por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 22 de março de 2011

O Curso do Céu - José do Vale Pinheiro Feitosa



Paracuru, 6 de agosto de 2010.

Vagaroso,
o tampão do dia escorregou,
atrás das montanhas azuis
da minha distância.

Quando me dei conta,
a luz do dia,
escoava inteira por ali,
no esgoto da existência.

Enquanto,
ouro de frontispício,
avermelhava-se o canto,
do escoado dia.

Secava,
toda a luz existente,
do recipiente do céu,
escuridez figurada.

E neste instante,
do fusco do perdido claro,
o céu era via láctea,
um novo luminar.

Sutil,
subentendida sabedoria,
silente verdade,
contemplativa nuance.

E o céu,
preenchido de vaga-lumes,
retirada de galáxias,
girou.

E no outro lado,
a monção de luzes,
vidente resplandeceu,
os poros da pele.

Não sempre,
alternada com a sutileza,
entre a paga da vida,
e a vida paga.

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