por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 14 de março de 2011

UM PIANO NAS SERESTAS CUSTÓDIO MESQUITA -Por Norma Hauer



Foi num dia como o de ontem, 13 de março de 1945, que um vulto conhecido em nosso meio artístico partiu para a viagem sem volta. Seu nome CUSTÓDIO MESQUITA.
Custódio Mesquita foi um seresteiro diferente: ele levava o piano para fazer serestas em plenas ruas de Laranjeiras, bairro onde nasceu em 25 de abril de 1910. Faleceu sem completar 35 anos.

Custódio foi compositor, escreveu peças para teatros, atuou no cinema; era um galã diferente. Na época em que os homens cortavam o cabelo a la Príncipe Danilo, Custódio ostentava uma cabeleira bem tratada, bonita, que lhe dava os ares de galã hollywoodiano.
Criando trabalhos para teatro, conheceu o também autor e compositor Mário Lago, fazendo logo dupla com ele. Foi quando ambos compuserem um dos grandes sucessos de Orlando Silva :"Nada Além". Na outra face do disco de 78 rotações foi gravada outra composição da dupla: "Enquanto Houver Saudades".

Vou deixar para falar mais de Custódio na data de seu nascimento (25 de abril) mas hoje quero recordar o que foi o dia de sua morte. Já se sabia que ele tinha cirrose hepática, mas não se esperava que morresse tão cedo. Assim, sua morte apanhou seus amigos de surpresa.

Lembro-me dessa data e, na ocasião, mandei um comentário para a revista "A Cena Muda", lembrando quem foi Custódio Mesquita e terminando com os versos:

"A caixinha já não existe mais,
Só ficou a saudade de seu tra-lá-lá..."

de sua composição "Caixinha de Música", uma das poucas que ele compôs sem parceiro.

Norma

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