todo mundo morre
um pouco de manhã
antes e após o café
fugir não se pode
na hora do almoço
morre-se de fome
abraços
beijos
morre sem gozo
quem se esconde
do desejo
o fio da calçada
à espera da boca
de quem mergulha
de cara na vida
de cara lavada
de cabeça oca
que não se segura
no que acredita
todo mundo
morre um pouco
quando acaba o samba
e tocar de novo
de nada adianta
entendeu?
2 comentários:
Chagas,
Real, esta palavra pra mim traduz teu poema,
mas enquanto não chega a hora vamos vivendo.
Abraços
É verdade. Inventou-se a arte certamente porque o real pesa muito sobre a gente.
Vamos vivendo, pois viver é mais importante do que navegar.
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