por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011


Naquele mundo vivo
eu senti que preciso da luz
O escuro me adormece
e eu quero as cores do outro mundo
Quero achar quem partiu primeiro
Quero esperar, quem partirá...
Quero continuar
sem mandar em mim...
Entendendo , que ser livre
é não deixar de amar.
Estamos ainda aqui ...
o que fazer pra completar
o projeto divino?
Nada fazer...
Apenas viver !
Escrever é comer
É engolir , e mastigar,
o que nunca foi dito, nem visto.
Escrever é matar ou fazer nascer...
E essas duas coisas se alternam,
muitas vezes,
num único verso !

"Poetlástico"
Não , a palavra não existe... Mas existe a plástica poesia. Ela armazena o sentimento , e se amolda a uma estrutura imposta por regras que eu não sigo. Eu sei pensar, mas não sei fazer. Eu sou poeta em cadeiras de roda, sem asas, nem sequer tenras...

Estou vindo do show de Nando Reis. Pela primeira vez a multidão não me asfixiou. O espaço da Estação, apinhado de gente. Gente pra trocar alegria. Cantar e dançar junto.Ninguém vive sem música , sem festa, sem agrupamento . Fugir dessa mistura é parar na estrada da vida. O monge é peregrino. O eremita é andarilho. Não quero correr no mental... Quero chegar com calos nos pés, num pé de poesia , que não imagino. Colher pencas de sentimentos , sem a ansiedade da busca.Hoje foi uma noite de encontros . Declarações de amor... Amor amigo, amor único e uno. Ele não se diferencia no tamanho... Ele só muda, no jeito de expressão. É culpa do cheiro , e da compreensão.

Tá lá, ainda cantando...Nando Reis... para uma multidão !

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