por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ilhada



Chuva ilhando o convívio
Fertilizando a saudade
Nos corredores vazios
Mal-não-quero
Bem-me-faz
E o azul que se perde na chuva
Volta no amarelo solar.
Verde tinta, natureza
Espero você voltar
Lá adiante...
O tempo não sabe contar.
Roupa velha
Pano novo
Tesoura para cortar
Arrasto a sandália...
Pernas, pra que te quero?
Ajuda-me a chegar lá.
Meu pensamento dorme,
Aquieta-se, silencia
Tua voz, como escutar?
Quando foi?
Nunca mais...
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"Dançando na Chuva"
.
Visitas diárias
É a chuva
Ela gosta dos últimos dias de Janeiro
De molhar nossos livros,
quando as aulas recomeçam
Já fazia parte do nosso enxoval:
Capa, sombrinha e galocha...
Chuva aumenta
a vontade de dormir
a vontade de comer, pegando fogo...
De tomar chocolate quente,
na beira do fogo...
Tempos úmidos
Quietude interior,
Queixo-me do cabelo molhado de suor...
Queixo-me do cabelo molhado de chuva...
Tudo me resfria,
mas que fazer com a natureza,
se ela faz parte do meu dia?
Imploro um raio de sol,
Pipocas!
Um filme de amor...
Com trilha sonora,
que me faça fechar os olhos...
Uma visita surpresa,
bolinhos de chuva,
e uma caneca de chá...
É pra já!
Espero assim,
o calor, e o inverno chegar...
Nos braços dos sonhos,
sempre acho o meu lugar!

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