por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
A poesia de José Augusto Siebra
Ouvindo estrelas
Noite. O firmamento
Está de estrelas salpicado.
A lua brinca entre elas
Qual um ente enamorado.
Como é lindo à meia-noite
Conversar com as estrelas,
Fitá-las no firmamento
Amá-las, ouvir e vê-las.
Gosto de amar as estrelas,
Elas namoram comigo,
Escuto o que me dizem,
Quanto segredo não digo!
Como é bom ouvir estrelas
Quando a noite está quieta.
Mas as estrelas só amam
Só conversam com poeta.
Foi do seio das estrelas
Que nasceu a poesia
Regada por uma lágrima
De um soluço de Maria.
Quando à noite estou dormindo
Ouço alguém a me chamar
São estrelas que me chamam
Pois me querem namorar.
Levanto-me, abro a porta,
Saio quase na carreira
Passo logo a ouvi-las
Nos amamos a noite inteira.
Quando a noite vai morrendo
Que no céu desponta a aurora
As estrelas se despedem
Num soluço e vão embora.
Passo, pois, o dia triste
Sinto medo de perdê-las
Peço a Deus que a noite venha
Pois desejo ouvir e vê-las.
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8 comentários:
Ahhhhhhhh!!!!!!!!!
Esta poesia me comove !
É linda, Stela !
Meu avô poeta amava as estrelas. Herdei dele o amor pelo céu estrelado e pela poesia.
Aliás, toda meus ancestrais, que eram homens e mulheres ligados à agricultura, prestavam muita atenção ao movimento do céu estrelado, às fases da lua, as mudanças na natureza, o canto dos pássaros, o comportamento dos animais...
Lembro muito de como aprendemos a ver no céu a Estrela Dalva, as Três Marias,o Cruzeiro do Sul, o Sete Estrelo...
Muito tempo depois fui aprender que a Estrela Dalva é o planeta Vênus, as Três Marias fazem parte da Constelação de Órion (formam o cinturão do gigante) e o Sete Estrelo é a Constelação das Plêiades.
Noutro dia vou contar o mito das Plêiades, que são sete irmãs divinizadas, filhas do gigante Atlas. Aí noutro dia eu conto o mito de Órion.
E por aí vai...
Ah, poesia! Ah, os mitos!
Stela,
Quanta beleza nestes versos!!!
Abraços
Aloísio
Este comentário merece ser postagem!
Stela,
Gostei da poesia do seu avô. Parabéns pela postagem.
Abraço,
Marcos
Socorro, Aloísio e Marcos:
Grata pelos comentários. Fico feliz com a emoção que a poesia de José Augusto Siebra desperta nas pessoas.
Ele realmente era um poeta muito especial.
Abraços poéticos
stela
Ah, ouvir estrelas! Linda, vestida de poesia, gostei muito de ler.
Abraço.
Pois é, Brandão, ouvir estrelas é mesmo ofício de poeta.
Feliz com a sua visita e comentário.
Abraços poéticos
stela
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