por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

COINCIDÊNCIA



Tenho uma ponta de orgulho por ter sido o primeiro cliente de Dr. Tarcísio Pierre no seu consultório no Crato. As instalações foram inauguradas à noite e de madrugada fui acometido por crise de amídalas, com febre alta, tosse, etc. Amanheci o dia com minha mãe na porta do consultório.  À primeira consulta se seguiram muitas, só reduzidas após as cirurgias de garganta e adenoide, pouco tempo depois.
Dr. Pierre, tão bom amigo quanto bom médico, entrou na família Arraes/Alencar pelo casamento com a prima Iaci, e por esta razão vai com frequência na casa da minha mãe. Uma dessas visitas coincidiu com minha estadia no Crato. Na conversa foi mencionado Dr. Nélson Falcão, primeiro professor da cadeira de anestesia em Pernambuco. Ensinou o “ofício” a quase todos os anestesistas formados em Pernambuco nas décadas de 50 a 70. O Dr. Nélson trabalhava a semana inteira nos hospitais, mas tinha como hobby a pecuária. Nos finais de semana trabalhava na fazenda que possuía em Carpina.
De volta ao Recife, levei meu neto de 1 ano e meio para brincar na pista de cooper, quando se aproximou um senhor de idade avançada e perguntou se era filho ou neto. Neto, respondi. Deu-me um conselho: “faça tudo que você quiser agora, pois quando passar dos 90 anos só vai fazer o que eles quiserem”. Perguntou o que eu fazia, onde morava, etc. Devolvi as perguntas e a surpresa foi grande quando ouvi o nome e a profissão dele: Nélson Falcão, médico anestesista. Como estava com a máquina para registrar a presença do neto, pedi para fotografá-lo. Expliquei que era para mandar para um ex-aluno, médico no Crato. Comentou bem humorado: “você quer é provar que ainda estou vivo”. Em tempo, Dr. Nélson está com 95 anos e diariamente caminha na Pista de Cooper da Av. Beira Rio, no bairro da Torre, em Recife.

Um comentário:

socorro moreira disse...

Eita, memória prodigiosa!
Eita, leitura prazeirosa!

grande abraço