por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 15 de maio de 2011

Como lidar com a rejeição amorosa


"Não! Definitivamente não é fácil se sentir rejeitado(a) por alguém que se ama. Pior é viver na expectativa de mudança, preso a um fio desgastado de nylon, na beira do precipício. É mais ou menos isso! Você sabe que não há o que mudar, mas se mantém por perto caso haja um sinal de fumaça vindo em sua direção.
Mas diante de tanto desprezo, por que ainda alimenta esperança? Onde está o seu amor próprio? Sim, você vai dizer: - É fácil falar! É claro que é fácil dissertar teses de autoajuda quando o sentimento não nos toca. Sentir-se rejeitado(a) faz da pessoa alguém menor, em segundo plano, com a sensação de derrota frente a uma situação em que nada se pode fazer. Cabe ao outro a decisão, o veredicto, o "fique" ou o "vá embora". É cruel demais sentir-se impotente. Você se pergunta: - Onde foi que eu errei?
Não houve erro, mas equívoco por parte da outra pessoa. É provável que só agora ela tenha se tocado de que você não é exatamente aquilo que ela esperava, ou era mais do que ela esperava. Quem pode saber o que o outro sente de fato? Na verdade, tateamos as emoções aos poucos, no decorrer dos dias, à medida que vamos conhecendo aquele ser que ali está, com diferenças e singularidades, com características convergentes e dessemelhanças insuportáveis. Mas como se apaixona por alguém errado? Não é uma escolha, é questão de química, de pele, de emoção, de atração, não há explicação lógica para as nossas escolhas sentimentais.
O que fazer então? O caldo já entornou e você está arrasado, olhando para o teto para ver se ele desaba. Não! Não vai adiantar ensimesmar-se, compadecer-se de si mesmo. É preciso, primeiramente, fazer cair a ficha, aceitar o fim do relacionamento e não esperar mais nenhum capítulo dessa história. Feito isso, é começar a se desfazer de cada detalhe que o coloque para baixo, que lhe traga lembranças ruins. Tudo bem, eu entendo, demora um pouco para assimilar o fato. Eu espero! Mas lembre-se: o fato é que você se apaixonou por alguém que não lhe quer mais, fantasiou demais, envolveu-se demais, entregou-se de corpo e alma.
E ele(a)? Sim, até lhe deu uma bolinha, mas VOCÊ não é o tipo de recheio que ele(a) mais aprecia, o perfume que lhe agrada, tampouco a música que mais gosta de ouvir... Então, o que lhe resta? Chorar alguns litros de lágrimas? Nem choro nem vela! Quem lhe disse que as coisas mudam? É pura perda de tempo ficar esperando que ele(a) se compadeça das suas lágrimas sofridas e venha correndo para os seus braços chamando-o(a) de "amor da minha vida". Ele(a) não fará isso. O tempo corre, voa, as coisas acontecem em fração de segundos e não espera por você na esquina até que alcance o bonde.
Rejeição! Que palavra feia! Tire isso da sua mente, olhe-se no espelho, veja quem você é. Está vendo? Uma pessoa que merece sorrir, sair para o mundo, rodopiar no parque de diversões e até ostentar um "quezinho" de arrogância, tipo "eu sou mais eu" quando o vir passar. Deixe livre o seu caminho, quem sabe para um outro envolvimento. Veja: enquanto você lê esse texto, o mundo está acontecendo, e, se esse filme não teve um final feliz; pegue outro na locadora, preferivelmente de comédia, pois se a paixão é ilusória e dói o peito, o humor dói a barriga, mas é de tanto rir, não é mesmo? "

Luciana P.

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