratenses que nunca mais tínhamos encontrado. Gostei de saber de você.

Um grande abraço

Magali